Salomão


Dia 84 - Sunday, 24 de March de 2024
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28 min

  • 1 Crônicas 1
  • 1 Reis 4-6

1 Crônicas 1

Ouça o áudio do capítulo:

1 Adão, Sete, Enos,

2 Cainã, Maalaleel, Jerede,

3 Enoque, Matusalém, Lameque,

4 Noé, Sem, Cão e Jafé.

5 Os filhos de Jafé foram: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.

6 E os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate, Togarma.

7 E os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.

8 Os filhos de Cão: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.

9 E os filhos de Cuxe eram: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; os filhos de Raamá: Sebá e Dedã.

10 E Cuxe gerou a Ninrode, que começou a ser poderoso na terra.

11 E Mizraim gerou a Ludim e a Anamim e a Leabim e a Naftuim,

12 E a Patrusim e a Casluim (dos quais procedem os filisteus) e a Caftorim.

13 E Canaã gerou a Sidom seu primogênito, e a Hete,

14 E aos jebuseus e aos amorreus e aos girgaseus,

15 E aos heveus e aos arqueus e aos sineus,

16 E aos arvadeus e aos zemareus e aos hamateus.

17 E foram os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, Lude, Arã, Uz, Hul, Geter e Meseque.

18 E Arfaxade gerou a Selá e Selá gerou a Éber.

19 E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto nos seus dias se repartiu a terra, e o nome de seu irmão era Joctã.

20 E Joctã gerou a Almodá, a Selefe, a Hazarmavé, e a Jerá,

21 E a Hadorão, a Usal, e a Dicla,

22 E a Obal, a Abimael, a Sebá,

23 E a Ofir, a Havilá, e a Jobabe: todos estes foram filhos de Joctã.

24 Sem, Arfaxade, Selá,

25 Éber, Pelegue, Reú,

26 Serugue, Naor, Terá,

27 Abrão, que é Abraão.

28 Os filhos de Abraão foram: Isaque e Ismael.

29 Estas são as suas gerações: o primogênito de Ismael foi Nebaiote, e, depois, Quedar, Adbeel, Mibsão,

30 Misma, Dumá, Massá, Hadade, Tema,

31 Jetur, Nafis e Quedemá; estes foram os filhos de Ismael.

32 Quanto aos filhos de Quetura, concubina de Abraão, esta deu à luz a Zinrã, a Jocsã, a Medã, a Midiã, a Jisbaque e a Suá; e os filhos de Jocsã foram Seba e Dedã.

33 E os filhos de Midiã: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda; todos estes foram filhos de Quetura.

34 Abraão, pois, gerou a Isaque; e foram os filhos de Isaque: Esaú e Israel.

35 Os filhos de Esaú: Elifaz, Reuel, Jeús, Jalão e Coré.

36 Os filhos de Elifaz: Temã, Omar, Zefi, Gaetã, Quenaz, Timna e Amaleque.

37 Os filhos de Reuel: Naate, Zerá, Samá e Mizá.

38 E os filhos de Seir: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, Disom, Eser e Disã.

39 E os filhos de Lotã: Hori e Homã; e a irmã de Lotã foi Timna.

40 Os filhos de Sobal eram Alvã, Manaate, Ebal, Sefi e Onã; e os filhos de Zibeão eram Aiá e Aná.

41 O filho de Aná foi Disom; e os filhos de Disom foram Hanrão, Esbã, Itrã e Querã.

42 Os filhos de Eser eram: Bilã, Zaavã e Jaacã; os filhos de Disã eram: Uz e Arã.

43 E estes são os reis que reinaram na terra de Edom, antes que reinasse rei sobre os filhos de Israel: Bela, filho de Beor, e era o nome da sua cidade Dinabá.

44 E morreu Bela, e reinou em seu lugar Jobabe, filho de Zerá, de Bozra.

45 E morreu Jobabe, e reinou em seu lugar Husão, da terra dos temanitas.

46 E morreu Husão, e reinou em seu lugar Hadade, filho de Bedade; este feriu os midianitas no campo de Moabe; e era o nome da sua cidade Avite.

47 E morreu Hadade, e reinou em seu lugar Samlá, de Masreca.

48 E morreu Samlá, e reinou em seu lugar Saul, de Reobote, junto ao rio.

49 E morreu Saul, e reinou em seu lugar Baal-Hanã, filho de Acbor.

50 E, morrendo Baal-Hanã, Hadade reinou em seu lugar; e era o nome da sua cidade Paí; e o nome de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe.

51 E, morrendo Hadade, foram príncipes em Edom o príncipe Timna, o príncipe Alva, o príncipe Jetete,

52 O príncipe Oolibama, o príncipe Elá, o príncipe Pinom,

53 O príncipe Quenaz, o príncipe Temã, o príncipe Mibzar,

54 O príncipe Magdiel, o príncipe Irã, estes foram os príncipes de Edom.

1 Reis 4

Ouça o áudio do capítulo:

1 Assim foi Salomão rei sobre todo o Israel.

2 E estes eram os príncipes que tinha: Azarias, filho de Zadoque, sacerdote;

3 Eliorefe e Aías, filhos de Sisa, secretários; Jeosafá, filho de Ailude, cronista;

4 Benaia, filho de Joiada, sobre o exército; e Zadoque e Abiatar eram sacerdotes;

5 E Azarias, filho de Natã, sobre os provedores; e Zabude, filho de Natã, oficial-mor, amigo do rei;

6 E Aisar, mordomo; Adonirão, filho de Abda, sobre o tributo.

7 E tinha Salomão doze oficiais sobre todo o Israel, que proviam ao rei e à sua casa; e cada um tinha que abastecê-lo por um mês no ano.

8 E estes são os seus nomes: Ben-Hur, nas montanhas de Efraim;

9 Ben-Dequer em Macaz, e em Saalbim, e em Bete-Semes, e em Elom, e em Bete-Hanã;

10 Ben-Hesede em Arubote; também este tinha a Socó e a toda a terra de Hefer;

11 Ben-Abinadabe em todo o termo de Dor; tinha este a Tafate, filha de Salomão, por mulher;

12 Baana, filho de Ailude, tinha a Taanaque, e a Megido, e a toda a Bete-Seã, que está junto a Zaretã, abaixo de Jizreel, desde Bete-Seã até Abel-Meolá, para além de Jocmeão;

13 O filho de Geber, em Ramote de Gileade; tinha este as aldeias de Jair, filho de Manassés, as quais estão em Gileade; também tinha o termo de Argobe, o qual está em Basã, sessenta grandes cidades, com muros e ferrolhos de cobre;

14 Ainadabe, filho de Ido, em Maanaim.

15 Aimaás em Naftali; também este tomou a Basemate, filha de Salomão, por mulher;

16 Baaná, filho de Husai, em Aser e em Alote;

17 Jeosafá, filho de Parua, em Issacar;

18 Simei, filho de Elá, em Benjamim:

19 Geber, filho de Uri, na terra de Gileade, a terra de Siom, rei dos amorreus, e de Ogue, rei de Basã; e só uma guarnição havia naquela terra.

20 Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, como a areia que está junto ao mar em multidão, comendo, e bebendo, e alegrando-se.

21 E dominava Salomão sobre todos os reinos desde o rio até à terra dos filisteus, e até ao termo do Egito; os quais traziam presentes, e serviram a Salomão todos os dias da sua vida.

22 Era, pois, o provimento de Salomão cada dia, trinta coros de flor de farinha, e sessenta coros de farinha;

23 Dez bois cevados, e vinte bois de pasto, e cem carneiros; afora os veados e as cabras montesas, e os corços, e aves cevadas.

24 Porque dominava sobre tudo quanto havia do lado de cá do rio, Tifsa até Gaza, sobre todos os reis do lado de cá do rio; e tinha paz de todos os lados em redor dele.

25 E Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.

26 Tinha também Salomão quarenta mil estrebarias de cavalos para os seus carros, e doze mil cavaleiros.

27 Proviam, pois, estes provedores, cada um no seu mês, ao rei Salomão e a todos quantos se chegaram à mesa do rei Salomão; coisa nenhuma deixavam faltar.

28 E traziam a cevada e a palha para os cavalos e para os ginetes, para o lugar onde estava, cada um segundo o seu cargo.

