Oferece o Espiritismo Alguma Esperança?


Dia 355 - Friday, 20 de December de 2024
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35 min

  • 1 Crônicas 26 e 27
  • Êxodo 22
  • Apocalipse 21

1 Crônicas 26

Ouça o áudio do capítulo:

1 Quanto às divisões dos porteiros: dos coraítas: Meselemias, filho de Coré, dos filhos de Asafe.

2 E foram os filhos de Meselemias: Zacarias o primogênito, Jediael o segundo, Zebadias o terceiro, Jatniel o quarto,

3 Elão o quinto, Joanã o sexto, Elioenai o sétimo.

4 E os filhos de Obede-Edom foram: Semaías o primogênito, Jozabade o segundo, Joá o terceiro, e Sacar o quarto, e Natanael o quinto,

5 Amiel o sexto, Issacar o sétimo, Peuletai o oitavo; porque Deus o tinha abençoado.

6 Também a seu filho Semaías nasceram filhos, que dominaram sobre a casa de seu pai; porque foram homens valentes.

7 Os filhos de Semaías: Otni, Rafael, Obede, e Elzabade, com seus irmãos, homens valentes, Eliú e Semaquias.

8 Todos estes foram dos filhos de Obede-Edom; eles e seus filhos, e seus irmãos, homens valentes e de força para o ministério; ao todo sessenta e dois, de Obede-Edom.

9 E os filhos e os irmãos de Meselemias, homens valentes, foram dezoito.

10 E de Hosa, dentre os filhos de Merari, foram filhos: Sinri o chefe (ainda que não era o primogênito, contudo seu pai o constituiu chefe),

11 Hilquias o segundo, Tebalias o terceiro, Zacarias o quarto; todos os filhos e irmãos de Hosa foram treze.

12 Destes se fizeram as turmas dos porteiros, alternando os principais dos homens da guarda, juntamente com os seus irmãos, para ministrarem na casa do Senhor.

13 E lançaram sortes, assim os pequenos como os grandes, segundo as casas de seus pais, para cada porta.

14 E caiu a sorte do oriente a Selemias; e lançou-se a sorte por seu filho Zacarias, conselheiro entendido, e saiu-lhe a do norte.

15 E para Obede-Edom a do sul; e para seus filhos a casa dos depósitos.

16 Para Supim e Hosa a do ocidente, junto a porta Salequete, perto do caminho da subida; uma guarda defronte de outra guarda.

17 Ao oriente seis levitas; ao norte quatro por dia, ao sul quatro por dia, porém para as casas dos depósitos de dois em dois.

18 Em Parbar, ao ocidente, quatro junto ao caminho, e dois junto a Parbar.

19 Estas são as turmas dos porteiros dentre os filhos dos coraítas, e dentre os filhos de Merari.

20 E dos levitas: Aías tinha cargo dos tesouros da casa de Deus e dos tesouros das coisas sagradas.

21 Quanto aos filhos de Ladã, os filhos dos gersonitas que pertencem a Ladã, chefes das casas paternas de Ladã: Jeieli.

22 Os filhos de Jeieli: Zetã e Joel, seu irmão; estes tinham cargo dos tesouros da casa do Senhor,

23 Dos anramitas, dos izaritas, dos hebronitas, dos uzielitas.

24 E Sebuel, filho de Gérson, o filho de Moisés, era o chefe dos tesouros.

25 E seus irmãos foram, do lado de Eliézer, Reabias seu filho, e Jesaías seu filho, e Jorão seu filho, e Zicri seu filho, e Selomite, seu filho.

26 Este Selomite e seus irmãos tinham a seu cargo todos os tesouros das coisas dedicadas que o rei Davi e os chefes das casas paternas, capitães de milhares, e de centenas, e capitães do exército tinham consagrado.

27 Dos despojos das guerras dedicaram ofertas para repararem a casa do Senhor.

28 Como também tudo quanto tinha consagrado Samuel, o vidente, e Saul filho de Quis, e Abner filho de Ner, e Joabe filho de Zeruia; tudo que qualquer havia dedicado estava debaixo da mão de Selomite e seus irmãos.

