Ezequias


Dia 112 - Sunday, 21 de April de 2024
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34 min

  • Isaías 37-39
  • 2 Reis 18-20

Isaías 37

Ouça o áudio do capítulo:

1 E aconteceu que, tendo ouvido isso, o rei Ezequias rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco, e entrou na casa do SENHOR.

2 Então enviou Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos, ao profeta Isaías, filho de Amós.

3 E disseram-lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, e de vitupério, e de blasfêmias; porque chegados são os filhos ao parto, e força não há para dá-los à luz.

4 Porventura o SENHOR teu Deus terá ouvido as palavras de Rabsaqué, a quem o rei da Assíria, seu senhor, enviou para afrontar o Deus vivo, e para vituperá-lo com as palavras que o SENHOR teu Deus tem ouvido; faze oração pelo remanescente que ficou.

5 E os servos do rei Ezequias foram ter com Isaías.

6 E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas à vista das palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.

7 Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um rumor, e voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair morto à espada na sua terra.

8 Voltou, pois, Rabsaqué, e achou ao rei da Assíria pelejando contra Libna; porque ouvira que já se havia retirado de Laquis.

9 E, ouviu ele dizer que Tiraca, rei da Etiópia, tinha saído para lhe fazer guerra. Assim que ouviu isto, enviou mensageiros a Ezequias, dizendo:

10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá, dizendo: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.

11 Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as totalmente; e escaparias tu?

12 Porventura as livraram os deuses das nações que meus pais destruíram: Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos de Éden, que estavam em Telassar?

13 Onde está o rei de Hamate, e o rei de Arpade, e o rei da cidade de Sefarvaim, Hena e Iva?

14 Recebendo, pois, Ezequias as cartas das mãos dos mensageiros, e lendo-as, subiu à casa do Senhor; e Ezequias as estendeu perante o Senhor.

15 E orou Ezequias ao Senhor, dizendo:

16 Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins; tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.

17 Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, Senhor, os teus olhos, e vê; e ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo.

18 Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras.

19 E lançaram no fogo os seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.

20 Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; e assim saberão todos os reinos da terra, que só tu és o Senhor.

21 Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Quanto ao que pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria,

22 Esta é a palavra que o Senhor falou a respeito dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.

23 A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz, e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel.

24 Por meio de teus servos afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortarei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas, e entrarei na altura do seu cume, ao bosque do seu campo fértil.

25 Eu cavei, e bebi as águas; e com as plantas de meus pés sequei todos os rios dos lugares sitiados.

26 Porventura não ouviste que já há muito tempo eu fiz isto, e já desde os dias antigos o tinha formado? Agora porém o fiz vir, para que tu fosses o que destruísse as cidades fortificadas, e as reduzisse a montões de ruínas.

27 Por isso os seus moradores, dispondo de pouca força, andaram atemorizados e envergonhados; tornaram-se como a erva do campo, e a relva verde, e o feno dos telhados, e o trigo queimado antes da seara.

28 Porém eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e o teu entrar, e o teu furor contra mim.

29 Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu até aos meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio nos teus lábios, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.

30 E isto te será por sinal: Este ano se comerá o que espontaneamente nascer, e no segundo ano o que daí proceder; porém no terceiro ano semeai e segai, e plantai vinhas, e comei os frutos delas.

31 Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima.

32 Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte de Sião os que escaparem; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.

33 Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará trincheira contra ela.

34 Pelo caminho por onde vier, por esse voltará; porém nesta cidade não entrará, diz o Senhor.

35 Porque eu ampararei esta cidade, para livrá-la, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.

36 Então saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, quando se levantaram pela manhã cedo, eis que todos estes eram corpos mortos.

37 Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi, e voltou, e habitou em Nínive.

38 E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.

Isaías 38

Ouça o áudio do capítulo:

1 Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.

2 Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor.

3 E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.

4 Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:

5 Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.

6 E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade, e defenderei esta cidade.

7 E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá esta palavra que falou.

8 Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado.

