O Monte das Oliveiras


Dia 214 - Thursday, 01 de August de 2024
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34 min

  • Amós 8 e 9
  • Mateus 24
  • Marcos 13

Amós 8

Ouça o áudio do capítulo:

1 O SENHOR DEUS assim me fez ver: E eis aqui um cesto de frutos do verão.

2 E disse: Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então o Senhor me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.

3 Mas os cânticos do templo naquele dia serão gemidos, diz o Senhor DEUS; multiplicar-se-ão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.

4 Ouvi isto, vós que anelais o abatimento do necessitado; e destruís os miseráveis da terra,

5 Dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão, e o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganosas,

6 Para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo?

7 Jurou o Senhor pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras para sempre.

8 Por causa disto não estremecerá a terra, e não chorará todo aquele que nela habita? Certamente levantar-se-á toda ela como o grande rio, e será agitada, e baixará como o rio do Egito.

9 E sucederá que, naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia, e a terra se entenebreça no dia claro.

10 E tornarei as vossas festas em luto, e todos os vossos cânticos em lamentações; e porei pano de saco sobre todos os lombos, e calva sobre toda cabeça; e farei que isso seja como luto por um filho único, e o seu fim como dia de amarguras.

11 Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.

12 E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, mas não a acharão.

13 Naquele dia as virgens formosas e os jovens desmaiarão de sede.

14 Os que juram pela culpa de Samaria, dizendo: Vive o teu deus, ó Dã; e vive o caminho de Berseba; esses mesmos cairão, e não se levantarão jamais.

Amós 9

Ouça o áudio do capítulo:

1 Vi o Senhor, que estava em pé sobre o altar; e me disse: Fere o capitel, e estremeçam os umbrais, e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu matarei à espada até ao último deles; nenhum deles conseguirá fugir, nenhum deles escapará.

2 Ainda que cavem até ao inferno, a minha mão os tirará dali; e, se subirem ao céu, dali os farei descer.

3 E, se se esconderem no cume do Carmelo, buscá-los-ei, e dali os tirarei; e, se dos meus olhos se ocultarem no fundo do mar, ali darei ordem à serpente, e ela os picará.

4 E, se forem em cativeiro diante de seus inimigos, ali darei ordem à espada que os mate; e eu porei os meus olhos sobre eles para o mal, e não para o bem.

5 Porque o Senhor DEUS dos Exércitos é o que toca a terra, e ela se derrete, e todos os que habitam nela chorarão; e ela subirá toda como um rio, e abaixará como o rio do Egito.

6 Ele é o que edifica as suas câmaras superiores no céu, e fundou na terra a sua abóbada, e o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o Senhor é o seu nome.

7 Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? diz o Senhor: Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e aos filisteus de Caftor, e aos sírios de Quir?

8 Eis que os olhos do Senhor DEUS estão contra este reino pecador, e eu o destruirei de sobre a face da terra; mas não destruirei de todo a casa de Jacó, diz o SENHOR.

9 Porque eis que darei ordem, e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode grão no crivo, sem que caia na terra um só grão.

10 Todos os pecadores do meu povo morrerão à espada, os que dizem: Não nos alcançará nem nos encontrará o mal.

11 Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antigüidade;

12 Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o Senhor, que faz essas coisas.

13 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão.

14 E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto.

15 E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus.

Mateus 24

Ouça o áudio do capítulo:

1 E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.

2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.

3 E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;

5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

6 E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.

7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

8 Mas todas estas coisas são o princípio de dores.

9 Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.

10 Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào.

11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.

13 Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;

16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;

17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;

21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.

22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.

23 Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;

24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

25 Eis que eu vo-lo tenho predito.

26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.

27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.

28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.

29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

32 Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.

33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.

34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.

35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

36 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.

37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.

38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,

39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.

40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;

41 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.

42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.

43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

44 Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.

45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?

46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.

47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.

48 Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;

49 E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,

50 Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,

51 E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

Marcos 13

Ouça o áudio do capítulo:

1 E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!

2 E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

3 E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular:

4 Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.

5 E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane;

6 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.

8 Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas sào os princípios das dores.

9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.

10 Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.

11 Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.

12 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer.