29 E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.

30 E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.

31 E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.

32 E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.

33 Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais e das aves, e dos répteis e dos peixes.

34 E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

1 Reis 5

Ouça o áudio do capítulo:

1 E enviou Hirão, rei de Tiro, os seus servos a Salomão (porque ouvira que ungiram a Salomão rei em lugar de seu pai), porquanto Hirão sempre tinha amado a Davi.

2 Então Salomão mandou dizer a Hirão:

3 Bem sabes tu que Davi, meu pai, não pôde edificar uma casa ao nome do Senhor seu Deus, por causa da guerra com que o cercaram, até que o Senhor pôs seus inimigos debaixo das plantas dos seus pés.

4 Porém agora o Senhor meu Deus me tem dado descanso de todos os lados; adversário não há, nem algum mau encontro.

5 E eis que eu intento edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, como falou o Senhor a Davi, meu pai, dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu trono, ele edificará uma casa ao meu nome.

6 Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem cedros, e os meus servos estarão com os teus servos, e eu te darei o salário dos teus servos, conforme a tudo o que disseres; porque bem sabes tu que entre nós ninguém há que saiba cortar a madeira como os sidônios.

7 E aconteceu que, ouvindo Hirão as palavras de Salomão, muito se alegrou, e disse: Bendito seja hoje o Senhor, que deu a Davi um filho sábio sobre este tão grande povo.

8 E enviou Hirão a Salomão, dizendo: Ouvi o que me mandaste dizer. Eu farei toda a tua vontade acerca das madeiras de cedro e de cipreste.

9 Os meus servos as levarão desde o Líbano até ao mar, e eu as farei conduzir em jangadas pelo mar até ao lugar que me designares, e ali as desamarrarei; e tu as tomarás; tu também farás a minha vontade, dando sustento à minha casa.

10 Assim deu Hirão a Salomão madeira de cedro e madeira de cipreste, conforme a toda a sua vontade.

11 E Salomão deu a Hirão vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa, e vinte coros de azeite batido; isto dava Salomão a Hirão anualmente.

12 Deu, pois, o Senhor a Salomão sabedoria, como lhe tinha falado; e houve paz entre Hirão e Salomão, e ambos fizeram acordo.

13 E o rei Salomão fez subir uma leva de gente dentre todo o Israel, e foi a leva de gente trinta mil homens;

14 E os enviava ao Líbano, cada mês, dez mil por turno; um mês estavam no Líbano, e dois meses cada um em sua casa; e Adonirão estava sobre a leva de gente.

15 Tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas, e oitenta mil que talhavam pedras nas montanhas,

16 Afora os chefes dos oficiais de Salomão, que estavam sobre aquela obra, três mil e trezentos, os quais davam as ordens ao povo que fazia aquela obra.

17 E mandou o rei que trouxessem pedras grandes, e pedras valiosas, pedras lavradas, para fundarem a casa.

18 E as lavraram os edificadores de Hirão, e os giblitas; e preparavam a madeira e as pedras para edificar a casa.

1 Reis 6

Ouça o áudio do capítulo:

1 E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR.

2 E a casa que o rei Salomão edificou ao Senhor era de sessenta côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e de trinta côvados de altura.

3 E o pórtico diante do templo da casa era de vinte côvados de comprimento, segundo a largura da casa, e de dez côvados de largura diante da casa.

4 E fez para a casa janelas de gelósias fixas.

5 E edificou câmaras junto ao muro da casa, contra as paredes da casa, em redor, tanto do templo como do oráculo; e assim lhe fez câmaras laterais em redor.

6 A câmara de baixo era de cinco côvados de largura, e a do meio de seis côvados de largura, e a terceira de sete côvados de largura; porque pela parte de fora da casa, em redor, fizera encostos, para que as vigas não se apoiassem nas paredes da casa.

7 E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam.

8 A porta da câmara do meio estava ao lado direito da casa, e por caracóis se subia à do meio, e da do meio à terceira.

9 Assim, pois, edificou a casa, e a acabou; e cobriu a casa com pranchões e tabuados de cedro.

10 Também edificou as câmaras em volta de toda a casa, de cinco côvados de altura, e as ligou à casa com madeira de cedro.

11 Então veio a palavra do Senhor a Salomão, dizendo:

12 Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai;

13 E habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.

14 Assim edificou Salomão aquela casa, e a acabou.

15 Também cobriu as paredes da casa por dentro com tábuas de cedro; desde o soalho da casa até ao teto tudo cobriu com madeira por dentro; e cobriu o soalho da casa com tábuas de cipreste.

16 Edificou mais vinte côvados de tábuas de cedro nos lados da casa, desde o soalho até às paredes; e por dentro lhas edificou para o oráculo, para o Santo dos Santos.

17 A casa, isto é, o templo anterior tinha quarenta côvados.

18 E o cedro da casa por dentro era lavrado de botões e flores abertas; tudo era cedro, pedra nenhuma se via.

19 E por dentro da casa, na parte mais interior, preparou o oráculo, para pôr ali a arca da aliança do Senhor.

20 E o oráculo no interior era de vinte côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e de vinte côvados de altura; e o revestiu de ouro puro; também revestiu de cedro o altar.

21 E revestiu Salomão a casa por dentro de ouro puro; e com cadeias de ouro pôs uma cortina diante do oráculo, e o revestiu com ouro.

22 Assim cobriu de ouro toda a casa, inteiramente; também cobriu de ouro todo o altar que estava diante do oráculo.

23 E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.

24 E uma asa de um querubim era de cinco côvados, e a outra asa do querubim de outros cinco côvados; dez côvados havia desde a extremidade de uma das suas asas até à extremidade da outra das suas asas.

25 Assim era também de dez côvados o outro querubim; ambos os querubins eram de uma mesma medida e de um mesmo talhe.

26 A altura de um querubim era de dez côvados, e assim a do outro querubim.

27 E pôs a estes querubins no meio da casa de dentro; e os querubins estendiam as asas, de maneira que a asa de um tocava na parede, e a asa do outro querubim tocava na outra parede; e as suas asas no meio da casa tocavam uma na outra.

28 E revestiu de ouro os querubins.

29 E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de esculturas e entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, por dentro e por fora.

30 Também revestiu de ouro o soalho da casa, por dentro e por fora.

31 E à entrada do oráculo fez portas de madeira de oliveira; o umbral de cima com as ombreiras faziam a quinta parte da parede.

32 Também as duas portas eram de madeira de oliveira; e lavrou nelas entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, os quais revestiu de ouro; também estendeu ouro sobre os querubins e sobre as palmas.

33 E assim fez à porta do templo ombreiras de madeira de oliveira, da quarta parte da parede.

34 E eram as duas portas de madeira de cipreste; e as duas folhas de uma porta eram dobradiças, assim como eram também dobradiças as duas folhas entalhadas das outras portas.

35 E as lavrou de querubins e de palmas, e de flores abertas, e as revestiu de ouro acomodado ao lavor.

36 Também edificou o pátio interior de três ordens de pedras lavradas e de uma ordem de vigas de cedro.

37 No ano quarto se pôs o fundamento da casa do Senhor, no mês de Zive.

38 E no ano undécimo, no mês de Bul, que é o mês oitavo, se acabou esta casa com todas as suas coisas, e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos.

Profetas e Reis

Salomão

Ouça o áudio do capítulo:

No reinado de Davi e Salomão, Israel tornara-se forte entre as nações, e tivera muitas oportunidades de exercer poderosa influência em favor da verdade e do direito. O nome de Jeová era exaltado e tido em honra, e o propósito para o qual os israelitas haviam sido estabelecidos na terra da promessa dir-se-ia estar a alcançar seu cumprimento. Barreiras haviam sido derribadas, e os pesquisadores da verdade vindos de terras pagãs não retornavam insatisfeitos. Produziram-se conversões, e a igreja de Deus na Terra se ampliava e prosperava. PR 6.1

Salomão foi ungido e proclamado rei nos anos finais de seu pai Davi, o qual abdicara em seu favor. Os primeiros tempos de sua vida foram promissores, e era propósito de Deus que ele fosse de força em força, de glória em glória, aproximando-se cada vez mais da semelhança do caráter de Deus, inspirando assim Seu povo a cumprir sua sagrada incumbência, como depositários da verdade divina. PR 6.2

