Inimizade de Satanás Contra a Lei de Deus


Dia 31 - Wednesday, 31 de January de 2024
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Êxodo 33

Ouça o áudio do capítulo:

1 Disse mais o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: À tua descendência a darei.

2 E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus,

3 A uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.

4 E, ouvindo o povo esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si os seus atavios.

5 Porquanto o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.

6 Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe.

7 E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação. E aconteceu que todo aquele que buscava o Senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial.

8 E acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda.

9 E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés.

10 E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.

11 E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda.

12 E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos.

13 Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo.

14 Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar.

15 Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.

16 Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?

17 Então disse o Senhor a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome.

18 Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.

19 Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.

20 E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.

21 Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha.

22 E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado.

23 E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

Êxodo 34

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste.

2 E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no cume do monte.

3 E ninguém suba contigo, e também ninguém apareça em todo o monte; nem ovelhas nem bois se apascentem defronte do monte.

4 Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e levantando-se pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado; e levou as duas tábuas de pedra nas suas mãos.

5 E o Senhor desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do Senhor.

6 Passando, pois, o Senhor perante ele, clamou: O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade;

7 Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.

8 E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou,

9 E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo de dura cerviz; porém perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança.

10 Então disse: Eis que eu faço uma aliança; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem em nação alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo.

11 Guarda o que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus.

12 Guarda-te de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti.

13 Mas os seus altares derrubareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis.

14 Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; é um Deus zeloso.

15 Para que não faças aliança com os moradores da terra, e quando eles se prostituírem após os seus deuses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, como convidado deles, comas também dos seus sacrifícios,

16 E tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses.

17 Não te farás deuses de fundição.

18 A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado do mês de Abibe; porque no mês de Abibe saíste do Egito.

19 Tudo o que abre a madre meu é, até todo o teu gado, que seja macho, e que abre a madre de vacas e de ovelhas;

20 O burro, porém, que abrir a madre, resgatarás com um cordeiro; mas, se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; todo o primogênito de teus filhos resgatarás. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.

21 Seis dias trabalharás, mas ao sétimo dia descansarás: na aradura e na sega descansarás.

22 Também guardarás a festa das semanas, que é a festa das primícias da sega do trigo, e a festa da colheita no fim do ano.

23 Três vezes ao ano todos os homens aparecerão perante o Senhor DEUS, o Deus de Israel;

24 Porque eu lançarei fora as nações de diante de ti, e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer três vezes no ano diante do Senhor teu Deus.

25 Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem o sacrifício da festa da páscoa ficará da noite para a manhã.

26 As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.

27 Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras; porque conforme ao teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel.

28 E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.

29 E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com ele.

30 Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele.

31 Então Moisés os chamou, e Arão e todos os príncipes da congregação tornaram-se a ele; e Moisés lhes falou.

32 Depois chegaram também todos os filhos de Israel; e ele lhes ordenou tudo o que o Senhor falara com ele no monte Sinai.

33 Assim que Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o seu rosto.

34 Porém, entrando Moisés perante o Senhor, para falar com ele, tirava o véu até sair; e, saindo, falava com os filhos de Israel o que lhe era ordenado.

35 Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, e que resplandecia a pele do seu rosto; e tornava Moisés a pôr o véu sobre o seu rosto, até entrar para falar com ele.

Êxodo 35

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então Moisés convocou toda a congregação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas são as palavras que o SENHOR ordenou que se cumprissem.

2 Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso ao Senhor; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho morrerá.

3 Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.

4 Falou mais Moisés a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o Senhor ordenou, dizendo:

5 Tomai do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e cobre,

6 Como também azul, púrpura, carmesim, linho fino, pêlos de cabras,

7 E peles de carneiros, tintas de vermelho, e peles de texugos, madeira de acácia,

8 E azeite para a luminária, e especiarias para o azeite da unção, e para o incenso aromático.

9 E pedras de ônix, e pedras de engaste, para o éfode e para o peitoral.

10 E venham todos os sábios de coração entre vós, e façam tudo o que o Senhor tem mandado;

11 O tabernáculo, a sua tenda e a sua coberta, os seus colchetes e as suas tábuas, as suas barras, as suas colunas, e as suas bases;

12 A arca e os seus varais, o propiciatório e o véu de cobertura,

13 A mesa e os seus varais, e todos os seus pertences; e os pães da proposição,

14 E o candelabro da luminária, e os seus utensílios, e as suas lâmpadas, e o azeite para a luminária,

15 E o altar do incenso e os seus varais, e o azeite da unção, e o incenso aromático, e a cortina da porta para a entrada do tabernáculo,

16 O altar do holocausto, e o crivo de cobre, os seus varais, e todos os seus pertences, a pia e a sua base,

17 As cortinas do pátio, as suas colunas e as suas bases, e o reposteiro da porta do pátio,

18 As estacas do tabernáculo, e as estacas do pátio, e as suas cordas,

19 As vestes do ministério para ministrar no santuário, as vestes santas de Arão o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio.

20 Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés,

21 E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas.

22 Assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todos os objetos de ouro; e todo o homem fazia oferta de ouro ao Senhor;

23 E todo o homem que se achou com azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia;

24 Todo aquele que fazia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia por oferta alçada ao Senhor; e todo aquele que possuía madeira de acácia, a trazia para toda a obra do serviço.