29 Dos izaritas, Quenanias e seus filhos foram postos sobre Israel como oficiais e como juízes, dos negócios externos.

30 Dos hebronitas foram Hasabias e seus irmãos, homens valentes, mil e setecentos, que tinham a superintendência sobre Israel, além do Jordão para o ocidente, em toda a obra do Senhor, e para o serviço do rei.

31 Dos hebronitas Jerias era o chefe, segundo as suas gerações conforme as suas famílias. No ano quarenta do reino de Davi se buscaram e acharam entre eles homens valentes em Jazer de Gileade.

32 E seus irmãos, homens valentes, dois mil e setecentos, chefes dos pais; e o rei Davi os constituiu sobre os rubenitas e os gaditas, e a meia tribo dos manassitas, para todos os negócios de Deus, e para todos os negócios do rei.

1 Crônicas 27

Ouça o áudio do capítulo:

1 Estes são os filhos de Israel segundo o seu número, os chefes dos pais, e os capitães dos milhares e das centenas, com os seus oficiais, que serviam ao rei em todos os negócios das turmas que entravam e saíam de mês em mês, em todos os meses do ano; cada turma de vinte e quatro mil.

2 Sobre a primeira turma do primeiro mês estava Jasobeão, filho de Zabdiel; e em sua turma havia vinte e quatro mil.

3 Era este dos filhos de Perez, chefe de todos os capitães dos exércitos, para o primeiro mês,

4 E sobre a turma do segundo mês estava Dodai, o aoíta, com a sua turma, cujo líder era Miclote; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

5 O terceiro capitão do exército, para o terceiro mês, era Benaia, filho de Joiada, chefe dos sacerdotes; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

6 Era este Benaia valente entre os trinta, e sobre os trinta; e na sua turma estava Amizabade, seu filho.

7 O quarto, do quarto mês, era Asael, irmão de Joabe, e depois dele Zebadias, seu filho; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

8 O quinto, do quinto mês, Samute, o israíta; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

9 O sexto, do sexto mês, Ira, filho de Iques, o tecoíta; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

10 O sétimo, do sétimo mês, Helez, o pelonita, dos filhos de Efraim; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

11 O oitavo, do oitavo mês, Sibecai, o husatita, dos zeraítas; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

12 O nono, do nono mês, Abiezer, o anatotita, dos benjamitas; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

13 O décimo, do décimo mês, Maarai, o netofatita, dos zeraítas; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

14 O undécimo, do undécimo mês, Benaia, o piratonita, dos filhos de Efraim; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

15 O duodécimo, do duodécimo mês, Heldai, o netofatita, de Otniel; também em sua turma havia vinte e quatro mil.

16 Sobre as tribos de Israel estavam: sobre os rubenitas era líder Eliezer, filho de Zicri; sobre os simeonitas, Sefatias, filho de Maaca.

17 Sobre os levitas, Hasabias, filho de Quemuel; sobre os aronitas, Zadoque;

18 Sobre Judá, Eliú, dos irmãos de Davi; sobre Issacar, Onri, filho de Micael;

19 Sobre Zebulom, Ismaías, filho de Obadias; sobre Naftali, Jerimote, filho de Azriel;

20 Sobre os filhos de Efraim, Oséias, filho de Azazias; sobre a meia tribo de Manassés, Joel, filho de Pedaías;

21 Sobre a outra meia tribo de Manassés em Gileade, Ido, filho de Zacarias; sobre Benjamim, Jaasiel, filho de Abner;

22 Sobre Dã, Azarel, filho de Jeroão. Estes eram os príncipes das tribos de Israel.

23 Não tomou, porém, Davi o número dos de vinte anos para baixo, porquanto o Senhor tinha falado que havia de multiplicar a Israel como as estrelas do céu.

24 Joabe, filho de Zeruia, tinha começado a numerá-los, porém não acabou; porquanto viera por isso grande ira sobre Israel; assim o número não se pôs no registro das crônicas do rei Davi.

25 E sobre os tesouros do rei estava Azmavete, filho de Adiel; e sobre os tesouros dos campos, das cidades, e das aldeias, e das torres, Jônatas, filho de Uzias.

26 E sobre os que faziam a obra do campo, na lavoura da terra, Ezri, filho de Quelube.

27 E sobre as vinhas, Simei, o ramatita; porém sobre o que das vides entrava nas adegas do vinho, Zabdi, o sifmita.

28 E sobre os olivais e sicômoros que havia nas campinas, Baal-Hanã, o gederita; porém Joás sobre os armazéns do azeite.

29 E sobre os gados que pastavam em Sarom, Sitrai, o saronita; porém, sobre os gados dos vales, Safate, filho de Adlai.

30 E sobre os camelos, Obil, o ismaelita; e sobre as jumentas, Jedias, o meronotita.

31 E sobre o gado miúdo, Jaziz, o hagrita; todos esses eram administradores da fazenda que tinha o rei Davi.

32 E Jônatas, tio de Davi, era do conselho, homem entendido, e também escriba; e Jeiel, filho de Hacmoni, estava com os filhos do rei.

33 E Aitofel era do conselho do rei; e Husai, o arquita, amigo do rei.

34 E depois de Aitofel, Joiada, filho de Benaia, e Abiatar; porém Joabe era o general do exército do rei.

Êxodo 22

Ouça o áudio do capítulo:

1 Se alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha quatro ovelhas.

2 Se o ladrão for achado roubando, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.

3 Se o sol houver saído sobre ele, o agressor será culpado do sangue; o ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.

4 Se o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, ou jumento, ou ovelha, pagará o dobro.

5 Se alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha, e largá-lo para comer no campo de outro, o melhor do seu próprio campo e o melhor da sua própria vinha restituirá.

6 Se irromper um fogo, e pegar nos espinhos, e queimar a meda de trigo, ou a seara, ou o campo, aquele que acendeu o fogo totalmente pagará o queimado.

7 Se alguém der ao seu próximo dinheiro, ou bens, a guardar, e isso for furtado da casa daquele homem, o ladrão, se for achado, pagará o dobro.

8 Se o ladrão não for achado, então o dono da casa será levado diante dos juízes, a ver se não pôs a sua mão nos bens do seu próximo.

9 Sobre todo o negócio fraudulento, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre roupa, sobre toda a coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de ambos será levada perante os juízes; aquele a quem condenarem os juízes pagará em dobro ao seu próximo.

10 Se alguém der a seu próximo a guardar um jumento, ou boi, ou ovelha, ou outro animal, e este morrer, ou for dilacerado, ou arrebatado, ninguém o vendo,

11 Então haverá juramento do Senhor entre ambos, de que não pôs a sua mão nos bens do seu próximo; e seu dono o aceitará, e o outro não o restituirá.

12 Mas, se de fato lhe tiver sido furtado, pagá-lo-á ao seu dono.

13 Porém se lhe for dilacerado, trá-lo-á em testemunho disso, e não pagará o dilacerado.

14 E se alguém pedir emprestado a seu próximo algum animal, e for danificado ou morto, não estando presente o seu dono, certamente o pagará.

15 Se o seu dono estava presente, não o pagará; se foi alugado, será pelo seu aluguel.

16 Se alguém enganar alguma virgem, que não for desposada, e se deitar com ela, certamente a dotará e tomará por sua mulher.

17 Se seu pai inteiramente recusar dar-lha, pagará ele em dinheiro conforme ao dote das virgens.

18 A feiticeira não deixarás viver.

19 Todo aquele que se deitar com animal, certamente morrerá.

20 O que sacrificar aos deuses, e não só ao Senhor, será morto.

21 O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito.

22 A nenhuma viúva nem órfão afligireis.

23 Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.

24 E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos.

25 Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como um usurário; não lhe imporeis usura.

26 Se tomares em penhor a roupa do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol,

27 Porque aquela é a sua cobertura, e o vestido da sua pele; em que se deitaria? Será pois que, quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.

28 A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás.

29 As tuas primícias, e os teus licores não retardarás; o primogênito de teus filhos me darás.

30 Assim farás dos teus bois e das tuas ovelhas: sete dias estarão com sua mãe, e ao oitavo dia mos darás.

31 E ser-me-eis homens santos; portanto não comereis carne despedaçada no campo; aos cães a lançareis.

Apocalipse 21

Ouça o áudio do capítulo:

1 E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.

4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

6 E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.

7 Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

9 E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.

11 E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

12 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.

13 Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.

14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

15 E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.

16 E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.

17 E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a de um anjo.

18 E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.

19 E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;

20 O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.

21 E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.

22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

24 E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.

25 E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.

26 E a ela trarão a glória e honra das nações.

27 E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

O Grande Conflito

Oferece o Espiritismo Alguma Esperança?

Ouça o áudio do capítulo:

O ministério dos santos anjos, conforme é apresentado nas Escrituras Sagradas, é uma verdade deveras confortadora e preciosa a todo seguidor de Cristo. Mas o ensino bíblico acerca deste ponto tem sido obscurecido e pervertido pelos erros da teologia popular. A doutrina da imortalidade natural, a princípio tomada emprestada à filosofia pagã, e incorporada à fé cristã durante as trevas da grande apostasia, tem suplantado a verdade tão claramente ensinada nas Escrituras, de que “os mortos não sabem coisa nenhuma.” Multidões têm chegado a crer que os espíritos dos mortos é que são os “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação.” E isto apesar do testemunho das Escrituras quanto à existência dos anjos celestiais, e sua relação com a história do homem, antes da morte de qualquer ser humano. GC 551.1

A doutrina da consciência do homem na morte, especialmente a crença de que os espíritos dos mortos voltam para ministrar aos vivos, abriu caminho para o moderno espiritismo. Se os mortos são admitidos à presença de Deus e dos santos anjos e se são favorecidos com conhecimentos que superam em muito o que antes possuíam, por que não voltariam eles à Terra para iluminar e instruir os vivos? Se conforme é ensinado pelos teólogos populares, os espíritos dos mortos estão a pairar sobre seus amigos na Terra, por que não lhes seria permitido comunicar-se com eles, a fim de os advertir contra o mal, ou consolá-los na tristeza? Como podem os que crêem no estado consciente dos mortos rejeitar o que lhes vem como luz divina transmitida por espíritos glorificados? Eis aí um meio de comunicação considerado sagrado, e de que Satanás se vale para realizar seus propósitos. Os anjos decaídos que executam suas ordens, aparecem como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo em que professam trazer os vivos em comunicação com os mortos, o príncipe do mal sobre eles exerce sua influência fascinante. GC 551.2

Ele tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. Muitos são consolados com a afirmativa de que seus queridos estão gozando a ventura celestial; e, sem suspeita de perigo, dão ouvidos a “espíritos enganadores, e doutrinas de demônios”. GC 552.1

Induzindo-os Satanás a crer que os mortos efetivamente voltam para comunicar-se com eles, faz o maligno com que apareçam os que baixaram ao túmulo sem estarem preparados. Pretendem estar felizes no Céu, e mesmo ocupar ali elevadas posições; e assim é largamente ensinado o erro de que nenhuma diferença se faz entre justos e ímpios. Os pretensos visitantes do mundo dos espíritos algumas vezes proferem avisos e advertências que se demonstram corretos. Então, estando ganha a confiança, apresentam doutrinas que solapam diretamente a fé nas Escrituras. Com a aparência de profundo interesse no bem-estar de seus amigos na Terra, insinuam os mais perigosos erros. O fato de declararem algumas verdades e poderem por vezes predizer acontecimentos futuros, dá às suas declarações uma aparência de crédito; e seus falsos ensinos são tão de pronto aceitos pelas multidões, e tão implicitamente cridos, como se fossem as mais sagradas verdades da Bíblia. A lei de Deus é posta de parte, desprezado o Espírito da graça, o sangue do concerto tido em conta de coisa profana. Os espíritos negam a divindade de Cristo, colocando o próprio Criador no mesmo nível em que estão. Assim, sob novo disfarce, o grande rebelde ainda prossegue com sua luta contra Deus — luta iniciada no Céu, e durante quase seis mil anos continuada na Terra. GC 552.2

Muitos se esforçam por explicar as manifestações espíritas, atribuindo-as inteiramente a fraudes e prestidigitação por parte do médium. Mas, conquanto seja verdade que os resultados da trapaça tenham muitas vezes sido apresentados como manifestações genuínas, tem havido também assinaladas exibições de poder sobrenatural. As pancadas misteriosas com que o espiritismo moderno se iniciou, não foram resultado de trapaça ou artifício humano, mas obra direta dos anjos maus, que assim introduziam um engano dos mais eficazes para a destruição das almas. Muitos serão enredados pela crença de que o espiritismo seja meramente impostura humana; quando postos em face de manifestações que não podem senão considerar como sobrenaturais, serão enganados e levados a aceitá-las como o grande poder de Deus. GC 553.1