13 E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.

14 Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predita por Daniel o profeta, estar onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.

15 E o que estiver sobre o telhado não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa;

16 E o que estiver no campo não volte atrás, para tomar as suas vestes.

17 Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias!

18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno.

19 Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.

20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitosque escolheu, abreviou aqueles dias.

21 E então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo; ou: Ei-lo ali; não acrediteis.

22 Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

23 Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.

24 Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.

25 E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.

26 E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.

27 E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.

28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.

29 Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas.

30 Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas aconteçam.

31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.

32 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.

33 Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.

34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.

35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,

36 Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.

37 E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.

O Desejado de Todas as Nações

O Monte das Oliveiras

Ouça o áudio do capítulo:

Este capítulo é baseado em Mateus 24; Marcos 13; Lucas 21:5-38.

As palavras de Cristo aos sacerdotes e principais: “Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta” (Mateus 23:38), encheram-lhes de terror o coração. Afetaram indiferença, mas ficou sempre a voltar-lhes ao pensamento uma pergunta quanto à importância dessas palavras. Parecia ameaçá-los invisível perigo. Poder-se-ia dar que o magnífico templo, glória da nação, devesse tornar-se em breve um montão de ruínas? Os pressentimentos de mal eram partilhados pelos discípulos, e esperavam ansiosos uma declaração mais definida de Jesus. Ao saírem com Ele do templo, chamaram-Lhe a atenção para a estrutura e beleza do mesmo. Suas pedras eram do mais puro mármore, de perfeita brancura, e algumas delas de dimensões quase fabulosas. Uma parte da parede resistira ao cerco do exército de Nabucodonosor. No perfeito acabamento de sua alvenaria, dir-se-ia um sólido bloco de pedra tirado inteiro da pedreira. Como essas poderosas paredes pudessem ser derribadas, não compreendiam os discípulos. DTN 443.1

Ao ser a atenção de Cristo chamada para a magnificência do templo, quais não terão sido os pensamentos inexpressos daquele Rejeitado?! A visão que tinha perante Si era na verdade bela, mas Ele disse com tristeza: Eu vejo tudo isso. Os edifícios são realmente maravilhosos. Vós apontais essas paredes como sendo aparentemente indestrutíveis; escutai, porém, as Minhas palavras: Dia virá em que “não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”. Mateus 24:2. DTN 443.2

As palavras de Cristo foram proferidas aos ouvidos de grande número de pessoas; mas quando Ele Se achava só, sentado sobre o Monte das Oliveiras, Pedro, João, Tiago e André foram ter com Ele. “Dize-nos”, perguntaram, “quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?” Mateus 24:3. Jesus não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de Jerusalém e do grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição dos dois acontecimentos. Houvesse desenrolado perante os discípulos os eventos futuros segundo Ele os via, e não teriam podido suportar esse espetáculo. Por misericórdia com eles, Jesus misturou a descrição das duas grandes crises, deixando aos discípulos o procurar por si mesmos a significação. Ao referir-Se à destruição de Jerusalém, Suas palavras proféticas estenderam-se para além daquele acontecimento, à conflagração final do dia em que o Senhor Se levantará do Seu lugar para punir o mundo por sua iniqüidade, quando a Terra descobrirá seu sangue, e não mais encobrirá seus mortos. Todo esse discurso foi dado, não para os discípulos somente, mas para os que haveriam de viver nas últimas cenas da história terrestre. DTN 443.3

Voltando-Se para os discípulos, Cristo disse: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos”. Mateus 24:4, 5. Muitos falsos messias apareceriam, pretendendo operar milagres, e dizendo chegado o tempo do livramento da nação judaica. Esses desviariam a muitos. As palavras de Cristo cumpriram-se. Entre Sua morte e o cerco de Jerusalém, apareceram muitos falsos messias. Mas essa advertência foi dada também aos que vivem nesta época do mundo. Os mesmos enganos praticados anteriormente à destruição de Jerusalém, têm sido postos em prática através dos séculos, e sê-lo-ão de novo. DTN 444.1