25 E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o que tinham fiado, o azul e a púrpura, o carmesim e o linho fino.

26 E todas as mulheres, cujo coração as moveu em habilidade fiavam os pêlos das cabras.

27 E os príncipes traziam pedras de ônix e pedras de engastes para o éfode e para o peitoral,

28 E especiarias, e azeite para a luminária, e para o azeite da unção, e para o incenso aromático.

29 Todo homem e mulher, cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o Senhor ordenara se fizesse pela mão de Moisés; assim os filhos de Israel trouxeram por oferta voluntária ao Senhor.

30 Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.

31 E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor,

32 E para criar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,

33 E em lapidar de pedras para engastar, e em entalhar madeira, e para trabalhar em toda a obra esmerada.

34 Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã.

35 Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda a obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do gravador, em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e do tecelão; fazendo toda a obra, e criando invenções.

Êxodo 36

Ouça o áudio do capítulo:

1 Assim trabalharam Bezalel e Aoliabe, e todo o homem sábio de coração, a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência, para saber como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme a tudo o que o SENHOR tinha ordenado.

2 Então Moisés chamou a Bezalel e a Aoliabe, e a todo o homem sábio de coração, em cujo coração o Senhor tinha dado sabedoria; a todo aquele a quem o seu coração moveu a se chegar à obra para fazê-la.

3 Estes receberam de Moisés toda a oferta alçada, que trouxeram os filhos de Israel para a obra do serviço do santuário, para fazê-la, e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias.

4 E vieram todos os sábios, que faziam toda a obra do santuário, cada um da obra que fazia,

5 E falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse.

6 Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais,

7 Porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava.

8 Assim todo o sábio de coração, entre os que faziam a obra, fez o tabernáculo de dez cortinas de linho fino torcido, e de azul, e de púrpura, e de carmesim, com querubins; da obra mais esmerada as fez.

9 O comprimento de cada cortina era de vinte e oito côvados, e a largura de quatro côvados; todas as cortinas tinham uma mesma medida.

10 E ligou cinco cortinas uma com a outra; e outras cinco cortinas também ligou uma com outra.

11 Depois fez laçadas de azul na borda de uma cortina, à extremidade, na juntura; assim também fez na borda, à extremidade da juntura da segunda cortina.

12 Cinqüenta laçadas fez numa cortina, e cinqüenta laçadas fez numa extremidade da cortina, que se ligava com a segunda; estas laçadas eram contrapostas uma a outra.

13 Também fez cinqüenta colchetes de ouro, e com estes colchetes uniu as cortinas uma com a outra; e assim foi feito um tabernáculo.

14 Fez também cortinas de pêlos de cabras para a tenda sobre o tabernáculo; fez onze cortinas.

15 O comprimento de uma cortina era de trinta côvados, e a largura de quatro côvados; estas onze cortinas tinham uma mesma medida.

16 E uniu cinco cortinas à parte, e outras seis à parte,

17 E fez cinqüenta laçadas na borda da última cortina, na juntura; também fez cinqüenta laçadas na borda da cortina, na outra juntura.

18 Fez também cinqüenta colchetes de metal, para ajuntar a tenda, para que fosse um todo.

19 Fez também, para a tenda, uma coberta de peles de carneiros, tintas de vermelho; e por cima uma coberta de peles de texugos.

20 Também fez, de madeira de acácia, tábuas levantadas para o tabernáculo, que foram colocadas verticalmente.

21 O comprimento de cada tábua era de dez côvados, e a largura de um côvado e meio.

22 Cada tábua tinha duas cavilhas pregadas uma a outra; assim fez com todas as tábuas do tabernáculo.

23 Assim, pois, fez as tábuas para o tabernáculo; vinte tábuas para o lado que dá para o sul;

24 E fez quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas; duas bases debaixo de uma tábua, para as suas duas cavilhas, e duas debaixo de outra, para as suas duas cavilhas.

25 Também fez vinte tábuas ao outro lado do tabernáculo, do lado norte,

26 Com as suas quarenta bases de prata; duas bases debaixo de uma tábua, e duas bases debaixo de outra tábua.

27 E ao lado do tabernáculo para o ocidente fez seis tábuas.

28 Fez também duas tábuas para os cantos do tabernáculo nos dois lados,

29 As quais por baixo estavam juntas, e também se ajuntavam por cima com uma argola; assim fez com ambas nos dois cantos.

30 Assim eram oito tábuas com as suas bases de prata, a saber, dezesseis bases; duas bases debaixo de cada tábua.

31 Fez também travessas de madeira de acácia; cinco para as tábuas de um lado do tabernáculo,

32 E cinco travessas para as tábuas do outro lado do tabernáculo; e outras cinco travessas para as tábuas do tabernáculo do lado ocidental.

33 E fez que a travessa do meio passasse pelo meio das tábuas de uma extremidade até a outra.

34 E cobriu as tábuas de ouro, e as suas argolas (os lugares das travessas) fez de ouro; as travessas também cobriu de ouro.