Davi sabia que o elevado propósito de Deus para com Israel só se realizaria se dirigentes e povo procurassem com incessante vigilância atingir a norma estabelecida para eles. Ele sabia que para que seu filho Salomão correspondesse à confiança com que Deus Se agradara em honrá-lo, o jovem governante não devia ser meramente um guerreiro, um estadista, um soberano, mas um homem forte, bom, um ensinador de justiça, um exemplo de fidelidade. PR 6.3

Com terno fervor Davi exortou Salomão a ser varonil e nobre, a mostrar misericórdia e magnanimidade a seus súditos, e em todo o seu trato com as nações da Terra honrar e glorificar o nome de Deus e tornar manifesta a beleza da santidade. As inúmeras experiências difíceis e notáveis pelas quais Davi passara durante o curso de sua vida haviam-lhe ensinado o valor das mais nobres virtudes, e levaram-no a declarar a Salomão, em suas instruções no leito de morte: “Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus. E será como a luz da manhã, quando sai o Sol, da manhã sem nuvens, quando pelo seu resplendor, e pela chuva, a erva brota da terra”. 2 Samuel 23:3, 4. PR 6.4

Oh! que oportunidade a de Salomão Tivesse ele seguido a instrução divinamente inspirada de seu pai e seu reino teria sido um reino de justiça, tal como o descrito no Salmos 72: PR 6.5

“Ó Deus, dá ao rei os Teus juízos, e a Tua justiça ao filho do rei. PR 6.6

Ele julgará ao Teu povo com justiça, e aos Teus pobres com juízo. [...] PR 6.7

Ele descerá como a chuva sobre a erva ceifada, como chuveiros que umedecem a terra. PR 7.1

Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a Lua. PR 7.2

Dominará de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da Terra. [...] PR 7.3

Os reis de Seba e de Sabá oferecerão dons. Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; e todos os reis se prostrarão perante ele; Todas as nações o servirão. PR 7.4

Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. [...] PR 7.5

E continuamente se fará por ele oração; e todos os dias o bendirão. [...] PR 7.6

O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos enquanto o Sol durar; e os homens serão abençoados nele: Todas as nações lhe chamarão bem-aventurado. PR 7.7

Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só Ele faz maravilhas. PR 7.8

E bendito seja para sempre o Seu nome glorioso: E encha-se toda a Terra da Sua glória. Amém e amém”. Salmos 72:1-19. PR 7.9

Na juventude, Salomão fez sua a escolha que fizera Davi, e por muitos anos andou em retidão, sua vida marcada com estrita obediência aos mandamentos de Deus. Logo no início do seu reinado, foi ele com seus conselheiros de Estado a Gibeom, onde ainda estava o tabernáculo que havia sido construído no deserto, e ali uniu-se aos seus conselheiros escolhidos, “aos capitães dos milhares e das centenas”, “e aos juízes, e a todos os príncipes em todo o Israel, chefes dos pais”, em oferecer sacrifícios a Deus e em consagrar-se plenamente ao serviço do Senhor. 2 Crônicas 1:2. Compreendendo alguma coisa da magnitude dos deveres relacionados com o ofício real, Salomão sabia que os que levam pesados fardos precisam buscar a Fonte de sabedoria para orientação, se desejam desempenhar suas responsabilidades de maneira aceitável. Isto levou-o a encorajar seus conselheiros a se unirem com ele em sinceridade, a fim de estarem seguros da aceitação de Deus. PR 7.10

Acima de todo o bem terrestre, o rei desejava sabedoria e entendimento para a realização da obra que Deus lhe havia dado a fazer. Ele ansiava por acuidade mental, largueza de coração, brandura de espírito. Naquela noite, o Senhor apareceu em sonho a Salomão, e disse: “Pede o que quiseres que te dê.” Em sua resposta o jovem e inexperiente príncipe deu expansão a seu sentimento de desamparo e seu desejo de auxílio: “De grande beneficência usaste Tu com Teu servo Davi meu pai”, disse ele, “como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a Tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia. PR 7.11

“Agora, pois, ó Senhor meu Deus, Tu fizeste reinar a Teu servo em lugar de Davi meu pai. E sou ainda menino pequeno; nem sei como sair, nem como entrar. E Teu servo está no meio do Teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. A Teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este Teu tão grande povo? PR 8.1

“E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, que Salomão pedisse esta coisa” “Porquanto pediste esta coisa”, disse Deus a Salomão, “e não pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos, mas pediste para ti entendimento para ouvir causas de juízo, eis que fiz segundo as tuas palavras. Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias. E, se andares nos Meus caminhos, guardando os Meus estatutos, e os Meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias”. 1 Reis 3:5-14. PR 8.2

Deus prometeu que assim como fora com Davi, seria com Salomão. Se o rei andasse perante o Senhor em retidão, se fizesse o que Deus lhe havia ordenado, seu trono seria estabelecido, e seu reino seria o meio de exaltar Israel como “gente sábia e entendida” (Deuteronômio 4:6), a luz das nações ao redor. PR 8.3

A linguagem usada por Salomão quando em oração a Deus diante do antigo altar de Gibeom, revela sua humildade e forte desejo de honrar a Deus. Ele sentia que sem o divino auxílio para desincumbir-se das responsabilidades impendentes sobre si, estaria tão ao desamparo como uma criancinha. Sabia que lhe faltava discernimento, e foi o senso de sua grande necessidade que o levou a buscar de Deus sabedoria. Em seu coração não havia aspiração egoísta de conhecimento para que se pudesse exaltar sobre outros. Ele desejava desempenhar fielmente os deveres que lhe foram impostos, e escolheu o dom que seria o meio de levar seu reino a glorificar a Deus. Salomão nunca foi tão rico ou tão sábio ou tão verdadeiramente grande como quando confessou: “Não passo de uma criança, não sei como conduzir-me”. 1 Reis 3:7. PR 8.4

Os que ocupam hoje posições de responsabilidade devem procurar aprender a lição ensinada pela oração de Salomão. Quanto mais alta a posição que um homem ocupa, quanto maior a responsabilidade que tem de levar, mais ampla será a influência que exerce e maior sua necessidade de dependência de Deus. Deve lembrar-se sempre que com o chamado para o trabalho, vem o chamado para andar circunspectamente perante seus companheiros. Deve ele permanecer ante Deus na atitude de um discípulo. A posição não dá santidade de caráter. É por honrar a Deus e obedecer a Seus mandamentos que o homem se torna verdadeiramente grande. PR 8.5

O Deus que servimos não faz acepção de pessoas. Aquele que deu a Salomão o espírito de sábio discernimento, está desejoso de repartir as mesmas bênçãos a Seus filhos hoje. “Se algum de vós tem falta de sabedoria”, declara Sua Palavra, “peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não o lança em rosto, e ser-lhe-á dada”. Tiago 1:5. Quando o que leva um fardo opressivo deseja sabedoria mais que riquezas, poder, ou fama, não ficará desapontado. Tal pessoa aprenderá do grande Mestre não somente o que fazer, mas como fazê-lo de maneira a alcançar a divina aprovação. PR 9.1

Por todo o tempo em que permanecer consagrado, o homem a quem Deus dotou com discernimento e habilidade não manifestará anseios por alta posição, nem procurará dirigir ou governar. Necessariamente os homens precisam assumir responsabilidades; mas em vez de disputar a supremacia, aquele que é verdadeiro líder orará por um coração entendido, a fim de poder discernir entre o bem e o mal. PR 9.2

A situação dos homens que estão colocados como líderes não é fácil. Mas devem eles ver em cada dificuldade um chamado à oração. Jamais devem deixar de consultar a grande Fonte de toda a sabedoria. Fortalecidos e iluminados pelo Obreiro-Mestre, serão capacitados a permanecer firmes contra pecaminosas influências, e a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. Aprovarão o que Deus aprova, e empenhar-se-ão com todo o fervor contra a introdução de princípios errôneos em Sua causa. PR 9.3

A sabedoria que Salomão desejou acima de riquezas, honra, ou vida prolongada, Deus lhe deu. Sua petição por acuidade mental, largueza de coração e brandura de espírito foi satisfeita. “E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar. E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do Oriente, e do que toda a sabedoria dos egípcios. E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, [...] e correu o seu nome por todas as nações em redor”. 1 Reis 4:29-31. PR 9.4

