Daniel na Côrte Babilônica


Dia 123 - Thursday, 02 de May de 2024
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  • 1 Crônicas 6-8
  • Daniel 1

1 Crônicas 6

Ouça o áudio do capítulo:

1 Os filhos de Levi foram: Gérson, Coate e Merari,

2 E os filhos de Coate: Anrão, e Izar, e Hebrom, e Uziel.

3 E os filhos de Anrão: Arão, Moisés, e Miriã; e os filhos de Arão: Nadabe, Abiú, Eleazar, e Itamar.

4 E Eleazar gerou a Finéias, e Finéias gerou a Abisua,

5 E Abisua gerou a Buqui, e Buqui gerou a Uzi,

6 E Uzi gerou a Zeraías, e Zeraías gerou a Meraiote.

7 E Meraiote gerou a Amarias, e Amarias gerou a Aitube.

8 E Aitube gerou a Zadoque, e Zadoque gerou a Aimaás,

9 E Aimaás gerou a Azarias, e Azarias gerou a Joanã,

10 E Joanã gerou a Azarias; e este é o que exerceu o sacerdócio na casa que Salomão tinha edificado em Jerusalém.

11 E Azarias gerou a Amarias, e Amarias gerou a Aitube,

12 E Aitube gerou a Zadoque, e Zadoque gerou a Salum,

13 E Salum gerou a Hilquias, e Hilquias gerou a Azarias,

14 E Azarias gerou a Seraías, e Seraías gerou a Jeozadaque,

15 E Jeozadaque foi levado cativo quando o Senhor levou presos a Judá e a Jerusalém pela mão de Nabucodonosor.

16 Os filhos de Levi foram, pois, Gérson, Coate, e Merari.

17 E estes são os nomes dos filhos de Gérson: Libni e Simei.

18 E os filhos de Coate: Anrão, Izar, Hebrom, e Uziel.

19 Os filhos de Merari: Mali e Musi; estas são as famílias dos levitas, segundo seus pais.

20 De Gérson: Libni, seu filho; Jaate, seu filho; Zima, seu filho;

21 Joá, seu filho; Ido, seu filho; Zerá, seu filho; Jeatarai, seu filho.

22 Os filhos de Coate foram: Aminadabe, seu filho; Coré, seu filho; Assir, seu filho;

23 Elcana, seu filho; Ebiasafe, seu filho; Assir, seu filho;

24 Taate, seu filho; Uriel, seu filho; Uzias, seu filho; e Saul, seu filho.

25 E os filhos de Elcana: Amasai e Aimote.

26 Quanto a Elcana: os filhos de Elcana foram Zofai, seu filho; e seu filho Naate.

27 Seu filho Eliabe, seu filho Jeroão, seu filho Elcana.

28 E os filhos de Samuel: Joel, seu primogênito, e o segundo Abias.

29 Os filhos de Merari: Mali, seu filho Libni, seu filho Simei, seu filho Uzá.

30 Seu filho Siméia, seu filho Hagias, seu filho Asaías.

31 Estes são, pois, os que Davi constituiu para o ofício do canto na casa do Senhor, depois que a arca teve repouso.

32 E ministravam diante do tabernáculo da tenda da congregação com cantares, até que Salomão edificou a casa do Senhor em Jerusalém; e estiveram, segundo o seu costume, no seu ministério.

33 Estes são, pois, os que ali estavam com seus filhos: dos filhos dos coatitas, Hemã, o cantor, filho de Joel, filho de Samuel,

34 Filho de Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliel, filho de Toá,

35 Filho de Zufe, filho de Elcana, filho de Maate, filho de Amasai,

36 Filho de Elcana, filho de Joel, filho de Azarias, filho de Sofonias.

37 Filho de Taate, filho de Assir, filho de Ebiasafe, filho de Coré,

38 Filho de Isar, filho de Coate, filho de Levi, filho de Israel.

39 E seu irmão Asafe estava à sua direita; e era Asafe filho de Berequias, filho de Siméia,

40 Filho de Micael, filho de Baaséias, filho de Malquias,

41 Filho de Etni, filho de Zerá, filho de Adaías,

42 Filho de Etã, filho de Zima, filho de Simei,

43 Filho de Jaate, filho de Gérson, filho de Levi.

44 E seus irmãos, os filhos de Merari, estavam à esquerda; a saber: Etã, filho de Quisi, filho de Abdi, filho de Maluque,

45 Filho de Hasabias, filho de Amazias, filho de Hilquias,

46 Filho de Anzi, filho de Bani, filho de Semer,

47 Filho de Mali, filho de Musi, filho de Merari, filho de Levi.

48 E seus irmãos, os levitas, foram postos para todo o ministério do tabernáculo da casa de Deus.

49 E Arão e seus filhos ofereceram sobre o altar do holocausto e sobre o altar do incenso, por todo o serviço do lugar santíssimo, e para fazer expiação por Israel, conforme tudo quanto Moisés, servo de Deus, tinha ordenado.

50 E estes foram os filhos de Arão: seu filho Eleazar, seu filho Finéias, seu filho Abisua.

51 Seu filho Buqui, seu filho Uzi, seu filho Seraías,

52 Seu filho Meraiote, seu filho Amarias, seu filho Aitube,

53 Seu filho Zadoque, seu filho Aimaás.

54 E estas foram as suas habitações, segundo os seus acampamentos, nos seus termos, a saber: dos filhos de Arão, da família dos coatitas, porque a eles caiu a sorte.