35 Depois fez o véu de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido; de obra esmerada o fez com querubins.

36 E fez-lhe quatro colunas de madeira de acácia, e as cobriu de ouro; e seus colchetes fez de ouro, e fundiu-lhe quatro bases de prata.

37 Fez também para a porta da tenda o véu de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, da obra do bordador,

38 Com as suas cinco colunas e os seus colchetes; e as suas cabeças e as suas molduras cobriu de ouro; e as suas cinco bases eram de cobre.

Êxodo 37

Ouça o áudio do capítulo:

1 Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; o seu comprimento era de dois côvados e meio; e a sua largura de um côvado e meio; e a sua altura de um côvado e meio.

2 E cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora; e fez-lhe uma coroa de ouro ao redor;

3 E fundiu-lhe quatro argolas de ouro nos seus quatro cantos; num lado duas, e no outro lado duas argolas;

4 E fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro;

5 E pôs os varais pelas argolas aos lados da arca, para se levar a arca.

6 Fez também o propiciatório de ouro puro; o seu comprimento era de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio.

7 Fez também dois querubins de ouro; de obra batida os fez, nas duas extremidades do propiciatório.

8 Um querubim na extremidade de um lado, e o outro na outra extremidade do outro lado; de uma só peça com o propiciatório fez os querubins nas duas extremidades dele.

9 E os querubins estendiam as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; e os seus rostos estavam defronte um do outro; os rostos dos querubins estavam virados para o propiciatório.

10 Fez também a mesa de madeira de acácia; o seu comprimento era de dois côvados, e a sua largura de um côvado, e a sua altura de um côvado e meio.

11 E cobriu-a de ouro puro, e fez-lhe uma coroa de ouro ao redor.

12 Fez-lhe também, ao redor, uma moldura da largura da mão; e fez uma coroa de ouro ao redor da moldura.

13 Fundiu-lhe também quatro argolas de ouro; e pôs as argolas nos quatro cantos que estavam em seus quatro pés.

14 Defronte da moldura estavam as argolas para os lugares dos varais, para se levar a mesa.

15 Fez também os varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro, para se levar a mesa.

16 E fez de ouro puro os utensílios que haviam de estar sobre a mesa, os seus pratos e as suas colheres, e as suas tigelas e as suas taças em que se haviam de oferecer libações.

17 Fez também o candelabro de ouro puro; de obra batida fez este candelabro; o seu pedestal, e as suas hastes, os seus copos, as suas maçãs, e as suas flores, formavam com ele uma só peça.

18 Seis hastes saíam dos seus lados; três hastes do candelabro, de um lado dele, e três do outro lado.

19 Numa haste estavam três copos do feitio de amêndoas, um botão e uma flor; e na outra haste três copos do feitio de amêndoas, um botão e uma flor; assim eram as seis hastes que saíam do candelabro.

20 Mas no mesmo candelabro havia quatro copos do feitio de amêndoas com os seus botões e com as suas flores.

21 E havia um botão debaixo de duas hastes da mesma peça; e outro botão debaixo de duas hastes da mesma peça; e mais um botão debaixo de duas hastes da mesma peça; assim se fez para as seis hastes, que saíam dele.

22 Os seus botões e as suas hastes eram da mesma peça; tudo era uma obra batida de ouro puro.

23 E fez-lhe, de ouro puro, sete lâmpadas com os seus espevitadores e os seus apagadores;

24 De um talento de ouro puro fez o candelabro e todos os seus utensílios.

25 E fez o altar do incenso de madeira de acácia; de um côvado era o seu comprimento, e de um côvado a sua largura, era quadrado; e de dois côvados a sua altura; dele mesmo eram feitas as suas pontas.

26 E cobriu-o de ouro puro, a parte superior e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e fez-lhe uma coroa de ouro ao redor.

27 Fez-lhe também duas argolas de ouro debaixo da sua coroa, e os seus dois cantos, de ambos os seus lados, para neles se colocar os varais, e com eles levá-lo.

28 E os varais fez de madeira de acácia, e os cobriu de ouro.

29 Também fez o azeite santo da unção, e o incenso aromático, puro, qual obra do perfumista.

Patriarcas e Profetas

Inimizade de Satanás Contra a Lei de Deus

Ouça o áudio do capítulo:

O primeiro esforço de Satanás para destruir a lei de Deus — esforço este feito entre os santos habitantes do Céu — pareceu por algum tempo ser coroado de êxito. Grande número de anjos foram seduzidos; mas o triunfo aparente de Satanás redundou em derrota e perda, separação de Deus e banimento do Céu. PP 235.1

Quando se renovou o conflito na Terra, Satanás de novo alcançou uma aparente vantagem. Pela transgressão, o homem se tornou seu escravo, e o reino do homem também foi entregue nas mãos do maioral dos rebeldes. Parecia agora aberto o caminho para Satanás estabelecer um reino independente, e desafiar a autoridade de Deus e de Seu Filho. Mas o plano da salvação possibilitou ao homem ser de novo trazido à harmonia com Deus, e prestar obediência à Sua lei; e tanto ao homem como à Terra serem finalmente redimidos do poder do maligno. PP 235.2

Foi outra vez derrotado Satanás, e outra vez recorreu ao engano, na esperança de converter sua derrota em vitória. Para suscitar a rebelião na raça decaída, representou agora a Deus como injusto por ter permitido ao homem transgredir a Sua lei. “Por que”, disse o ardiloso tentador, “permitiu Deus que o homem fosse posto à prova, para pecar, e trazer a miséria e a morte, quando Ele sabia qual seria o resultado?” E os filhos de Adão, esquecidos da longânima misericórdia que concedera ao homem outra prova, não tomando em consideração o sacrifício admirável e terrível que sua rebelião custara ao Rei do Céu, deram ouvidos ao tentador, e murmuraram contra o único Ser que os podia salvar do poder destruidor de Satanás. PP 235.3

Milhares existem hoje repercutindo a mesma queixa revoltosa contra Deus. Não vêem que o despojar o homem da liberdade de escolha seria privá-lo de sua prerrogativa de um ser inteligente, e fazer dele um mero autômato. Não é propósito de Deus coagir a vontade. O homem foi criado como um ser moral livre. Como os habitantes de todos os outros mundos, devia ser sujeito à prova da obediência; mas nunca é levado a uma posição tal em que render-se ao mal se torne coisa forçosa. Nenhuma tentação ou prova se permite vir àquele que é incapaz de resistir. Deus nos proveu de tão amplos recursos, que o homem jamais ter-se-ia encontrado na contingência de ser derrotado no conflito com Satanás. PP 235.4

Aumentando-se os homens sobre a Terra, quase o mundo todo se uniu às fileiras da rebelião. Mais uma vez pareceu Satanás haver ganho a vitória. Mais uma vez, porém, a Onipotência suprimiu a operação da iniqüidade, e a Terra foi pelo dilúvio purificada de sua contaminação moral. PP 236.1

Diz o profeta: “Havendo os Teus juízos na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça. Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; [...] e não atenta para a majestade do Senhor”. Isaías 26:9, 10. Assim foi depois do dilúvio. Livres de Seus juízos, os habitantes da Terra de novo se rebelaram contra o Senhor. Duas vezes o concerto de Deus e Seus estatutos foram rejeitados pelo mundo. Tanto o povo anterior ao dilúvio como os descendentes de Noé rejeitaram a autoridade divina. Então Deus entrou em um concerto com Abraão, e tomou para Si um povo que se tornasse os depositários de Sua lei. A fim de seduzir e destruir este povo, Satanás logo começou a lançar as suas ciladas. Os filhos de Jacó foram tentados a contrair matrimônio com os gentios, e a adorar os seus ídolos. Mas José foi fiel a Deus, e sua fidelidade foi um constante testemunho da verdadeira fé. Foi para apagar esta luz que Satanás trabalhou por meio da inveja dos irmãos de José a fim de fazer com que ele fosse vendido como escravo para um país gentílico. Deus, entretanto, encaminhou os acontecimentos de maneira que o Seu conhecimento fosse dado ao povo do Egito. PP 236.2

Tanto na casa de Potifar como na prisão, José recebeu uma educação e ensino que, com o temor de Deus, o prepararam para a sua elevada posição de primeiro-ministro da nação. Do palácio dos Faraós foi sentida a sua influência por todo o país, e o conhecimento de Deus propagou-se larga e extensamente. Os israelitas no Egito também se tornaram prósperos e ricos; e, enquanto foram fiéis a Deus, exerceram dilatada influência. Os sacerdotes idólatras ficaram alarmados ao verem a nova religião alcançar favor. Inspirados por Satanás com a inimizade deste para com o Deus do Céu, aplicaram-se a apagar a luz. Aos sacerdotes era confiada a educação do herdeiro do trono, e era este espírito de decidida oposição a Deus e de zelo pela idolatria o que modelava o caráter do futuro rei, e determinou crueldade e opressão para com os hebreus. PP 236.3

Durante os quarenta anos que se seguiram à fuga de Moisés do Egito, a idolatria pareceu ter vencido. Ano após ano, as esperanças dos israelitas tornavam-se mais débeis. Tanto o rei como o povo exultavam em seu poderio, e zombavam do Deus de Israel. Este espírito desenvolveu-se até que culminou no Faraó que foi enfrentado por Moisés. Quando o chefe hebreu chegou perante o rei com uma mensagem do “Senhor Deus de Israel”, não foi a ignorância acerca do verdadeiro Deus, senão o desafio ao Seu poder, o que inspirou a resposta: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei? [...] Não conheço o Senhor”. Êxodo 5:2. De princípio a fim, a oposição de Faraó ao mando divino não foi o resultado da ignorância, mas do ódio e desafio. PP 236.4

Posto que os egípcios houvessem durante tanto tempo rejeitado o conhecimento de Deus, o Senhor ainda lhes deu oportunidade para o arrependimento. Nos dias de José, o Egito fora um abrigo para Israel; Deus fora honrado pela bondade manifesta a Seu povo; e agora aquele Ser longânimo, tardio em iras e cheio de compaixão, deu a cada juízo prazo para realizar a sua obra; os egípcios, recebendo maldição por meio dos mesmos objetos que adoravam, tiveram prova do poder de Jeová, e todos que o quisessem poderiam sujeitar-se a Deus e escapar de Seus juízos. O fanatismo e obstinação do rei tiveram como resultado espalhar o conhecimento de Deus, e levar muitos dos egípcios a entregarem-se a Seu serviço. PP 237.1

Foi porque os israelitas estivessem tão dispostos a unir-se com os gentios e imitar-lhes a idolatria que Deus lhes permitiu descerem ao Egito, onde a influência de José era largamente sentida, e onde as circunstâncias lhes eram favoráveis para permanecerem como um povo distinto. Ali também a grosseira idolatria dos egípcios e sua crueldade e opressão durante a última parte da peregrinação dos hebreus, devia ter inspirado neles aversão à idolatria, e os devia ter levado a fugir para o Deus de seus pais em busca de refúgio. Esta providência tornara Satanás um meio para servir a seu propósito, obscurecendo a mente dos israelitas, e levando-os a imitar as práticas de seus senhores pagãos. Devido à veneração supersticiosa em que pelos egípcios eram tidos os animais, não se permitia aos hebreus, durante seu cativeiro, apresentar ofertas sacrificais. Assim sua mente não era dirigida por este culto ao grande Sacrifício, e enfraqueceu-se-lhes a fé. Quando chegou o tempo para o livramento de Israel, Satanás se pôs a resistir aos propósitos de Deus. Era seu firme intuito que aquele grande povo, que contava mais de dois milhões de almas, fosse conservado na ignorância e superstição. Aquele povo a quem Deus prometera abençoar e multiplicar, e tornar um poderio na Terra, e por meio do qual Ele revelaria o conhecimento de Sua vontade — povo de quem Ele faria os guardas de Sua lei — aquele mesmo povo estava Satanás procurando conservar na obscuridade e cativeiro, para que pudesse extinguir de seus espíritos a lembrança de Deus. PP 237.2

Quando se operaram os prodígios perante o rei, Satanás estava a postos para contrariar a sua influência, e impedir Faraó de reconhecer a supremacia de Deus, e obedecer à Sua ordem. Satanás fez tudo em seu alcance para contrafazer a obra de Deus e resistir à Sua vontade. O único resultado foi preparar o caminho para maiores exibições de poder e glória divinos, e tornar mais visíveis, tanto para israelitas como para todo o Egito, a existência e soberania do Deus verdadeiro e vivo. PP 237.3

Deus libertou Israel com grandiosas manifestações de Seu poder, e com juízos sobre todos os deuses do Egito. “Tirou dali o Seu povo com alegria, e os Seus escolhidos com regozijo. [...] Para que guardassem os Seus preceitos, e observassem as Suas leis”. Salmos 105:43-45. Ele os livrou de seu estado servil, para que os pudesse levar a uma boa terra — terra esta que em Sua providência lhes fora preparada como refúgio de seus inimigos, onde pudessem habitar sob a sombra de Suas asas. Ele os levaria para Si mesmo, e os cingiria em Seus eternos braços; e em troca de toda a Sua bondade e misericórdia para com eles, exigia-se-lhes que não tivessem outros deuses diante dEle, o Deus vivo, e exaltassem Seu nome e o fizessem glorioso na Terra. PP 237.4

Durante o cativeiro no Egito muitos israelitas haviam perdido em grande parte o conhecimento da lei de Deus, e misturaram seus preceitos com costumes e tradições gentílicos. Deus os levou ao Sinai, e ali de viva voz declarou Sua lei. PP 238.1

Satanás e anjos maus estavam a postos. Mesmo enquanto Deus estava a proclamar a lei a Seu povo, Satanás achava-se a tramar no intuito de tentá-los a pecar. Deste povo que Deus escolhera, ele queria apoderar-se, em presença mesmo do Céu. Conduzindo-os à idolatria, destruiria a eficácia de todo o culto; pois como poderá o homem elevar-se, adorando o que não é mais elevado do que ele próprio, e que pode ser o símbolo de sua própria obra? Se o homem pudesse tornar-se tão cego ao poder, majestade e glória do Deus infinito, que O representasse por uma imagem esculpida, ou mesmo por um quadrúpede ou réptil; se pudesse de tal maneira esquecer-se de sua própria relação para com a Divindade, formado como é ele à imagem de seu Criador, que se prostrasse ante esses objetos repelentes e inanimados, estaria então aberto o caminho para a detestável licenciosidade; as más paixões do coração estariam desenfreadas, e Satanás teria amplo domínio. PP 238.2

Junto mesmo do Sinai Satanás começou a executar seus planos para subverter a lei de Deus, levando assim avante a mesma obra que iniciara no Céu. Durante os quarenta dias em que Moisés se achava no monte, com Deus, Satanás esteve ocupado provocando dúvida, apostasia e rebelião. Enquanto Deus escrevia a Sua lei, a fim de ser confiada ao Seu povo do concerto, os israelitas, negando sua fidelidade para com Jeová, estavam a pedir deuses de ouro! Quando Moisés veio da terrível presença da glória divina, com os preceitos da lei que se haviam comprometido a obedecer, encontrou-os em franco desafio aos mandos da mesma, curvando-se em adoração perante uma imagem de ouro. PP 238.3

Levando Israel a este ousado insulto e blasfêmia dirigidos a Jeová, Satanás planejara efetuar a sua ruína. Visto que se mostraram tão completamente degradados, tão insensíveis aos privilégios e bênçãos que Deus lhes oferecera, e aos seus próprios compromissos solenes e repetidos de fidelidade, o Senhor Se divorciaria deles, acreditava ele, e os votaria à destruição. Assim se asseguraria a extinção da descendência de Abraão, aquela descendência da promessa que deveria preservar o conhecimento do Deus vivo, e por meio da qual Ele deveria vir, a saber, a verdadeira Semente, a qual deveria vencer Satanás. O grande rebelado havia projetado destruir Israel, e assim transtornar o propósito de Deus. Mas de novo foi derrotado. Por pecador que fosse, o povo de Israel não foi destruído. Enquanto aqueles que obstinadamente se dispuseram ao lado de Satanás foram extirpados, o povo, humilhado e arrependido, foi misericordiosamente perdoado. A história deste pecado ficaria como testemunho perpétuo da culpabilidade e castigo da idolatria, e da justiça e longânima misericórdia de Deus. PP 238.4

O Universo inteiro foi testemunha das cenas do Sinai. Nos efeitos das duas administrações viu-se o contraste entre o governo de Deus e o de Satanás. De novo os habitantes destituídos de pecado, de outros mundos, viram os resultados da apostasia de Satanás, e a espécie de governo que ele teria estabelecido no Céu, caso lhe houvesse sido permitido exercer domínio. PP 239.1

Fazendo os homens violarem o segundo mandamento, visava Satanás rebaixar suas concepções acerca do Ser divino. Pondo de lado o quarto, fá-los-ia esquecer-se completamente de Deus. A reivindicação divina à reverência e culto, acima dos deuses dos gentios, baseia-se no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem sua existência. Assim é isto apresentado na Bíblia. Diz o profeta Jeremias: “O Senhor Deus é a verdade; Ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno. [...] Os deuses que não fizeram os céus e a Terra desaparecerão da Terra e debaixo deste céu. Ele fez a Terra pelo Seu poder; Ele estabeleceu o mundo por Sua sabedoria e com a Sua inteligência estendeu os céus.” “Todo o homem se embruteceu, e não tem ciência; envergonha-se todo o fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida mentira é, e não há espírito nelas. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da Sua visitação virão a perecer. Não é semelhante a estes a porção de Jacó; porque Ele é o Criador de todas as coisas”. Jeremias 10:10-12, 14-16. O sábado, como um memorial do poder criador de Deus, designa-O como o que fez os céus e a Terra. Daí o ser ele uma testemunha constante de Sua existência, e lembrança de Sua grandeza, Sua sabedoria e Seu amor. Houvesse sido o sábado sempre observado de maneira sagrada, e nunca poderia ter havido um ateu ou idólatra. PP 239.2

A instituição do sábado, que se originou no Éden, é tão antiga como o próprio mundo. Foi observado por todos os patriarcas, desde a criação. Durante o cativeiro no Egito, os israelitas foram obrigados por seus maiorais de tarefas a violar o sábado; e em grande parte perderam o conhecimento de sua santidade. Quando a lei foi proclamada no Sinai, as primeiras palavras do quarto mandamento foram: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8), mostrando que o sábado não foi instituído então; aponta-se-nos a sua origem na criação. A fim de obliterar a lembrança de Deus da mente dos homens, visava Satanás destruir este grande memorial. Se pudessem os homens ser levados a esquecer seu Criador, não fariam esforços para resistir ao poder do mal, e Satanás estaria certo de sua presa. PP 239.3

A inimizade de Satanás à lei de Deus compeliu-o a fazer guerra contra cada preceito do Decálogo. Com o grande princípio de amor e fidelidade para com Deus, o Pai de todos, relaciona-se intimamente o princípio do amor e obediência filial. O desdém à autoridade paterna logo determinará o desdém pela autoridade de Deus. Daí os esforços de Satanás para diminuir a obrigação imposta pelo quinto mandamento. Entre os povos gentílicos, o princípio estipulado neste preceito era pouco atendido. Em muitas nações os pais eram abandonados, ou mortos, logo que a idade os tornava incapazes de proverem por si as suas necessidades. Na família, a mãe era tratada com pouco respeito, e pela morte de seu marido exigia-se-lhe submeter-se à autoridade do filho mais velho. A obediência filial foi ordenada por Moisés; mas, afastando-se os israelitas do Senhor, o quinto mandamento, juntamente com outros, veio a ser desrespeitado. PP 240.1

Satanás foi “homicida desde o princípio” (João 8:44); e, logo que obteve poder sobre a raça humana, não somente os dispôs a odiar e matar uns aos outros, mas, para mais ousadamente desafiar a autoridade de Deus, fez da violação do sexto mandamento uma parte da religião deles. PP 240.2

Mediante concepções pervertidas acerca dos atributos divinos, nações gentílicas foram levadas a crer serem necessários os sacrifícios humanos a fim de conseguirem o favor de suas divindades; e as mais horríveis crueldades têm sido perpetradas sob várias formas de idolatria. Entre estas estava o costume de fazer seus filhos passarem pelo fogo, perante seus ídolos. Quando um deles saía ileso desta prova, o povo acreditava que suas ofertas eram aceitas; aquele, que assim se livrava, era considerado como especialmente favorecido pelos deuses, era cumulado de benefícios, e a seguir sempre tido em grande estima; e, por mais graves que fossem os seus crimes, nunca era punido. Mas, se acontecesse ser algum queimado ao passar pelo fogo, estaria selada a sua sorte; acreditava-se que a ira dos deuses podia ser aplacada unicamente tirando a vida da vítima, e era ela, de acordo com isto, oferecida em sacrifício. Em tempos de grande apostasia prevaleceram estas abominações, até certo ponto, entre os israelitas. PP 240.3

A violação do sétimo mandamento cedo também foi praticada em nome da religião. Os mais licenciosos e abomináveis ritos foram incluídos como parte do culto gentílico. Os próprios deuses eram representados como impuros, e seus adoradores davam rédeas soltas às suas vis paixões. Prevaleciam vícios contra a natureza, e as festas religiosas eram caracterizadas por uma franca e geral impureza. PP 240.4

A poligamia foi praticada em época primitiva. Foi um dos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo antediluviano. Todavia, depois do dilúvio, tornou-se novamente muito espalhada. Era o esforço calculado de Satanás perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias à mesma, e diminuir a sua santidade; pois de nenhuma outra maneira poderia ele com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício. PP 240.5

Desde o início do grande conflito, tem sido o propósito de Satanás representar mal o caráter de Deus, e provocar a rebelião contra a Sua lei; e esta obra parece ser coroada de êxito. As multidões dão ouvidos aos enganos de Satanás, e dispõem-se contra Deus. Mas, em meio da operação do mal, os propósitos de Deus avançam perseverantemente ao seu cumprimento; a todos os seres criados está Ele a tornar manifestas Sua justiça e benevolência. Por meio das tentações de Satanás o gênero humano todo se tornou transgressor da lei de Deus; mas, pelo sacrifício de Seu Filho, abriu-se um caminho por onde podem voltar a Deus. Mediante a graça de Cristo, podem habilitar-se a prestar obediência à lei do Pai. Assim, em todos os séculos, do meio da apostasia e rebelião, Deus reúne um povo que Lhe é fiel, povo em cujo coração está a Sua lei. Isaías 51:7. PP 241.1

Foi por meio do engano que Satanás seduziu os anjos; dessa forma tem ele em todos os tempos levado avante sua obra entre os homens, e continuará com esta maneira de agir até ao fim. Declarasse ele abertamente achar-se a guerrear contra Deus e Sua lei, e os homens estariam acautelados; ele porém, se disfarça e mistura a verdade com o erro. As mais perigosas falsidades são as que se encontram misturadas com a verdade. É assim que se recebem erros que cativam e arruínam a alma. Por este meio Satanás leva o mundo consigo. Aproxima-se, porém, o dia em que seu triunfo para sempre se finalizará. PP 241.2

O trato de Deus com a rebelião terá como resultado desmascarar completamente a obra que durante tanto tempo se tem continuado encobertamente. Os resultados do governo de Satanás, os frutos de se porem de lado os estatutos divinos, serão patenteados a todas as inteligências criadas. A lei de Deus ficará inteiramente reivindicada. Ver-se-á que todo o trato de Deus foi orientado com referência ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que Ele criara. O próprio Satanás, na presença do Universo como testemunha, confessará a justiça do governo de Deus, e a retidão de Sua lei. PP 241.3

Não muito longe está o tempo em que Deus Se levantará a fim de reivindicar Sua autoridade insultada. “O Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade”. Isaías 26:21. “Mas quem suportará o dia da Sua vinda? e quem subsistirá, quando Ele aparecer”. Malaquias 3:2. Ao povo de Israel, por causa de sua pecaminosidade, foi vedado aproximar-se do monte, quando Deus estava para descer sobre ele e proclamar Sua lei, não acontecesse que fossem consumidos pela ardente glória de Sua presença. Se tais manifestações do poder de Deus assinalaram o local escolhido para a proclamação de Sua lei, quão terrível deverá ser o Seu tribunal quando Ele vier para a execução destes estatutos sagrados! Como suportarão Sua glória no grande dia da paga final, aqueles que desprezaram Sua autoridade? Os terrores do Sinai deviam representar ao povo as cenas do juízo. O som de uma trombeta convocou Israel a encontrar-se com Deus. A voz do Arcanjo e a trombeta de Deus convocarão, da Terra toda, tanto os vivos como os mortos, à presença de seu Juiz. O Pai e o Filho, acompanhados por uma multidão de anjos, estavam presentes no monte. No grande dia do juízo, Cristo virá “na glória de Seu Pai, com os Seus anjos”. Mateus 16:27. Ele Se assentará então no trono de Sua glória, e diante dEle reunir-se-ão todas as nações. PP 241.4

Quando a presença divina Se manifestou no Sinai, a glória do Senhor era como fogo devorador à vista de todo o Israel. Mas quando Cristo vier em glória com os Seus santos anjos, a Terra toda será grandemente iluminada com a terrível luz de Sua presença. “Virá o nosso Deus, e não Se calará; adiante dEle um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dEle. Chamará os céus, do alto, e a Terra, para julgar o Seu povo”. Salmos 50:3, 4. Uma torrente abrasada irromperá e sairá de diante dEle, a qual fará com que os elementos se derretam com intenso calor, e a Terra, bem como as obras que nela há, se queimarão. Manifestar-se-á “o Senhor Jesus desde o Céu com os anjos do Seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho”. 2 Tessalonicenses 1:7, 8. PP 242.1