“E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, por que é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim”. Mateus 24:6. Antes da destruição de Jerusalém, os homens lutavam pela supremacia. Foram mortos imperadores. Os que se julgavam sucessores ao trono eram assassinados. Houve guerras e rumores de guerras. “É mister que tudo isso aconteça”, disse Cristo, “mas ainda não é o fim [da nação judaica como nação]. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores”. Mateus 24:7, 8. Cristo disse: Ao verem os rabis estes sinais, hão de declarar que são juízos de Deus sobre as nações por manterem em servidão Seu povo escolhido. Dirão que essas coisas são indícios da vinda do Messias. Não vos enganeis; elas são o princípio de Seus juízos. O povo tem olhado para si mesmo. Não se têm arrependido e convertido para que Eu os cure. Os sinais que eles apresentam como indícios de sua libertação do jugo, são sinais de sua destruição. DTN 444.2

“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do Meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão”. Mateus 24:9, 10. Tudo isso sofreram os cristãos. Pais e mães traíram os próprios filhos. Filhos traíram os pais. Amigos entregaram amigos ao Sinédrio. Os perseguidores realizaram seu desígnio matando Estêvão, Tiago e outros cristãos. DTN 444.3

Por meio de Seus servos, deu Deus a última oportunidade ao povo judeu de se arrepender. Mediante Suas testemunhas manifestou-Se Ele, em suas prisões, em seus julgamentos, em seus encarceramentos. Todavia seus juízes pronunciaram contra eles a sentença de morte. Eram homens de quem o mundo não era digno e, matando-os, os judeus crucificavam de novo ao Filho de Deus. Assim será outra vez. As autoridades farão leis para restringir a liberdade religiosa. Arrogar-se-ão o direito que só a Deus pertence. Pensarão que podem forçar a consciência, que só Deus deve reger. Mesmo agora estão começando; esta obra continuarão a levar avante até chegarem a um limite que não podem transpor. Deus Se interporá em favor de Seu povo leal, observador dos mandamentos. DTN 444.4

Em todas as ocasiões em que tem lugar a perseguição, aqueles que a testemunham tomam decisões, seja em favor de Cristo, seja contra Ele. Os que manifestam simpatia pelos que são injustamente condenados, mostram seu apego a Cristo. Outros se escandalizam por que os princípios da verdade ferem diretamente suas práticas. Muitos tropeçam e caem, apostatando da fé que uma vez defenderam. Os que se retratam em tempo de prova, hão de, por amor da própria segurança, dar falso testemunho, e trair a seus irmãos. Cristo nos advertiu disso, para que não ficássemos surpreendidos com a conduta desnatural, cruel, dos que rejeitam a luz. DTN 445.1

Cristo deu a Seus discípulos um sinal da ruína a sobrevir a Jerusalém, e disse-lhes como haveriam de escapar: “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e, os que nos campos, não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas”. Lucas 21:20-22. Esse aviso foi dado para ser seguido quarenta anos depois, na destruição de Jerusalém. Os cristãos obedeceram à advertência, e nenhum deles pereceu no cerco da cidade. DTN 445.2

“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” (Mateus 24:20), disse Cristo. Aquele que fez o sábado não o aboliu, cravando-o na cruz. O sábado não foi anulado por Sua morte. Quarenta anos depois da crucifixão, devia ainda ser mantido sagrado. Durante quarenta anos deviam os discípulos orar para que sua fuga não caísse no sábado. DTN 445.3

Da destruição de Jerusalém, passou Cristo rapidamente ao maior evento, o último elo na cadeia da história terrestre — a vinda do Filho de Deus em majestade e glória. Entre estes dois acontecimentos, jaziam abertos aos olhos de Cristo longos séculos de trevas, séculos assinalados para sua igreja por sangue e lágrimas e agonia. A contemplação dessas cenas não podiam então os discípulos suportar, e Jesus passou-as com breve menção. “Porque haverá então grande aflição”, disse, “como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco haverá. E, se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”. Mateus 24:21, 22. Por mais de mil anos, perseguições como o mundo nunca antes presenciara, sobreviriam aos seguidores de Cristo. Milhões e milhões de Suas fiéis testemunhas haveriam de ser mortas. Não se houvesse estendido a mão de Deus, para preservar Seu povo, e todos teriam perecido. “Mas por causa dos escolhidos”, disse Ele, “serão abreviados aqueles dias.” DTN 445.4

Depois, em linguagem inequívoca, nosso Senhor fala de Sua segunda vinda, e dá advertência de perigos que hão de preceder Seu advento ao mundo. “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que Eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que Ele está no deserto, não saiais; eis que Ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem”. Mateus 24:23-27. Como um dos sinais da destruição de Jerusalém, Cristo havia dito: “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.” Ergueram-se falsos profetas, enganando o povo, e levando grande número ao deserto. Mágicos e exorcistas, pretendendo miraculoso poder, arrastaram o povo após si, às solidões das montanhas. Mas esta profecia foi dada também para os últimos dias. Este sinal é indício do segundo advento. Mesmo agora falsos cristos e falsos profetas exibem sinais e maravilhas para seduzir Seus discípulos. Não ouvimos nós o grito: “Eis que Ele está no deserto”? Não tem milhares ido ao deserto, na esperança de encontrar a Cristo? E de milhares de reuniões onde os homens professam ter comunicação com espíritos dos que se foram, não vem o brado: “Eis que Ele está no interior da casa [nas câmaras, dizem outras versões]”? É exatamente o que pretende o espiritismo. Mas que diz Cristo? — “Não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.” DTN 445.5

O Salvador dá sinais de Sua vinda e, mais que isto, fixa o tempo em que aparecerão os primeiros desses sinais: “E logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá, e a Lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu, o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. Mateus 24:29-31. DTN 446.1

Ao fim da grande perseguição papal, declarou Cristo, o Sol se escureceria, e a Lua não daria sua luz. Em seguida, cairiam as estrelas do céu. E Ele diz: “Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas”. Mateus 24:32, 33. DTN 446.2

Cristo deu sinais de Sua vinda. Declara que podemos conhecer quando Ele está perto, às portas. Ele diz daqueles que vêem estas coisas: “Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam”. Mateus 24:34. Estes sinais apareceram. Agora sabemos com certeza que a vinda do Senhor está às portas. “O céu e a Terra passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar”. Mateus 24:35. DTN 446.3

Cristo virá com nuvens e grande glória. Uma multidão de luminosos anjos O acompanhará. Ele virá para ressuscitar os mortos, e transformar os santos vivos de glória em glória. Virá honrar os que O amaram e guardaram Seus mandamentos, e levá-los para Si. Não os esqueceu, nem a Sua promessa. Unir-se-á de novo a cadeia da família. Ao contemplarmos nossos mortos, podemos pensar na manhã em que a trombeta de Deus soará, e “os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. 1 Coríntios 15:52. Mais um pouco, e veremos o Rei em Sua formosura. Mais um pouco, e Ele enxugará toda lágrima de nossos olhos. Um pouco mais, e nos apresentará “irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória”. Judas 24. Por conseguinte, ao dar Ele os sinais de Sua vinda, disse: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima”. Lucas 21:28. DTN 447.1

Mas o dia e hora de Sua vinda não foram revelados. Jesus declarou positivamente a Seus discípulos que Ele próprio não podia dar a conhecer o dia ou a hora de Sua segunda vinda. Houvesse estado na liberdade de revelar isto, que necessidade teria então de os exortar a uma constante vigilância? Alguns há que pretendem conhecer o próprio dia e hora do aparecimento do Senhor. Muito zelosos são eles em delinear o futuro. Mas o Senhor os advertiu a sair desse terreno. O tempo exato da segunda vinda do Filho do homem é mistério de Deus. DTN 447.2

Cristo continua indicando as condições do mundo por ocasião de Sua vinda: “E como foi nos dias de Noé, assim será também na vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos — assim será também a vinda do Filho do homem”. Mateus 24:37-39. Cristo não apresenta aí um milênio temporal, mil anos em que todos se hão de preparar para a eternidade. Diz-nos que, como foi nos dias de Noé, assim será quando o Filho do homem vier outra vez. DTN 447.3

Como foi nos dias de Noé? — “Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”. Gênesis 6:5. Os habitantes do mundo antediluviano desviaram-se de Jeová, recusando fazer Sua santa vontade. Seguiram após sua profana imaginação e pervertidas idéias. Foi por causa de sua impiedade que foram destruídos; e atualmente o mundo está seguindo a mesma marcha. Não apresenta nenhum lisonjeiro indício de glória milenial. Os transgressores da lei de Deus estão enchendo a Terra de impiedade. Suas apostas, suas corridas de cavalos, jogo, dissipação, costumes cheios de concupiscências, paixões irrefreadas, estão rapidamente enchendo o mundo de violência. DTN 447.4

Na profecia da destruição de Jerusalém, Cristo disse: “Por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. Mateus 24:12-14. Esta profecia terá outra vez seu cumprimento. A abundante iniqüidade daquela época encontra seu paralelo nesta geração. Assim será quanto à predição referente à pregação do evangelho. Antes da queda de Jerusalém, Paulo, escrevendo sob inspiração do Espírito Santo, declarou que o evangelho fora pregado a “toda a criatura que há debaixo do Céu”. Colossenses 1:23. Assim agora, antes da vinda do Filho do homem, o evangelho eterno tem que ser pregado a “toda nação, e tribo, e língua, e povo”. Apocalipse 14:6, 14. Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo”. Atos 17:31. Cristo nos diz quando terá lugar aquele dia. Ele não diz que todo o mundo se converterá, mas que “este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. Mateus 24:14. Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus. 2 Pedro 3:12. Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória. DTN 447.5

Depois de dar os sinais de Sua vinda, Cristo disse: “Quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto”. Lucas 21:31. “Olhai, vigiai e orai”. Marcos 13:33. Deus sempre tem dado aos homens advertência dos juízos por vir. Aqueles que tiveram fé na mensagem por Ele enviada para seu tempo, e agiram segundo sua fé, em obediência aos Seus mandamentos, escaparam aos juízos que caíram sobre os desobedientes e incrédulos. A Noé veio a palavra: “Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de Mim”. Gênesis 7:1. Noé obedeceu, e foi salvo. A Ló foi enviada a mensagem: “Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade”. Gênesis 19:14. Ló colocou-se sob a guarda dos mensageiros celestes, e foi salvo. Assim os discípulos de Cristo tiveram aviso da destruição de Jerusalém. Os que estavam alerta quanto ao sinal da próxima ruína, e fugiram da cidade, escaparam à destruição. Assim agora estamos dando aviso da segunda vinda de Cristo e da destruição impendente sobre o mundo. Os que ouvirem a advertência, serão salvos. DTN 448.1

Como não sabemos o tempo exato de Sua vinda, somos advertidos a vigiar. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!” Lucas 12:37, 42. Os que vigiam, à espera da vinda do Senhor, não aguardam em ociosa expectativa. A expectação da vinda do Senhor fará os homens temerem-nO, bem como aos Seus juízos contra a transgressão. Deve despertá-los para o grande pecado de Lhe rejeitar os oferecimentos de misericórdia. Os que aguardam o Senhor, purificam a alma pela obediência da verdade. Com a vigilante espera, combinam ativo serviço. Como sabem que o Senhor está às portas, seu zelo é avivado para cooperar com as forças divinas para salvação de almas. Estes são os sábios e fiéis servos que dão “o sustento a seu tempo” à casa do Senhor. Estão declarando a verdade especialmente aplicável a este tempo. Como Enoque, Noé, Abraão e Moisés, cada um declarou a verdade para seu tempo, assim hão de os servos de Cristo agora dar a especial advertência para sua geração. DTN 448.2

Mas Cristo apresenta outra classe: “Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu Senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o Senhor daquele servo num dia em que O não espera”. Mateus 24:48-50. DTN 449.1

O mau servo diz em seu coração: “O meu Senhor tarde virá.” Não diz que Cristo não virá. Não zomba da idéia de Sua segunda vinda. Mas, em seu coração e por suas ações e palavras declara que a vinda do Senhor demora. Afasta da mente dos outros a convicção de que o Senhor presto virá. Sua influência leva os homens a uma presunçosa, negligente demora. São confirmados em sua mundanidade e torpor. Paixões terrestres, pensamentos corruptos tomam posse da mente. O mau servo come e bebe com os bêbados, une-se com o mundo na busca do prazer. Espanca seus conservos, acusando e condenando aqueles que são fiéis a seu Mestre. Mistura-se com o mundo. Sendo semelhantes, crescem ambos na transgressão. É uma assimilação terrível. É colhido no laço juntamente com o mundo. “Virá o senhor daquele servo [...] à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas”. Mateus 24:50, 51. DTN 449.2