9 O escrito de Ezequias, rei de Judá, de quando adoeceu e sarou de sua enfermidade:

10 Eu disse: No cessar de meus dias ir-me-ei às portas da sepultura; já estou privado do restante de meus anos.

11 Disse: Não verei ao Senhor, o Senhor na terra dos viventes; jamais verei o homem com os moradores do mundo.

12 Já o tempo da minha vida se foi, e foi arrebatada de mim, como tenda de pastor; cortei a minha vida como tecelão; ele me cortará do tear; desde a manhã até à noite me acabarás.

13 Esperei com paciência até à madrugada; como um leão quebrou todos os meus ossos; desde a manhã até à noite me acabarás.

14 Como o grou, ou a andorinha, assim eu chilreava, e gemia como a pomba; alçava os meus olhos ao alto; ó Senhor, ando oprimido, fica por meu fiador.

15 Que direi? Como me prometeu, assim o fez; assim passarei mansamente por todos os meus anos, por causa da amargura da minha alma.

16 Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito, portanto cura-me e faze-me viver.

17 Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.

18 Porque não te louvará a sepultura, nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova.

19 O vivente, o vivente, esse te louvará, como eu hoje o faço; o pai aos filhos fará notória a tua verdade.

20 O Senhor veio salvar-me; por isso, tangendo em meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor.

21 E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará.

22 Também dissera Ezequias: Qual será o sinal de que hei de subir à casa do Senhor?

Isaías 39

Ouça o áudio do capítulo:

1 Naquele tempo enviou Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei de babilônia, cartas e um presente a Ezequias, porque tinha ouvido dizer que havia estado doente e que já tinha convalescido.

2 E Ezequias se alegrou com eles, e lhes mostrou a casa do seu tesouro, a prata, e o ouro, e as especiarias, e os melhores ungüentos, e toda a sua casa de armas, e tudo quanto se achava nos seus tesouros; coisa nenhuma houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio, que Ezequias não lhes mostrasse.

3 Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram, e de onde vieram a ti? E disse Ezequias: De uma terra remota vieram a mim, de babilônia.

4 E disse ele: Que foi que viram em tua casa? E disse Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu deixasse de lhes mostrar.

5 Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor dos Exércitos:

6 Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.

7 E até de teus filhos, que procederem de ti, e tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei de babilônia.

8 Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: Pois haverá paz e verdade em meus dias.

2 Reis 18

Ouça o áudio do capítulo:

1 E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.

2 Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.

3 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.

4 Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã.

5 No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.

6 Porque se chegou ao Senhor, não se apartou dele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés.

7 Assim foi o Senhor com ele; para onde quer que saía se conduzia com prudência; e se rebelou contra o rei da Assíria, e não o serviu.

8 Ele feriu os filisteus até Gaza, como também os seus termos, desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada.

9 E sucedeu, no quarto ano do rei Ezequias (que era o sétimo ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel), que Salmaneser, rei da Assíria, subiu contra Samaria, e a cercou.

10 E a tomaram ao fim de três anos, no ano sexto de Ezequias, que era o ano nono de Oséias, rei de Israel, quando tomaram Samaria.

11 E o rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria; e os fez levar a Hala e a Habor, junto ao rio de Gozã, e às cidades dos medos;

12 Porquanto não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.

13 Porém no ano décimo quarto do rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá, e as tomou.

14 Então Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da Assíria, a Laquis, dizendo: Pequei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres suportarei. Então o rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro.

15 Assim deu Ezequias toda a prata que se achou na casa do Senhor e nos tesouros da casa do rei.

16 Naquele tempo cortou Ezequias o ouro das portas do templo do Senhor, e das ombreiras, de que ele, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.

17 Contudo enviou o rei da Assíria a Tartã, e a Rabe-Saris, e a Rabsaqué, de Laquis, com grande exército ao rei Ezequias, a Jerusalém; subiram, e vieram a Jerusalém. E, subindo e vindo eles, pararam ao pé do aqueduto da piscina superior, que está junto ao caminho do campo do lavandeiro.

18 E chamaram o rei; e saíram a eles Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista.

19 E Rabsaqué lhes disse: Ora, dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é esta em que te estribas?

20 Dizes tu (porém são palavras só de lábios): Há conselho e poder para a guerra. Em quem, pois, agora confias, que contra mim te rebelas?

21 Eis que agora tu confias naquele bordão de cana quebrada, no Egito, no qual, se alguém se encostar, entrar-lhe-á pela mão e a furará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam.

22 Se, porém, me disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é esse aquele cujos altos e cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?

23 Ora, pois, dá agora reféns ao meu senhor, o rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.

24 Como, pois, farias virar o rosto de um só capitão dos menores servos de meu senhor, quando tu confias no Egito, por causa dos carros e cavaleiros?

25 Agora, pois, subi eu porventura sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? O Senhor me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.

26 Então disse Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna e Joá, a Rabsaqué: Rogamos-te que fales aos teus servos em siríaco; porque bem o entendemos; e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está em cima do muro.

27 Porém Rabsaqué lhes disse: Porventura mandou-me meu senhor somente a teu senhor e a ti, para falar estas palavras e não antes aos homens, que estão sentados em cima do muro, para que juntamente convosco comam o seu excremento e bebam a sua urina?

28 Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e respondeu, dizendo: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.

29 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão;

30 Nem tampouco vos faça Ezequias confiar no Senhor, dizendo: Certamente nos livrará o Senhor, e esta cidade não será entregue na mão do rei da Assíria.

31 Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Contratai comigo por presentes, e saí a mim, e coma cada um da sua vide e da sua figueira, e beba cada um a água da sua cisterna;

32 Até que eu venha, e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis, e não morrereis; e não deis ouvidos a Ezequias; porque vos incita, dizendo: O Senhor nos livrará.

33 Porventura os deuses das nações puderam livrar, cada um a sua terra, das mãos do rei da Assíria?

34 Que é feito dos deuses de Hamate e de Arpade? Que é feito dos deuses de Sefarvaim, Hena e Iva? Porventura livraram a Samaria da minha mão?

35 Quais são eles, dentre todos os deuses das terras, que livraram a sua terra da minha mão, para que o Senhor livrasse a Jerusalém da minha mão?

36 Porém calou-se o povo, e não lhe respondeu uma só palavra; porque mandado do rei havia, dizendo: Não lhe respondereis.

37 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias com as vestes rasgadas, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.

2 Reis 19

Ouça o áudio do capítulo:

1 E aconteceu que, tendo Ezequias ouvido isto, rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco, e entrou na casa do SENHOR.

2 Então enviou a Eliaquim, o mordomo, e a Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos, ao profeta Isaías, filho de Amós.

3 E disseram-lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, de vituperação e de blasfêmia; porque os filhos chegaram ao parto, e não há força para dá-los à luz.

4 Bem pode ser que o SENHOR teu Deus ouça todas as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o seu senhor, o rei da Assíria, para afrontar o Deus vivo, e para vituperá-lo com as palavras que o SENHOR teu Deus tem ouvido; faze, pois, oração pelo restante que subsiste.

5 E os servos do rei Ezequias foram a Isaías.

6 E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.

7 Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um rumor, e voltará para a sua terra; à espada o farei cair na sua terra.

8 Voltou, pois, Rabsaqué, e achou o rei da Assíria pelejando contra Libna, porque tinha ouvido que o rei havia partido de Laquis.

9 E, ouvindo ele dizer de Tiraca, rei da Etiópia: Eis que saiu para te fazer guerra; tornou a enviar mensageiros a Ezequias, dizendo:

10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.

11 Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as totalmente; e tu, te livrarás?

12 Porventura as livraram os deuses das nações, a quem meus pais destruíram, como a Gozã, a Harã, a Rezefe, e aos filhos de Éden, que estavam em Telassar?

13 Que é feito do rei de Hamate, do rei de Arpade, e do rei da cidade de Sefarvaim, Hena e Iva?

14 Recebendo, pois, Ezequias as cartas das mãos dos mensageiros e lendo-as, subiu à casa do Senhor; e Ezequias as estendeu perante o Senhor.

15 E orou Ezequias perante o Senhor e disse: Ó Senhor Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.

16 Inclina, Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, Senhor, os teus olhos, e olha; e ouve as palavras de Senaqueribe, que enviou a este, para afrontar o Deus vivo.

17 Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras.

18 E lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.

19 Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; e assim saberão todos os reinos da terra que só tu és o Senhor Deus.

20 Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o Senhor Deus de Israel: O que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, ouvi.

21 Esta é a palavra que o Senhor falou dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.

22 A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel?

23 Por meio de teus mensageiros afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão de meus carros subi ao alto dos montes, aos lados do Líbano, e cortarei os seus altos cedros e as suas mais formosas faias, e entrarei nas suas pousadas extremas, até no bosque do seu campo fértil.

24 Eu cavei, e bebi águas estranhas; e com as plantas de meus pés sequei todos os rios do Egito.

25 Porventura não ouviste que já dantes fiz isto, e já desde os dias antigos o planejei? Agora, porém, o fiz vir, para que fosses tu que reduzisses as cidades fortificadas a montões desertos.

26 Por isso os moradores delas, com pouca força, ficaram pasmados e confundidos; eram como a erva do campo, e a hortaliça verde, e o feno dos telhados, e o trigo queimado, antes de amadurecer.

27 Porém o teu assentar, e o teu sair e o teu entrar, e o teu furor contra mim, eu o sei.

28 Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua revolta subiu aos meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio nos teus lábios, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.

29 E isto te será por sinal; este ano se comerá o que nascer por si mesmo, e no ano seguinte o que daí proceder; porém, no terceiro ano semeai e segai, plantai vinhas, e comei os seus frutos.

30 Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima.

31 Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião o que escapou; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.

32 Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, nem levantará contra ela trincheira alguma.

33 Pelo caminho por onde vier, por ele voltará; porém nesta cidade não entrará, diz o Senhor.

34 Porque eu ampararei a esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.

35 Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.

36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, e voltou e ficou em Nínive.

37 E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.

2 Reis 20

Ouça o áudio do capítulo:

1 Naqueles dias adoeceu Ezequias mortalmente; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.

2 Então virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor, dizendo:

3 Ah, Senhor! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.

4 Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Senhor dizendo:

5 Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor.

6 E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo.

7 Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou.

8 E Ezequias disse a Isaías: Qual é o sinal de que o Senhor me sarará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor?

9 Disse Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás?

10 Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, mas volte a sombra dez graus atrás.

11 Então o profeta Isaías clamou ao Senhor; e fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que tinha declinado no relógio de sol de Acaz.

12 Naquele tempo enviou Berodaque-Baladã, filho de Baladã, rei de babilônia, cartas e um presente a Ezequias; porque ouvira que Ezequias tinha estado doente.

13 E Ezequias lhes deu ouvidos; e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias e os melhores ungüentos, e a sua casa de armas, e tudo quanto se achou nos seus tesouros; coisa nenhuma houve que não lhes mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio.

14 Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe disse: Que disseram aqueles homens, e de onde vieram a ti? Disse Ezequias: Vieram de um país muito remoto, de babilônia.

15 E disse ele: Que viram em tua casa? E disse Ezequias: Tudo quanto há em minha casa viram; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse.

16 Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor.

17 Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.

18 E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da babilônia.

19 Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: E não haverá, pois, em meus dias paz e verdade?

20 Ora, o mais dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?

21 E Ezequias dormiu com seus pais; e Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.

Profetas e Reis

Ezequias

Ouça o áudio do capítulo:

Em evidente contraste com o governo displicente de Acaz, foi a transformação operada durante o próspero reinado de seu filho. Ezequias subiu ao trono determinado a fazer tudo que estivesse em seu poder para salvar Judá da sorte que estava tocando ao reino do norte. As mensagens dos profetas não davam margem a meias-medidas. Unicamente mediante a mais decidida reforma seriam evitados os juízos impendentes. PR 170.1

Nessa emergência, Ezequias provou ser um homem para a ocasião. Mal havia ele subido ao trono, começou a planejar e a executar. Voltou primeiramente sua atenção para a restauração das atividades do templo, havia tanto tempo negligenciadas; e nesta obra solicitou com fervor a cooperação de um grupo de sacerdotes e levitas que tinham permanecido leais a sua sagrada vocação. Seguro de sua leal cooperação, com eles falou livremente do seu desejo de instituir imediatas e profundas reformas. “Nossos pais transgrediram”, confessou, “e fizeram o que era mal aos olhos do Senhor nosso Deus, e O deixaram, e desviaram os seus rostos do tabernáculo do Senhor”. “Agora me tem vindo ao coração, que façamos um concerto com o Senhor, Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da Sua ira”. 2 Crônicas 29:6, 10. PR 170.2

Em poucas e bem escolhidas palavras, o rei passou em revista a situação que enfrentava: o templo fechado e a cessação de todas as cerimônias no seu recinto; a idolatria flagrante praticada nas ruas da cidade e através do reino; a apostasia de multidões que poderiam ter permanecido leais a Deus se os líderes de Judá lhes tivessem dado um exemplo reto; e o declínio do reino e sua perda de prestígio na estima das nações ao redor. O reino do norte estava rapidamente se desmoronando; muitos estavam perecendo à espada; já uma multidão havia sido levada cativa; logo Israel devia cair completamente nas mãos dos assírios, e seria inteiramente arruinado; e esta sorte tocaria certamente também a Judá, a menos que Deus operasse poderosamente por intermédio de representantes escolhidos. PR 170.3

Ezequias apelou diretamente aos sacerdotes para que se unissem a ele a fim de levarem a efeito as necessárias reformas. “Não sejais negligentes”, ele os exortou, “pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dEle para O servirdes, e para serdes Seus ministros e queimardes incenso”. “Santificai-vos agora, e santificai a casa do Senhor, Deus de vossos pais”. 2 Crônicas 29:11, 5. PR 170.4

Era esse um tempo para ação imediata. Os sacerdotes agiram com rapidez. Conseguindo a cooperação de outros de seu número que não haviam estado presentes durante esta conferência, empenharam-se de coração na obra de purificar e santificar o templo. Em vista dos anos de profanação e negligência, isto foi cercado de muitas dificuldades; mas os sacerdotes e levitas trabalharam infatigavelmente, e dentro de um intervalo de tempo consideravelmente curto foram capazes de dar sua tarefa por completa. As portas do templo foram reparadas e abertas de par em par; os vasos sagrados foram reunidos e postos no lugar; e tudo estava em ordem para o restabelecimento das atividades do santuário. PR 171.1

No primeiro culto celebrado, os príncipes da cidade uniram-se com o rei Ezequias e com os sacerdotes e levitas em buscar o perdão para os pecados da nação. Sobre o altar foram postas as ofertas pelo pecado, “para reconciliar a todo o Israel”. “E acabando de o oferecer, o rei e todos quantos com ele se acharam se prostraram e adoraram”. Uma vez mais as cortes do templo ressoaram com palavras de louvor e adoração. Os cânticos de Davi e de Asafe foram cantados com júbilo, ao sentirem os adoradores que estavam sendo libertados do cativeiro do pecado e apostasia. “E Ezequias, e todo o povo se alegraram, de que Deus tinha preparado o povo; porque apressuradamente se fez esta obra”. 2 Crônicas 29:24, 29, 36. PR 171.2

Deus havia sem dúvida preparado o coração dos chefes em Judá para liderarem um decidido movimento de reforma, a fim de que a onda da apostasia pudesse ser detida. Por intermédio de Seus profetas Ele tinha enviado a Seu povo escolhido mensagem após mensagem de ferventes rogos — mensagens que haviam sido desprezadas e rejeitadas pelas dez tribos do reino de Israel, agora entregues ao inimigo. Mas em Judá ficou um piedoso remanescente, e a esses os profetas continuaram a apelar. Ouvi Isaías instando: “Convertei-vos pois Àquele contra quem os filhos de Israel se rebelaram tão profundamente”. Isaías 31:6. Ouvi Miquéias declarando com confiança: “Eu, porém, esperarei no Senhor; esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz. Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra Ele; até que julgue a minha causa, e execute o meu direito. Ele me trará à luz, e eu verei a Sua justiça”. Miquéias 7:7-9. PR 171.3

Essas e outras mensagens semelhantes reveladoras da boa disposição de Deus em perdoar e aceitar os que a Ele voltavam com inteireza de coração, haviam levado esperança a muitas almas debilitadas nos escuros anos em que as portas do templo estiveram fechadas; e agora, ao darem os líderes início a uma reforma, uma multidão do povo, cansada da servidão do pecado, estava pronta para responder. PR 171.4

Os que entraram pelo pátio do templo em busca de perdão e a fim de renovarem seus votos de consagração a Jeová, encontraram maravilhoso encorajamento nas porções proféticas da Escritura. As solenes advertências contra a idolatria, proferidas por intermédio de Moisés aos ouvidos de todo o Israel, haviam sido acompanhadas pelas profecias da boa vontade de Deus em ouvir e perdoar aos que em tempos de apostasia buscassem a Deus de todo o coração. “Então no fim de dias”, Moisés havia dito, “te virarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a Sua voz. Porquanto o Senhor teu Deus é Deus misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem Se esquecerá do concerto que jurou a teus pais”. Deuteronômio 4:30, 31. PR 171.5

E na oração profética oferecida por ocasião da dedicação do templo, cujas cerimônias Ezequias e seus companheiros estavam agora restaurando, Salomão havia suplicado: “Quando o Teu povo Israel for ferido diante do inimigo, por ter pecado contra Ti, e confessarem o Teu nome, e orarem e suplicarem a Ti nesta casa, ouve Tu então nos Céus, e perdoa o pecado do Teu povo Israel”. 1 Reis 8:33, 34. O selo da aprovação divina havia sido posto sobre esta oração; pois ao ser ela concluída, fogo havia descido do Céu a fim de consumir a oferta queimada e os sacrifícios, e a glória do Senhor enchera o templo. 2 Crônicas 7:1. E à noite o Senhor havia aparecido a Salomão, para dizer-lhe que sua oração tinha sido ouvida, e que misericórdia seria mostrada aos que adorassem ali. Havia sido dada a graciosa certeza: “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a Minha face e se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos Céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. 2 Crônicas 7:14. PR 172.1

Essas promessas encontraram abundante cumprimento durante a reforma levada a efeito por Ezequias. PR 172.2

O bom início ao tempo da purificação do templo foi seguido por um movimento mais amplo, do qual participaram tanto Israel como Judá. Em seu zelo para tornar as cerimônias do templo uma bênção real para o povo, Ezequias determinou reavivar o antigo costume de reunir os israelitas para a celebração conjunta da festa da Páscoa. PR 172.3

Por muitos anos a Páscoa não fora observada como festa nacional. A divisão do reino após o reinado de Salomão tinha feito que isto parecesse impraticável. Mas os terríveis juízos suspensos sobre as dez tribos estavam despertando no coração de alguns o desejo por coisas melhores; e as estimuladoras mensagens dos profetas estavam manifestando o seu efeito. Por intermédio de correios reais o convite para a Páscoa em Jerusalém foi ouvido amplamente, “de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom”. Os portadores do gracioso convite foram geralmente repelidos. Os impenitentes levianamente se retraíram; não obstante, alguns, ansiosos de buscar a Deus para um conhecimento mais claro de Sua vontade, “se humilharam, e vieram a Jerusalém”. 2 Crônicas 30:10, 11. PR 172.4

Na terra de Judá a resposta foi muito generalizada; pois sobre eles estava “a mão de Deus, dando-lhes um só coração, para fazerem o mandamento do rei e dos príncipes” (2 Crônicas 30:12) — uma determinação de acordo com a vontade de Deus revelada por intermédio de Seus profetas. PR 172.5

A ocasião representava uma das maiores vantagens para a multidão reunida. As ruas profanadas da cidade foram limpas dos idólatras altares colocados ali durante o reinado de Acaz. No dia determinado a Páscoa foi observada; e a semana foi gasta pelo povo em oferecer ofertas pacíficas e em aprender o que Deus queria que fizessem. Diariamente os levitas “que tinham entendimento no bom conhecimento do Senhor ensinavam ao povo”; e os que haviam preparado o seu coração para buscarem a Deus encontraram perdão. Grande alegria tomou posse da multidão de adoradores; “os levitas e os sacerdotes louvaram ao Senhor de dia em dia, com instrumentos fortemente retinentes” (2 Crônicas 30:22, 21); todos estavam unidos no seu desejo de louvar Aquele que Se havia provado tão gracioso e misericordioso. PR 173.1

Os sete dias normalmente dedicados à festa da Páscoa passaram demasiado depressa, e os adoradores determinaram gastar outros sete dias em aprender mais amplamente o caminho do Senhor. Os sacerdotes instrutores continuaram sua obra de instrução do livro da lei; diariamente o povo se reunia no templo para oferecer seu tributo de louvor e gratidão; e quando o grande ajuntamento ia chegando ao fim, tornou-se evidente que Deus havia operado maravilhosamente na conversão do transviado Judá, e em deter a maré de idolatria que ameaçava arrastar tudo diante de si. As solenes advertências dos profetas não tinham sido proferidas em vão. “Houve grande alegria em Jerusalém, porque desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, tal não houve em Jerusalém”. 2 Crônicas 30:26. PR 173.2

Chegou o momento em que os adoradores deviam retornar a seus lares. “Então os sacerdotes, os levitas, se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até a Sua santa habitação, aos Céus”. 2 Crônicas 30:27. Deus havia aceito os que com o coração quebrantado haviam confessado seus pecados, e com resoluto propósito haviam voltado para Ele em busca de perdão e auxílio. PR 173.3

Restava agora uma importante obra, na qual os que estavam retornando a seus lares deviam tomar parte ativa; e a execução desta obra trouxe a evidência da genuinidade da reforma operada. O relato diz: “Todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram as estátuas, cortaram os bosques, e derribaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também por Efraim e Manassés, até que tudo destruíram. Então tornaram todos os filhos de Israel, cada um para a sua possessão, para as cidades deles”. 2 Crônicas 31:1. PR 173.4

Ezequias e seus associados instituíram várias reformas para o levantamento dos interesses espirituais e temporais do reino. “Em todo o Judá” o rei “fez o que era bom, e reto, e verdadeiro perante o Senhor seu Deus. E em toda a obra que começou, [...] com todo o seu coração o fez, e prosperou”. “No Senhor Deus de Israel confiou, [...] não se apartou de após Ele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés. Assim o Senhor foi com ele”. 2 Reis 18:5-7. PR 173.5

O reinado de Ezequias se caracterizou por uma série de marcantes providências, as quais revelaram às nações vizinhas que o Deus de Israel estava com o Seu povo. O êxito dos assírios em capturar Samaria e espalhar o quebrantado remanescente das dez tribos entre as nações, durante a primeira parte do seu reinado, estava levando muitos a pôr em dúvida o poder do Deus dos hebreus. Empolgados por seus sucessos, os ninivitas havia muito tinham posto de lado a mensagem de Jonas, e se tornaram insolentes em sua oposição aos propósitos do Céu. Poucos anos após a queda de Samaria, os exércitos vitoriosos reapareceram na Palestina, dirigindo desta vez as suas forças contra as cidades fortificadas de Judá, com alguma medida de sucesso; mas se contiveram por algum tempo, em virtude de dificuldades surgidas em outras partes de seu reino. Não seria senão alguns anos mais tarde, ao aproximar-se o fim do reinado de Ezequias, que devia ser demonstrado perante as nações do mundo se os deuses dos pagãos deviam afinal prevalecer. PR 174.1

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