Estas pessoas não tomam em consideração o testemunho das Escrituras relativo às maravilhas operadas por Satanás e seus agentes. Foi por auxílio satânico que os magos de Faraó puderam contrafazer a obra de Deus. Paulo testifica que antes do segundo advento de Cristo haverá manifestações semelhantes do poder satânico. A vinda do Senhor deve ser precedida da operação de Satanás “com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça.” 2 Tessalonicenses 2:9, 10. E o apóstolo João, descrevendo o poder efetuador de prodígios que se manifestará nos últimos dias, declara: “Faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que foi permitido que fizesse.” Apocalipse 13:13, 14. Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendam realizar. GC 553.2

O príncipe das trevas, que durante tanto tempo tem aplicado na obra do engano as faculdades de seu espírito superior, adapta habilmente suas tentações aos homens de todas as classes e condições. A pessoas de cultura e educação apresenta o espiritismo em seus aspectos mais apurados e intelectuais, e assim consegue atrair muitos à sua cilada. A sabedoria que o espiritismo comunica é aquela descrita pelo apóstolo Tiago, a qual não “vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” Tiago 3:15. Isto, entretanto, o grande enganador esconde, quando o encobrimento melhor convém ao propósito visado. Aquele que, perante Cristo, no deserto da tentação, pôde aparecer vestido com o resplendor dos serafins celestiais, vem aos homens da maneira mais atrativa, como anjo de luz. Apela para a razão, apresentando assuntos que elevam; deleita a imaginação com cenas arrebatadoras; conquista a afeição por meio de quadros eloqüentes de amor e caridade. Excita a imaginação a vôos altaneiros, levando os homens a terem grande orgulho de sua própria sabedoria a ponto de em seu coração desdenharem o Eterno. Aquele ser poderoso que pôde levar o Redentor do mundo a um monte muito alto, e mostrar-Lhe todos os reinos da Terra e a glória dos mesmos, apresentará aos homens as suas tentações de maneira a perverter o senso de todos os que não estejam escudados no poder divino. GC 553.3

Como a Eva no Éden, Satanás hoje seduz os homens pela lisonja, despertando-lhes o desejo de obter conhecimento proibido, tornando-os ambiciosos de exaltação própria. Foi o acariciar estes males que lhe ocasionou a queda, e por meio deles visa conseguir a ruína dos homens. “Sereis como Deus”, declara ele, “sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:5. O espiritismo ensina “que o homem é criatura susceptível de progresso; que é seu destino progredir, desde o nascimento, até à eternidade, em direção à Divindade.” E ainda: “Cada espírito julgará a si mesmo, e não a outro.” “O juízo será correto, porque é o juízo de si mesmo. ... O tribunal está dentro de vós.” Disse um ensinador espírita, ao despertar-se nele a “consciência espiritual”: “Meus semelhantes foram todos eles semideuses não caídos.” E outro declara: “Todo ser justo e perfeito é Cristo.” GC 554.1

Assim, em lugar da justiça e perfeição do Deus infinito, verdadeiro objeto de adoração; em lugar da justiça perfeita de Sua lei, a verdadeira norma da perfeição humana, pôs Satanás a natureza pecaminosa, falível do próprio homem, como único objeto de adoração, a única regra para o juízo, ou norma de caráter. Isto é progresso, não para cima, mas para baixo. GC 554.2

É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. Jamais se levantará o homem acima de sua norma de pureza, de bondade ou de verdade. Se o eu é o seu mais alto ideal, nunca atingirá ele qualquer coisa mais elevada. Antes, cairá constantemente. A graça de Deus unicamente tem poder para soerguer o homem. Abandonado a si mesmo, seu caminho inevitavelmente será em direção descendente. GC 555.1

Ao que condescende consigo mesmo, ao amante de prazeres, ao sensual, apresenta-se o espiritismo sob disfarce menos sutil do que aos mais educados e intelectuais; em suas formas mais grosseiras encontram aqueles o que está em harmonia com as suas inclinações. Satanás estuda todo indício da fragilidade da natureza humana; nota os pecados que cada indivíduo é inclinado a cometer, e então cuida em que não faltem oportunidades para satisfazer a tendência para o mal. Tenta os homens ao excesso naquilo que em si mesmo é lícito, fazendo-os pela intemperança enfraquecer as faculdades físicas, mentais e morais. Tem destruído e está a destruir milhares por meio da satisfação das paixões, embrutecendo assim toda a natureza do homem. E, para completar a sua obra, declara por meio dos espíritos que “o verdadeiro conhecimento coloca o homem acima de toda a lei”; que “tudo está certo”; que “Deus não condena”; e que “todos os pecados que se cometem, são inocentes.” Sendo o povo assim levado a crer que o desejo é a mais elevada lei, que a liberdade é a libertinagem, e que o homem é apenas responsável a si mesmo, quem poderá maravilhar-se de que a corrupção e a depravação proliferem por toda parte? Multidões aceitam avidamente os ensinos que as deixam em liberdade para obedecer aos impulsos do coração carnal. As rédeas do domínio próprio são dirigidas pela concupiscência, as faculdades do espírito e da alma são submetidas às inclinações animais, e Satanás exultantemente, para a sua rede arrasta milhares que professam ser seguidores de Cristo. GC 555.2

Mas ninguém deve enganar-se pelas mentirosas pretensões do espiritismo. Deus deu ao mundo luz suficiente para habilitá-lo a descobrir a cilada. Conforme já se mostrou, a teoria que constitui o fundamento mesmo do espiritismo está em contradição com as mais terminantes declarações das Escrituras. A Bíblia declara que os mortos não sabem coisa nenhuma, que seus pensamentos pereceram; que não têm parte em nada que se faz debaixo do Sol; nada sabem das alegrias ou tristezas dos que lhes eram os mais caros na Terra. GC 556.1

Demais, Deus proibiu expressamente toda pretensa comunicação com os espíritos dos mortos. Nos dias dos hebreus, havia uma classe de pessoas que pretendiam, como o fazem os espíritas de hoje, entreter comunicação com os mortos. Mas esses “espíritos familiares” como eram chamados os visitantes de outros mundos, declara a Bíblia serem “espíritos de demônios”. (Comparar Números 25:1-3; Salmos 106:28; 1 Coríntios 10:20; Apocalipse 16:14.) O costume de tratar com os espíritos familiares foi denunciado como abominação ao Senhor, e solenemente proibido sob pena de morte. Levítico 19:31; 20:27. O próprio nome de feitiçaria é hoje tido em desdém. A pretensão de que os homens podem entreter comunicações com os espíritos maus é considerada como fábula da Idade Média. O espiritismo, porém, que conta centenas de milhares, e na verdade, milhões de adeptos, que teve ingresso nos centros científicos, invadiu igrejas e alcançou favor nas corporações legislativas e mesmo nas cortes reais, esse grande engano — não é senão o reaparecimento, sob novo disfarce, da feitiçaria condenada e proibida na antiguidade. GC 556.2

Se não existissem outras provas do verdadeiro caráter do espiritismo, bastaria ao cristão o fato de que os espíritos não fazem diferença entre a justiça e o pecado, entre os mais nobres e puros dos apóstolos de Cristo e os mais corruptos dos servos de Satanás. Representando os mais vis dos homens como se estivessem no Céu, altamente exaltados, diz Satanás ao mundo: “Não importa quão ímpios sejais; não importa que creiais ou não em Deus e na Bíblia. Vivei como vos agradar; o Céu será o vosso destino.” Os ensinadores espíritas virtualmente declaram: “Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que Ele Se agrada; ou onde está o Deus do juízo?” Malaquias 2:17. Diz a Palavra de Deus: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade.” Isaías 5:20. GC 556.3

Os apóstolos, conforme os personificam esses espíritos de mentira, são apresentados contradizendo o que escreveram, sob a inspiração do Espírito Santo, quando estavam na Terra. Negam a origem divina da Escritura Sagrada, estando assim a demolir o fundamento da esperança cristã e a extinguir a luz que revela o caminho do Céu. Satanás está fazendo o mundo crer que a Escritura Sagrada é mera ficção, ou ao menos um livro apropriado às eras primitivas, devendo hoje ser considerado com menosprezo, ou rejeitado como obsoleto. E para substituir a Palavra de Deus, exibe as manifestações espíritas. É este um meio inteiramente sob seu domínio; mediante ele é-lhe possível fazer o mundo acreditar o que lhe aprouver. O livro que deve julgar a ele e a seus seguidores, lança-o à obscuridade, precisamente o que lhe convém; o Salvador do mundo ele O representa como sendo nada mais que homem comum. E, assim como a guarda romana que vigiou o túmulo de Jesus espalhou a notícia mentirosa que os sacerdotes e anciãos lhes puseram na boca para negar Sua ressurreição, os que crêem em manifestações espíritas procuram fazer parecer que nada há de miraculoso nas circunstâncias da vida de nosso Salvador. Depois de procurar desta maneira pôr Jesus à sombra, chama a atenção para os seus próprios milagres, declarando que estes excedem em muito as obras de Cristo. GC 557.1

É verdade que o espiritismo hoje está mudando a sua forma, e, ocultando alguns de seus mais reprováveis aspectos, reveste-se de aparência cristã. Mas as suas declarações pela tribuna e pela imprensa têm estado perante o público durante muitos anos, e nelas o seu verdadeiro caráter se acha revelado. Estes ensinos não podem ser negados nem encobertos. GC 557.2

Mesmo em sua forma atual, longe de ser mais tolerável do que o foi anteriormente, é na verdade um engano mais perigoso, por isso que mais sutil. Embora antes atacasse a Cristo e a Escritura Sagrada, hoje professa aceitar a ambos. Mas a Bíblia é interpretada de molde a agradar ao coração não regenerado, enquanto suas verdades solenes e vitais são anuladas. Preocupa-se com o amor, como o principal atributo de Deus, rebaixando-o, porém, até reduzi-lo a sentimentalismo, pouca distinção fazendo entre o bem e o mal. A justiça de Deus, Sua reprovação ao pecado, os requisitos de Sua santa lei, tudo isto é posto de parte. O povo é ensinado a considerar o decálogo como letra morta. Fábulas aprazíveis, fascinantes, cativam os sentidos, levando os homens a rejeitar as Sagradas Escrituras como o fundamento da fé. Cristo é tão verdadeiramente negado como antes; mas Satanás a tal ponto cegou o povo que o engano não pode ser discernido. GC 558.1

Poucos há que tenham justa concepção do poder enganador do espiritismo e do perigo de colocar-se sob sua influência. Muitos se intrometem com ele, simplesmente para satisfazer a curiosidade. Não têm realmente nenhuma fé nele, e encher-se-iam de horror ao pensamento de se entregarem ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a entrar no terreno proibido e o poderoso destruidor exerce a sua força sobre eles contra a sua vontade. Uma vez induzidos a submeter a mente à sua direção, segura-os ele em cativeiro. É impossível pela sua própria força romperem com o fascinante, sedutor encanto. Nada, a não ser o poder de Deus, concedido em resposta à fervorosa oração da fé, poderá livrar essas almas prisioneiras. GC 558.2

Todos os que condescendem com traços pecaminosos de caráter, ou voluntariamente acariciam um pecado conhecido, estão a atrair as tentações de Satanás. Separam-se de Deus e do vigilante cuidado de Seus anjos; apresentando o maligno os seus enganos, estão indefesos, tornando-se presa fácil. Os que assim se colocam em seu poder, não compreendem onde terminará seu caminho. Tendo-os subjugado por completo, o tentador os emprega como agentes para levar outros à ruína. GC 558.3

Diz o profeta Isaías: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes — não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Isaías 8:19, 20. Se os homens tivessem estado dispostos a receber a verdade tão claramente apresentada nas Escrituras, concernente à natureza do homem e ao estado dos mortos, veriam nas pretensões e manifestações do espiritismo a operação de Satanás com poder, sinais e prodígios de mentira. Mas ao invés de renunciar à liberdade tão agradável ao coração carnal, assim como aos pecados que amam, as multidões fecham os olhos à luz e prosseguem em seus caminhos, sem tomar em consideração as advertências, ao mesmo tempo em que Satanás lhes tece em torno as suas armadilhas, fazendo-os presa sua. “Porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”, “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.” 2 Tessalonicenses 2:10, 11. GC 559.1

Os que se opõem aos ensinos do espiritismo, enfrentam não somente aos homens, mas também a Satanás e a seus anjos. Entraram em luta contra os principados, potestades e espíritos maus dos ares. Satanás não cederá um centímetro de terreno sequer, a menos que seja rechaçado pelo poder dos mensageiros celestiais. O povo de Deus deve ser capaz de o enfrentar, como fez nosso Salvador, com as palavras: “Está escrito.” Satanás pode citar a Escritura hoje, como o fez nos dias de Cristo, pervertendo-lhe os ensinos para apoiar seus enganos. Os que quiserem estar em pé neste tempo de perigo, devem compreender por si mesmos o testemunho das Escrituras. GC 559.2

Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem, e de que os que desta maneira aparecem são espíritos de demônios. GC 560.1

Está iminente diante de nós a “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra.” Apocalipse 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos. Satanás opera com “todo o engano da injustiça”, para alcançar domínio sobre os filhos dos homens; e os seus enganos aumentarão continuamente. Só logrará alcançar, porém, o objetivo visado, quando os homens voluntariamente cederem a suas tentações. Os que sinceramente buscam o conhecimento da verdade, e se esforçam em purificar a alma pela obediência, fazendo assim o que podem a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade. “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei” (Apocalipse 3:10), é a promessa do Salvador. Mais fácil seria enviar Ele todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo, do que deixar a alma que nEle confia ser vencida por Satanás. GC 560.2

O profeta Isaías descreve a terrível ilusão que virá sobre os ímpios, levando-os a considerar-se seguros contra os juízos de Deus: “Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.” Isaías 28:15. Na classe aqui descrita estão incluídos os que, em obstinada impenitência, se consolam com a segurança de que deverá haver castigo para o pecador; de que toda a humanidade, não importa quão corruptas sejam as pessoas, será elevada até aos Céus, para se tornar como os anjos de Deus. Entretanto, de modo ainda mais declarado estão a fazer concerto com a morte e aliança com o inferno os que renunciam às verdades que o Céu proveu como defesa aos justos no tempo de angústia, e aceitam o falso abrigo oferecido por Satanás em lugar daquelas, a saber, as sedutoras pretensões do espiritismo. GC 560.3

É sobremaneira admirável a cegueira do povo desta geração. Milhares rejeitam a Palavra de Deus como indigna de crédito, e com absoluta confiança esposam os enganos de Satanás. Cépticos e escarnecedores acusam o fanatismo dos que contendem pela fé dos profetas e apóstolos, e divertem-se ridicularizando as declarações solenes das Escrituras referentes a Cristo, ao plano da salvação e ao castigo que aguarda os que rejeitam a verdade. Aparentam grande piedade por espíritos tão acanhados, fracos e supersticiosos que reconheçam as reivindicações de Deus e obedeçam aos requisitos de Sua lei. Manifestam tamanha segurança como se na verdade, houvesse feito um concerto com a morte e uma aliança com o inferno — como se houvessem erigido uma barreira intransponível, impenetrável, entre si e a vingança de Deus. Nada lhes pode suscitar temores. Tão completamente se têm entregue ao tentador, tão intimamente se acham com ele unidos e tão imbuídos de seu espírito, que não têm poder nem inclinação para desembaraçar-se de suas ciladas. GC 561.1

Satanás tem há muito estado a preparar-se para um esforço final a fim de enganar o mundo. O fundamento de sua obra foi posto na declaração feita a Eva no Éden: “Certamente não morrereis.” “No dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:4, 5. Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para a sua obra-mestra de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não logrou realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim dos últimos tempos. Diz o profeta: “Vi ... três espíritos imundos semelhantes a rãs. ... São espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso.” Apocalipse 16:13, 14. Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus, pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano. O povo está rapidamente adormecendo, acalentado por uma segurança fatal, para unicamente despertar com o derramamento da ira de Deus. GC 561.2

Diz o Senhor Deus: “Regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo: E o vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis oprimidos por ele.” Isaías 28:17, 18. GC 562.1

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