55 Deram-lhes, pois, a Hebrom, na terra de Judá, e os arrabaldes que a rodeiam.

56 Porém o território da cidade e as suas aldeias deram a Calebe, filho de Jefoné.

57 E aos filhos de Arão deram as cidades de refúgio: Hebrom e Libna e os seus arrabaldes, e Jatir e Estemoa e os seus arrabaldes.

58 E Hilém, e os seus arrabaldes, Debir e os seus arrabaldes,

59 E Asã e os seus arrabaldes, e Bete-Semes e os seus arrabaldes.

60 E da tribo de Benjamim, Geba e os seus arrabaldes, Alemete e os seus arrabaldes, e Anatote e os seus arrabaldes; todas as suas cidades, pelas suas famílias, foram treze.

61 Mas os filhos de Coate, que restaram da sua família, tiveram, por sorte, dez cidades da meia tribo de Manassés.

62 E os filhos de Gérson, segundo as suas famílias, tiveram treze cidades da tribo de Issacar, e da tribo de Aser, e da tribo de Naftali e da tribo de Manassés, em Basã.

63 Os filhos de Merari, segundo as suas famílias, tiveram, por sorte, doze cidades da tribo de Rúben, e da tribo de Gade, e da tribo de Zebulom.

64 Assim os filhos de Israel deram aos levitas estas cidades e os seus arrabaldes.

65 E deram-lhes por sorte estas cidades, da tribo dos filhos de Judá, da tribo dos filhos de Simeão, e da tribo dos filhos de Benjamim, às quais deram os seus nomes.

66 E quanto ao mais das famílias dos filhos de Coate, se lhes deram, da tribo de Efraim as cidades dos seus termos.

67 Porque lhes deram as cidades de refúgio, Siquém e os seus arrabaldes, nas montanhas de Efraim, como também Gezer e os seus arrabaldes,

68 E Jocmeão e os seus arrabaldes, Bete-Horom e os seus arrabaldes,

69 E Aijalom e os seus arrabaldes, Gate-Rimom e os seus arrabaldes.

70 E da meia tribo de Manassés, Aner e os seus arrabaldes, e Bileã e os seus arrabaldes; estas cidades tiveram os que ficaram da família dos filhos de Coate.

71 Os filhos de Gérson tiveram, da família da meia tribo de Manassés, Golã, em Basã, e os seus arrabaldes, e Astarote e os seus arrabaldes.

72 E da tribo de Issacar, Quedes e os seus arrabaldes, e Daberate e os seus arrabaldes.

73 E Ramote e os seus arrabaldes, e Aném e os seus arrabaldes.

74 E da tribo de Aser, Masal e os seus arrabaldes, e Abdom e os seus arrabaldes,

75 E Hucoque e os seus arrabaldes, e Reobe e os seus arrabaldes.

76 E da tribo de Naftali, Quedes, em Galiléia, e os seus arrabaldes, Hamom e os seus arrabaldes e Quiriataim e os seus arrabaldes.

77 Os que ficaram dos filhos de Merari tiveram, da tribo de Zebulom, a Rimom e os seus arrabaldes, a Tabor e os seus arrabaldes.

78 E dalém do Jordão, na altura de Jericó, ao oriente do Jordão, da tribo de Rúben, a Bezer, no deserto, e os seus arrabaldes, e a Jaza e os seus arrabaldes,

79 E a Quedemote e os seus arrabaldes, e a Mefaate e os seus arrabaldes.

80 E da tribo de Gade, a Ramote, em Gileade, e os seus arrabaldes, e Maanaim e os seus arrabaldes,

81 E a Hesbom e os seus arrabaldes, e a Jazer e os seus arrabaldes.

1 Crônicas 7

Ouça o áudio do capítulo:

1 E quanto aos filhos de Issacar, foram: Tola, Pua, Jasube e Sinrom, quatro.

2 E os filhos de Tola foram: Uzi, Refaías, Jeriel, Jamai, Ibsão e Semuel, chefes das casas de seus pais, descendentes de Tola, homens valentes nas suas gerações; o seu número, nos dias de Davi, foi de vinte e dois mil e seiscentos.

3 E o filho de Uzi: Izraías; e os filhos de Izraías foram: Mical, Obadias, Joel e Issias; todos estes cinco chefes.

4 E houve com eles nas suas gerações, segundo as suas casas paternas, em tropas de guerra, trinta e seis mil; porque tiveram muitas mulheres e filhos.

5 E seus irmãos, em todas as famílias de Issacar, homens valentes, foram oitenta e sete mil, todos contados pelas suas genealogias.

6 Os filhos de Benjamim foram: Belá, e Bequer, e Jediael, três.

7 E os filhos de Belá: Esbom, e Uzi, e Uziel, e Jerimote, e Iri, cinco chefes da casa dos pais, homens valentes que foram contados pelas suas genealogias, vinte e dois mil e trinta e quatro.

8 E os filhos de Bequer: Zemira, Joás, Eliezer, Elioenai, Onri, Jerimote, