Acaz


Dia 111 - Saturday, 20 de April de 2024
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31 min

  • 1 Crônicas 28
  • 2 Reis 15-17

1 Crônicas 28

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então Davi reuniu em Jerusalém todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, e os capitães das turmas, que serviam o rei, e os capitães dos milhares, e os capitães das centenas, e os administradores de toda a fazenda e possessão do rei, e de seus filhos, como também os oficiais, os poderosos, e todo o homem valente.

2 E pôs-se o rei Davi em pé, e disse: Ouvi-me, irmãos meus, e povo meu; em meu coração propus eu edificar uma casa de repouso para a arca da aliança do Senhor e para o estrado dos pés do nosso Deus, e eu tinha feito o preparo para a edificar.

3 Porém Deus me disse: Não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra, e derramaste muito sangue.

4 E o Senhor Deus de Israel escolheu-me de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por soberano, e a casa de meu pai na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer reinar sobre todo o Israel.

5 E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o Senhor), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel.

6 E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios; porque o escolhi para filho, e eu lhe serei por pai.

7 E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje.

8 Agora, pois, perante os olhos de todo o Israel, a congregação do Senhor, e perante os ouvidos de nosso Deus, guardai e buscai todos os mandamentos do Senhor vosso Deus, para que possuais esta boa terra, e a façais herdar a vossos filhos depois de vós, para sempre.

9 E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.

10 Olha, pois, agora, porque o Senhor te escolheu para edificares uma casa para o santuário; esforça-te, e faze a obra.

11 E deu Davi a Salomão, seu filho, a planta do alpendre com as suas casas, e as suas tesourarias, e os seus cenáculos, e as suas recâmaras interiores, como também da casa do propiciatório.

12 E também a planta de tudo quanto tinha em mente, a saber: dos átrios da casa do Senhor, e de todas as câmaras ao redor, para os tesouros da casa de Deus, e para os tesouros das coisas sagradas;

13 E para as turmas dos sacerdotes, e para os levitas, e para toda a obra do ministério da casa do Senhor, e para todos os utensílios do ministério da casa do Senhor.

14 E deu ouro, segundo o peso do ouro, para todos os utensílios de cada ministério; também a prata, por peso, para todos os utensílios de prata, para todos os utensílios de cada ministério.

15 E o peso para os castiçais de ouro, e suas candeias de ouro segundo o peso de cada castiçal e as suas candeias; também para os castiçais de prata, segundo o peso do castiçal e as suas candeias, segundo o uso de cada castiçal.

16 Também deu o ouro por peso para as mesas da proposição, para cada mesa; como também a prata para as mesas de prata.

17 E ouro puro para os garfos, e para as bacias, e para os jarros, e para as taças de ouro, para cada taça seu peso; como também para as taças de prata, para cada taça seu peso.

18 E para o altar do incenso, ouro purificado, por seu peso; como também o ouro para o modelo do carro, a saber, dos querubins, que haviam de estender as asas, e cobrir a arca da aliança do Senhor.

19 Tudo isto, disse Davi, fez-me entender o Senhor, por escrito da sua mão, a saber, todas as obras desta planta.

20 E disse Davi a Salomão seu filho: Esforça-te e tem bom ânimo, e faze a obra; não temas, nem te apavores; porque o Senhor Deus, meu Deus, há de ser contigo; não te deixará, nem te desamparará, até que acabes toda a obra do serviço da casa do Senhor.

21 E eis que aí tens as turmas dos sacerdotes e dos levitas para todo o ministério da casa de Deus; estão também contigo, para toda a obra, voluntários com sabedoria de toda a espécie para todo o ministério; como também todos os príncipes, e todo o povo, para todos os teus mandados.

2 Reis 15

Ouça o áudio do capítulo:

1 No ano vinte e sete de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar Azarias, filho de Amazias, rei de Judá.

2 Tinha dezesseis anos quando começou a reinar, e cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém.

3 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai.

4 Tão-somente os altos não foram tirados; porque o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.

5 E o Senhor feriu o rei, e ficou leproso até ao dia da sua morte; e habitou numa casa separada; porém Jotão, filho do rei, tinha o cargo da casa, julgando o povo da terra.

6 Ora, o mais dos atos de Azarias, e tudo o que fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?

7 E Azarias dormiu com seus pais e o sepultaram junto a seus pais, na cidade de Davi; e Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.

8 No ano trinta e oito de Azarias, rei de Judá, reinou Zacarias, filho de Jeroboão, sobre Israel, em Samaria, seis meses.

9 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como tinham feito seus pais; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel.

10 E Salum, filho de Jabes, conspirou contra ele e feriu-o diante do povo, e matou-o; e reinou em seu lugar.

11 Ora, o mais dos atos de Zacarias, eis que está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel.

12 Esta foi a palavra do Senhor, que falou a Jeú: Teus filhos, até à quarta geração, se assentarão sobre o trono de Israel. E assim foi.

13 Salum, filho de Jabes, começou a reinar no ano trinta e nove de Uzias, rei de Judá, e reinou um mês inteiro em Samaria.

14 Porque Menaém, filho de Gadi, subiu de Tirza, e veio a Samaria; e feriu a Salum, filho de Jabes, em Samaria, e o matou, e reinou em seu lugar.

15 Ora, o mais dos atos de Salum, e a conspiração que fez, eis que está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel.

16 Então Menaém feriu a Tifsa, e a todos os que nela havia, como também a seus termos desde Tirza, porque não lha tinham aberto; e os feriu, pois, e a todas as mulheres grávidas fendeu pelo meio.

17 Desde o ano trinta e nove de Azarias, rei de Judá, Menaém, filho de Gadi, começou a reinar sobre Israel, e reinou dez anos em Samaria.

18 E fez o que era mau aos olhos do Senhor; todos os seus dias não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel.

19 Então veio Pul, rei da Assíria, contra a terra; e Menaém deu a Pul mil talentos de prata, para que este o ajudasse a firmar o reino na sua mão.

20 E Menaém tirou este dinheiro de Israel, de todos os poderosos e ricos, para dá-lo ao rei da Assíria, de cada homem cinqüenta siclos de prata; assim voltou o rei da Assíria, e não ficou ali na terra.

21 Ora, o mais dos atos de Menaém, e tudo quanto fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel?

22 E Menaém dormiu com seus pais; e Pecaías, seu filho, reinou em seu lugar.

23 No ano cinqüenta de Azarias, rei de Judá, começou a reinar Pecaías, filho de Menaém, sobre Israel, em Samaria, e reinou dois anos.

24 E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel.

25 E Peca, filho de Remalias, seu capitão, conspirou contra ele, e o feriu em Samaria, no paço da casa do rei, juntamente com Argobe e com Arié, e com ele cinqüenta homens dos filhos dos gileaditas; e o matou, e reinou em seu lugar.

26 Ora, o mais dos atos de Pecaías, e tudo quanto fez, eis que está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel.

27 No ano cinqüenta e dois de Azarias, rei de Judá, começou a reinar Peca, filho de Remalias, sobre Israel, em Samaria, e reinou vinte anos.

28 E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel.

29 Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, e a Quedes, a Hazor, a Gileade, e a Galiléia, e a toda a terra de Naftali, e os levou à Assíria.

30 E Oséias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, e o feriu, e o matou, e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de Uzias.

31 Ora, o mais dos atos de Peca, e tudo quanto fez, eis que está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel.

32 No ano segundo de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá.

33 Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque.

34 E fez o que era reto aos olhos do Senhor; fez conforme tudo quanto fizera seu pai Uzias.

35 Tão-somente os altos não foram tirados; porque o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. Este edificou a porta alta da casa do Senhor.

36 Ora, o mais dos atos de Jotão, e tudo quanto fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?

37 Naqueles dias começou o Senhor a enviar contra Judá a Rezim, rei da Síria, e a Peca, filho de Remalias.

38 E Jotão dormiu com seus pais, e foi sepultado junto a seus pais, na cidade de Davi, seu pai; e Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.

2 Reis 16

Ouça o áudio do capítulo:

1 No ano dezessete de Peca, filho de Remalias, começou a reinar Acaz, filho de Jotão, rei de Judá.

2 Tinha Acaz vinte anos de idade quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém, e não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como Davi, seu pai.

3 Porque andou no caminho dos reis de Israel, e até a seu filho fez passar pelo fogo, segundo as abominações dos gentios que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel.

4 Também sacrificou, e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de todo o arvoredo.

5 Então subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de Israel, a Jerusalém, para pelejar; e cercaram a Acaz, porém não o puderam vencer.

6 Naquele mesmo tempo Rezim, rei da Síria, restituiu Elate à Síria, e lançou fora de Elate os judeus; e os sírios vieram a Elate, e habitaram ali até ao dia de hoje.

7 E Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim.

8 E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor, e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria.

9 E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da Assíria subiu contra Damasco, e tomou-a e levou cativo o povo para Quir, e matou a Rezim.

10 Então o rei Acaz foi a Damasco, a encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo um altar que estava em Damasco, o rei Acaz enviou ao sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, conforme toda a sua feitura.

11 E Urias, o sacerdote, edificou um altar conforme tudo o que o rei Acaz lhe tinha enviado de Damasco; assim o fez o sacerdote Urias, antes que o rei Acaz viesse de Damasco.

12 Vindo, pois, o rei de Damasco, viu o altar; e o rei se chegou ao altar, e sacrificou nele.

13 E queimou o seu holocausto, e a sua oferta de alimentos, e derramou a sua libação, e espargiu o sangue dos seus sacrifícios pacíficos sobre o altar.

14 Porém o altar de cobre, que estava perante o Senhor, ele tirou de diante da casa, de entre o seu altar e a casa do Senhor, e pô-lo ao lado do altar, do lado do norte.

15 E o rei Acaz ordenou a Urias, o sacerdote, dizendo: Queima no grande altar o holocausto da manhã, como também a oferta de alimentos da noite, o holocausto do rei e a sua oferta de alimentos, e o holocausto de todo o povo da terra, a sua oferta de alimentos, as suas ofertas de bebidas e todo o sangue dos holocaustos, e todo o sangue dos sacrifícios espargirás nele; porém o altar de cobre será para mim, para nele inquirir.

16 E fez Urias, o sacerdote, conforme tudo quanto o rei Acaz lhe ordenara.

17 E o rei Acaz cortou as cintas das bases, e de cima delas tomou a pia, e tirou o mar de sobre os bois de cobre, que estavam debaixo dele, e pô-lo sobre um pavimento de pedra.

18 Também a coberta que, para o sábado, edificaram na casa, e a entrada real externa, retirou da casa do Senhor, por causa do rei da Assíria.

19 Ora, o mais dos atos de Acaz e o que fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?

20 E dormiu Acaz com seus pais, e foi sepultado junto a seus pais, na cidade de Davi; e Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar.

2 Reis 17

Ouça o áudio do capítulo:

1 No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias, filho de Elá, e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos.

2 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, contudo não como os reis de Israel que foram antes dele.

3 Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria; e Oséias ficou sendo servo dele, e pagava-lhe tributos.

4 Porém o rei da Assíria achou em Oséias conspiração; porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava tributos ao rei da Assíria cada ano, como dantes; então o rei da Assíria o encerrou e aprisionou na casa do cárcere.

5 Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou três anos.

6 No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala e em Habor junto ao rio de Gozã, e nas cidades dos medos,

7 Porque sucedeu que os filhos de Israel pecaram contra o Senhor seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses.

8 E andaram nos estatutos das nações que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel, e nos dos reis de Israel, que eles fizeram.

9 E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra o Senhor seu Deus; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada.

10 E levantaram, para si, estátuas e imagens do bosque, em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes.

11 E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações, que o Senhor expulsara de diante deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira o Senhor.

12 E serviram os ídolos, dos quais o Senhor lhes dissera: Não fareis estas coisas.

13 E o Senhor advertiu a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.

14 Porém não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no Senhor seu Deus.

15 E rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências, com que protestara contra eles; e seguiram a vaidade, e tornaram-se vãos; como também seguiram as nações, que estavam ao redor deles, das quais o Senhor lhes tinha ordenado que não as imitassem.

16 E deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros; e fizeram um ídolo do bosque, e adoraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal.

17 Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocarem à ira.

18 Portanto o Senhor muito se indignou contra Israel, e os tirou de diante da sua face; nada mais ficou, senão somente a tribo de Judá.

19 Até Judá não guardou os mandamentos do Senhor seu Deus; antes andaram nos estatutos de Israel, que eles fizeram.

20 Por isso o Senhor rejeitou a toda a descendência de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença.

21 Porque rasgou a Israel da casa de Davi; e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate. E Jeroboão apartou a Israel de seguir ao Senhor, e os fez cometer um grande pecado.

22 Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se apartaram deles;

23 Até que o Senhor tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim foi Israel expulso da sua terra à Assíria até ao dia de hoje.

24 E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades.

25 E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles.

26 Por isso falaram ao rei da Assíria, dizendo: A gente que transportaste e fizeste habitar nas cidades de Samaria, não sabe o costume do Deus da terra; assim mandou leões entre ela, e eis que a matam, porquanto não sabe o culto do Deus da terra.

27 Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra.

28 Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor.

29 Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas cidades, em que habitava.

30 E os de babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima.

31 E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.

32 Também temiam ao Senhor; e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos.

33 Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.

34 Até ao dia de hoje fazem segundo os primeiros costumes; não temem ao Senhor, nem fazem segundo os seus estatutos, segundo as suas ordenanças, segundo a lei e segundo o mandamento que o Senhor ordenou aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel.

35 Contudo o Senhor tinha feito uma aliança com eles, e lhes ordenara, dizendo: Não temereis a outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis, nem lhes sacrificareis.

36 Mas o Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande força e com braço estendido, a este temereis, e a ele vos inclinareis e a ele sacrificareis.

37 E os estatutos, as ordenanças, a lei e o mandamento, que vos escreveu, tereis cuidado de fazer todos os dias; e não temereis a outros deuses.

38 E da aliança que fiz convosco não vos esquecereis; e não temereis a outros deuses.

39 Mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.

40 Porém eles não ouviram; antes fizeram segundo o seu primeiro costume.

41 Assim estas nações temiam ao Senhor e serviam as suas imagens de escultura; também seus filhos, e os filhos de seus filhos, como fizeram seus pais, assim fazem eles até ao dia de hoje.

Profetas e Reis

Acaz

Ouça o áudio do capítulo:

A ascensão de Acaz ao trono pôs Isaías e seus associados face a face com condições mais aterradoras do que as que até então tivera lugar no reino de Judá. Muitos que anteriormente haviam resistido às influências sedutoras de práticas idólatras, estavam agora sendo persuadidos a tomar parte na adoração de divindades pagãs. Príncipes em Israel estavam-se mostrando infiéis ao sua atividade; falsos profetas se levantavam com mensagens que levavam ao extravio, e até alguns dos sacerdotes estavam ensinando por interesse. Não obstante os líderes em apostasia ainda conservavam as formas do culto divino, e presumiam ser contados entre o povo de Deus. PR 165.1

O profeta Miquéias, que durante esses tempos conturbados deu o seu testemunho, declarou que os pecadores de Sião, ao mesmo tempo que afirmavam estar “encostados ao Senhor”, e em blasfêmia se vangloriando: “Não está o Senhor no meio de nós? nenhum mal nos sobrevirá”, continuavam a edificar “a Sião com sangue, e a Jerusalém com injustiça”. Miquéias 3:11, 10. Contra esses males o profeta Isaías levantou a voz em severa repreensão: “Ouvi a palavra do Senhor, vós príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra. De que Me serve a Mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. [...] Quando vindes para comparecerdes perante Mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar os Meus átrios?” Isaías 1:10-12. PR 165.2

A Inspiração declara: “O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna”. Provérbios 21:27. O Deus dos Céus é “tão puro de olhos”, que não pode “ver o mal, e a vexação” não pode “contemplar”. Hebreus 1:13. Não é porque não esteja disposto a perdoar que Ele Se afasta do transgressor; mas porque o pecador se recusa a servir-se da abundante provisão de graça, torna-se impossível a Deus livrar do pecado. “A mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o Seu ouvido agravado, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça”. Isaías 59:1, 2. PR 165.3

Salomão havia escrito: “Ai de ti, ó terra, cujo rei é criança”. Eclesiastes 10:16. Assim foi com a terra de Judá. Em virtude de continuadas transgressões, seus reis haviam-se tornado como crianças. Isaías chamou a atenção do povo para a fraqueza da posição deste entre as nações da Terra; e mostrou que isto era o resultado da impiedade que se praticava nas altas esferas. “Eis”, disse ele, “que o Senhor Deus dos Exércitos tirará de Jerusalém e de Judá o bordão e o cajado, todo o sustento de pão, e toda a sede de água; o valente, e o soldado, o juiz e o profeta, e o adivinho, e o ancião; o capitão de cinqüenta, e o respeitável, e o conselheiro, e o sábio entre os artífices, e o eloqüente; e dar-lhes-ei mancebos por príncipes, e crianças governarão sobre eles.” “Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu; porquanto a sua língua e as suas obras são contra o Senhor”. Isaías 3:1-4, 8. PR 165.4

“Os que te guiam”, continuou o profeta, “te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas”. Isaías 3:12. Durante o reinado de Acaz isto foi literalmente verdade; pois dele está escrito: “Andou nos caminhos dos reis de Israel, e, demais disto, fez imagens fundidas a Baalim. Também queimou incenso no vale do filho de Hinom, e queimou a seus filhos no fogo, conforme a todas as abominações dos gentios que o Senhor tinha desterrado de diante dos filhos de Israel”. 2 Crônicas 28:2, 3; 2 Reis 16:3. PR 166.1

Esse foi sem dúvida um tempo de grande perigo para a nação escolhida. Poucos anos mais e as dez tribos do reino de Israel seriam espalhadas entre as nações gentílicas. E no reino de Judá também as perspectivas eram negras. As forças do bem estavam diminuindo rapidamente, e as do mal aumentando. O profeta Miquéias, em vista da situação foi constrangido a exclamar: “Pereceu o benigno da terra, e não há entre os homens um que seja reto.” “O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que um espinhal”. Miquéias 7:2, 4. “Se o Senhor dos Exércitos não nos deixara algum remanescente”, exclamou Isaías, “já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra”. Isaías 1:9. PR 166.2

Em todos os séculos, por amor dos que permaneceram leais, bem como em virtude do Seu infinito amor pelo transviado, Deus tem manifestado tolerância para com os rebeldes, e tem-nos admoestado a que abandonem seu mau caminho, e tornem para Ele. “Mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:10), Ele tem ensinado aos transgressores o caminho da justiça por intermédio de homens por Ele indicados. PR 166.3

E assim foi durante o reinado de Acaz. Convite sobre convite foi enviado ao extraviado Israel para que retornasse à submissão a Jeová. Ternas foram as súplicas dos profetas; e ao estarem diante do povo, fervorosamente exortando ao arrependimento e reforma, suas palavras produziam fruto para a glória de Deus. PR 166.4

Através de Miquéias veio o maravilhoso apelo: “Ouvi agora o que diz o Senhor: levanta-te, contende com os montes, e ouçam os outeiros a tua voz. Ouvi, montes, a contenda do Senhor, e vós, fortes fundamentos da Terra; porque o Senhor tem uma contenda com o Seu povo, e com Israel entrará em juízo. PR 166.5

“Ó povo Meu que te tenho feito? e em que te enfadei? testifica contra Mim. Certamente te fiz subir da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã. PR 167.1

“Povo Meu, ora lembra-te da consulta de Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, desde Sitim até Gilgal, para que conheças as justiças do Senhor”. Miquéias 6:1-5. PR 167.2

O Deus a quem servimos é longânimo; “Suas misericórdias não têm fim”. Lamentações 3:22. Através de um período de graça, Seu Espírito está apelando aos homens para que aceitem o dom da vida. “Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos, pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?” Ezequiel 33:11. É um especial artifício de Satanás levar o homem ao pecado, e então deixá-lo ali, desajudado e desesperançado, temendo buscar perdão. Mas Deus convida: “Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo”. Isaías 27:5. Em Cristo cada provisão está feita, cada incentivo oferecido. PR 167.3

Nos dias da apostasia em Judá e Israel, muitos estavam inquirindo: “Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei ante o Deus altíssimo? virei perante Ele com holocaustos? com bezerros de um ano? Agradar-Se-á o Senhor de milhares de carneiros? de dez mil ribeiros de azeite?” A resposta é clara e positiva: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6:6-8. PR 167.4

Insistindo sobre o valor da piedade prática, o profeta estava unicamente repetindo o conselho dado a Israel séculos antes. Por intermédio de Moisés, quando estavam para entrar na terra prometida, a palavra do Senhor havia sido: “Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que andes em todos os Seus caminhos, e O ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que guardes os mandamentos do Senhor, e os Seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?” Deuteronômio 10:12, 13. De século em século esses conselhos foram repetidos pelos servos de Jeová aos que estavam em perigo de cair nos hábitos do formalismo e de esquecer de demonstrar misericórdia. Quando, durante o Seu ministério terrestre, o próprio Cristo foi assediado por um doutor da lei com a pergunta: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” Sua resposta foi: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas”. Mateus 22:36-40. PR 167.5

Estes claros pronunciamentos dos profetas e do próprio Mestre deviam ser recebidos por nós como a voz de Deus a cada alma. Não devemos perder oportunidade de praticar obras de benemerência, de terna previdência e cortesia cristã em favor do sobrecarregado e oprimido. Se mais não podemos fazer, devemos dizer palavras de coragem e esperança aos que não estão familiarizados com Deus, dos quais se pode com mais facilidade aproximar pelas avenidas da simpatia e do amor. PR 167.6

Ricas e abundantes são as promessas feitas aos que são atentos a oportunidades para levar alegria e bênção à vida de outros. “E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam”. Isaías 58:10, 11. PR 168.1

A conduta idólatra de Acaz, em face dos ferventes apelos dos profetas, não podia ter senão um resultado. Veio grande ira do Senhor sobre Judá e Jerusalém, e os entregou à turbação, à assolação, e ao assobio”. 2 Crônicas 29:8. O reino sofreu rápido declínio, e sua própria existência foi posta logo em perigo pelos exércitos invasores. “Então subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de Israel, a Jerusalém, à peleja; e cercaram a Acaz”. 2 Reis 16:5. PR 168.2

Tivesse Acaz e os principais homens de seu reino sido leais ao Altíssimo, e nenhum temor manifestariam a respeito de aliança tão antinatural como a que se tinha formado contra eles. Mas a repetida transgressão tinha-os despojado de força. Atingidos por um enorme temor dos juízos de um Deus ofendido, “se moveu o coração do rei, e o coração do seu povo, como se movem as árvores do bosque com o vento”. Isaías 7:2. Nesta crise, a palavra do Senhor veio a Isaías, ordenando-lhe que fosse ao encontro do rei amedrontado, e dissesse: PR 168.3

“Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração [...] porquanto a Síria teve contra ti maligno conselho, com Efraim e com o filho de Remalias, dizendo: Vamos subir contra Judá e atormentemo-lo, e repartamo-lo entre nós, e façamos reinar no meio dele o filho de Tabeal. Assim diz o Senhor Deus: Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá”. O profeta declarou que o reino de Israel, bem como o da Síria, chegaria logo ao fim. “Se o não crerdes”, concluiu, “não ficareis firmes”. Isaías 7:4-7, 9. PR 168.4

Quão bom teria sido para o reino de Judá tivesse Acaz recebido esta mensagem como do Céu. Mas escolhendo apoiar-se no braço de carne, buscou ajuda de pagãos. Em desespero ele enviou uma mensagem a Tiglate-Pileser, rei da Assíria: “Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim”. O pedido foi acompanhado de um rico presente tirado do tesouro do rei e das reservas do templo. PR 168.5

O auxílio pedido foi enviado, e ao rei Acaz foi dado um alívio temporário, mas a que preço para Judá O tributo oferecido despertou a cupidez da Assíria, e esta nação pérfida logo ameaçou invadir Judá e espoliá-la. Acaz e seus infelizes súditos estavam agora mortificados pelo temor de cair completamente nas mãos dos cruéis assírios. PR 168.6

“O Senhor humilhou a Judá” por causa de sua continuada transgressão. Nesse tempo de correção, Acaz, em vez de se arrepender, “ainda mais transgrediu contra o Senhor [...] porque sacrificou aos deuses de Damasco”. “Visto que os deuses da Síria os ajudam”, disse ele, “eu lhes sacrificarei, para que me ajudem a mim”. 2 Crônicas 28:19, 22, 23. PR 169.1

Ao aproximar-se o fim do reinado do apóstata, fez ele que as portas do templo fossem fechadas. O serviço sagrado foi interrompido. Não mais ficariam os castiçais acesos perante o altar. Não mais seriam oferecidas ofertas pelos pecados do povo. Não mais o suave incenso ascenderia ao alto na hora do sacrifício da manhã e da tarde. Tornando deserto o pátio da casa de Deus, e aferrolhando suas portas, os habitantes da ímpia cidade ousadamente ergueram altares para a adoração de divindades pagãs nas esquinas das ruas através de Jerusalém. Aparentemente o paganismo havia triunfado; os poderes das trevas haviam quase prevalecido. PR 169.2

Mas em Judá viviam alguns que mantiveram sua obediência a Jeová, recusando com firmeza serem levados à idolatria. Era para estes que Isaías e Miquéias e seus associados olhavam com esperança ao verem a ruína operada durante os últimos anos de Acaz. Seu santuário fora fechado, mas àqueles fiéis fora assegurado: “Deus é conosco”. “Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor, e seja Ele o vosso assombro. Então Ele vos será santuário”. Isaías 8:10, 13, 14. PR 169.3

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