Nunca, desde que o homem foi criado, se testemunhou uma manifestação de poder divino como a que houve quando a lei foi proclamada do Sinai. “A Terra abalava-se, e os céus destilavam perante a face de Deus; o próprio Sinai tremeu na presença de Deus, do Deus de Israel”. Salmos 68:8. Por entre as mais tremendas convulsões da natureza, a voz de Deus, semelhante a uma trombeta, foi ouvida da nuvem. A montanha abalou-se da base ao cume, e as hostes de Israel, pálidas e a tremer de terror, caíram sobre seus rostos em terra. Aquele cuja voz então abalou a Terra, declarou: “Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o céu”. Hebreus 12:26. Dizem as Escrituras: “O Senhor desde o alto bramirá, e fará ouvir a Sua voz desde a morada de Sua santidade” (Jeremias 25:30); “e os céus e a Terra tremerão”. Joel 3:16. Naquele grande dia vindouro o próprio céu se afastará “como um livro que se enrola”. Apocalipse 6:14. E todo o monte e ilha mover-se-ão de seus lugares. “De todo vacilará a Terra como o ébrio, e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca mais se levantará”. Isaías 24:20. PP 242.2

“Pelo que todas as mãos se debilitarão”, todos os rostos se farão lívidos, “e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais.” “E visitarei sobre o mundo a maldade” (Isaías 13:7, 8, 11, 13), diz o Senhor; “farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos”. Jeremias 30:6. PP 242.3

Quando Moisés veio da presença divina, no monte, onde havia recebido as tábuas do testemunho, o culpado Israel não podia suportar a luz que lhe glorificava o rosto. Quanto menos poderão os transgressores olhar para o Filho de Deus, quando Ele aparecer na glória de Seu Pai, rodeado por todo o exército celestial, para executar o juízo sobre os transgressores de Sua lei e os que rejeitaram a Sua obra expiatória! Aqueles que desrespeitaram a lei de Deus, e pisaram a pés o sangue de Cristo — os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos — esconder-se-ão, “nas cavernas e nas rochas das montanhas”, e dirão às montanhas e às rochas: “Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” Apocalipse 6:15-17. “Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro [...] e meter-se-á pelas fendas das rochas, e pela cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória a Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra”. Isaías 2:20, 21. PP 242.4

Ver-se-á então que da rebelião de Satanás contra Deus resultou ruína a si mesmo, e a todos os que escolheram fazer-se seus súditos. Ele fizera parecer que grande bem resultaria da transgressão; ver-se-á, porém, que “o salário do pecado é a morte”. Romanos 6:23. “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo”. Malaquias 4:1. Satanás, a raiz de todo o pecado, e todos os malfeitores, que são os seus ramos, serão inteiramente extirpados. E dar-se-á fim ao pecado, com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: “Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! Consumaram-se as assolações”. Salmos 9:5, 6. PP 243.1

Entretanto, em meio da tempestade do juízo divino, os filhos de Deus não terão motivos para receios. “O Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel”. Joel 3:16. O dia que traz terror e destruição aos transgressores da lei de Deus, trará aos obedientes “gozo inefável e glorioso”. 1 Pedro 1:8. “Congregai os Meus santos”, diz o Senhor, “aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios. E os céus anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o Juiz”. Salmos 50:5, 6. PP 243.2

“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus, e o que O não serve”. Malaquias 3:18. “Ouvi-Me, vós, que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a Minha lei.” “Eis que Eu tomo da tua mão o cálice da vacilação; [...] nunca mais dele beberás.” “Eu, Eu sou Aquele que vos consola”. Isaías 51:7, 22, 12. “Porque as montanhas se desviarão, e os outeiros tremerão; mas a Minha benignidade não se desviará de ti e o concerto da Minha paz não mudará, diz o Senhor, que Se compadece de ti”. Isaías 54:10. PP 243.3

O grande plano da redenção tem como resultado trazer de novo o mundo ao favor de Deus, de maneira completa. Tudo que se perdera pelo pecado é restaurado. Não somente o homem é redimido, mas também a Terra, a fim de ser, a eterna habitação dos obedientes. Durante seis mil anos, Satanás tem lutado para manter posse da Terra. Agora se cumpre o propósito original de Deus ao criá-la. “Os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade”. Daniel 7:18. PP 243.4

“Desde o nascimento do Sol até ao ocaso, seja louvado o nome do Senhor”. Salmos 113:3. “Naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome.” “E o Senhor será Rei sobre toda a Terra”. Zacarias 14:9. Dizem as Escrituras: “Para sempre, ó Senhor, a Tua Palavra permanece no Céu”. Salmos 119:89. São “fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre”. Salmos 111:7, 8. Os santos estatutos que Satanás odiara e procurara destruir, serão honrados por todo um Universo sem pecados. E “como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações”. Isaías 61:11. PP 244.1

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