“E todo o Israel [...] temeu o rei, por que viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça”. 1 Reis 3:28. O coração de todo o povo tornou para Salomão, como se havia tornado para Davi, e lhe obedeceram em todas as coisas. “E Salomão [...] se esforçou no seu reino, e o Senhor seu Deus era com ele, e o magnificou grandemente”. 2 Crônicas 1:1. PR 9.5

Durante muitos anos, a vida de Salomão foi marcada com devoção a Deus, com retidão e firme princípio, e com estrita obediência aos mandamentos de Deus. Ele promoveu todo empreendimento importante, e manejou sabiamente as questões de negócio relacionadas com o reino. Sua riqueza e sabedoria; as luxuosas construções e obras públicas que ele construiu durante os primeiros anos de seu reinado; a energia, piedade, justiça e magnanimidade que revelou em palavras e obras resultaram na lealdade de seus súditos e a admiração e homenagem dos governantes de muitas terras. PR 9.6

O nome de Jeová foi grandemente honrado durante a primeira parte do reinado de Salomão. A sabedoria e justiça reveladas pelo rei deram testemunho a todas as nações da excelência dos atributos do Deus que ele servia. Por algum tempo, Israel foi a luz do mundo, revelando a grandeza de Jeová. Não era na sua preeminente sabedoria, fabulosas riquezas, ou no vasto alcance do seu poder e fama que repousava a verdadeira glória do início do reinado de Salomão; mas na honra que ele levava ao nome do Deus de Israel, mediante sábio uso dos dons do Céu. PR 10.1

Ao passarem os anos, e aumentando a fama de Salomão, buscou ele honrar a Deus acrescentando sua força mental e espiritual e constantemente repartindo com outros as bênçãos recebidas. Ninguém compreendia melhor que ele, haver sido pelo favor de Jeová que entrara na posse do poder, sabedoria e entendimento, e que esses dons foram-lhe concedidos para que ele pudesse dar ao mundo o conhecimento do Rei dos reis. Salomão tomou especial interesse pela História Natural, mas suas pesquisas não estavam limitadas a um determinado ramo do saber. Mediante diligente estudo de todas as coisas criadas, tanto animadas como inanimadas, adquiriu clara concepção do Criador. Nas forças da natureza, no mundo mineral e animal, e em toda árvore, arbusto e flor, ele via a revelação da sabedoria de Deus; e ao procurar aprender mais e mais, seu conhecimento de Deus e seu amor por Ele constantemente aumentavam. PR 10.2

A divinamente inspirada sabedoria de Salomão encontrou expressão em cânticos de louvor e em muitos provérbios. “E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano, até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais e das aves, e dos répteis e dos peixes”. 1 Reis 4:32, 33. PR 10.3

Nos provérbios de Salomão estão esboçados princípios de santo viver e elevados intentos; princípios oriundos do Céu e que conduzem à piedade; princípios que devem reger cada ato da vida. Foi a ampla disseminação desses princípios, e o reconhecimento de Deus como Aquele a quem pertence todo louvor e honra, que fez dos primeiros tempos do reinado de Salomão uma ocasião de reerguimento moral bem como de prosperidade material. PR 10.4

“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria”, escreveu ele, “e o homem que adquire conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela. Aumento de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas paz. É árvore da vida para os que a seguram, e bem-aventurados são todos os que a retêm”. Provérbios 3:13-18. PR 10.5

“A sabedoria é a coisa principal, adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o conhecimento”. Provérbios 4:7. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. Salmos 111:10. “O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, aborreço”. Provérbios 8:13. PR 10.6

Oxalá tivesse Salomão em seus últimos anos atentado para estas maravilhosas palavras de sabedoria! Quem dera aquele que declarou: “Os lábios dos sábios derramarão o conhecimento” (Provérbios 15:7) e que ensinara, ele próprio, os reis da Terra a render ao Rei dos reis o louvor que haviam intentado dar a um governador terreno, não tivesse jamais tomado para si com “boca perversa”, em “soberba” e “arrogância” a glória devida a Deus somente! PR 11.1

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