“E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”. Apocalipse 3:3. O advento de Cristo surpreenderá os falsos mestres. Eles estão dizendo: “Paz e segurança.” Como os sacerdotes e mestres antes da queda de Jerusalém, assim esperam eles que a igreja goze de prosperidade e glória terrenas. Os sinais dos tempos, eles interpretam como prognóstico dessas coisas. Mas, que diz a Palavra inspirada? — “Então lhes sobrevirá repentina destruição”. 1 Tessalonicenses 5:3. Como um laço virá o dia de Deus sobre toda a Terra, sobre todos os que fazem deste mundo sua pátria. Ele virá sobre eles como um ladrão. DTN 449.3

O mundo, cheio de rixas, repleto de ímpios prazeres, acha-se adormecido, adormecido em segurança carnal. Os homens estão retardando a vinda do Senhor. Riem das advertências. Ouve-se a arrogância: “Todas as coisas continuam como desde o princípio da criação”. 2 Pedro 3:4. “O dia de amanhã será como este, e ainda maior e mais famoso”. Isaías 56:12. Aprofundar-nos-emos no amor do prazer. Mas Cristo diz: “Eis que venho como ladrão”. Apocalipse 16:15. Ao mesmo tempo que o mundo está perguntando zombeteiramente: “Onde está a promessa da Sua vinda?” (2 Pedro 3:4) estão-se cumprindo os sinais. Enquanto eles gritam: “Paz e segurança”, aproxima-se repentina destruição. Quando o escarnecedor, o rejeitador da verdade, se tem tornado presunçoso; quando a rotina do trabalho nos vários ramos de ganhar dinheiro é prosseguida sem consideração para com princípios; quando o estudante está ansiosamente buscando o conhecimento de tudo menos a Bíblia, Cristo vem como ladrão. DTN 449.4

Tudo no mundo está em agitação. Os sinais dos tempos são cheios de sinais. Os acontecimentos por vir projetam sua sombra diante de si. O Espírito de Deus está sendo retirado da Terra, e calamidade segue-se a calamidade em terra e mar. Há tempestades, terremotos, incêndios, inundações, homicídios de toda espécie. Quem pode ler o futuro? Onde está a segurança? Não há certeza em coisa alguma humana ou terrena. Os homens se estão rapidamente enfileirando sob a bandeira de sua escolha. Aguardam desassossegadamente os movimentos de seus chefes. Há os que estão esperando, vigiando e trabalhando pela vinda de nosso Senhor. Outra classe cerra fileiras sob a chefia do primeiro e grande apóstata. Poucos crêem de alma e coração que temos um inferno a evitar e um Céu a alcançar. DTN 450.1

A crise aproxima-se furtiva e gradualmente de nós. O Sol brilha no firmamento, fazendo seu ordinário percurso, e os céus declaram ainda a glória de Deus. Os homens ainda comem, bebem, plantam e edificam, casam e dão-se em casamento. Os comerciantes continuam a vender e comprar. Os homens se empurram uns aos outros, contendem pelas mais altas posições. Os amantes de prazer aglomeram-se ainda nos teatros, nas corridas de cavalo, nos antros de jogo. São dominados pelo maior excitamento, todavia o tempo de graça aproxima-se rapidamente do fim, e todo caso está para ser eternamente decidido. Satanás vê que seu tempo é curto. Tem posto em operação todas as suas forças a fim de os homens serem enganados, seduzidos, ocupados e enlaçados até que o dia da graça se haja findado, e a porta da misericórdia esteja para sempre fechada. DTN 450.2

Através dos séculos, chegam até nós as solenes palavras de advertência de nosso Senhor, no Monte das Oliveiras: “E olhai por vós mesmos, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” “Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem”. Lucas 21:34, 36. DTN 450.3

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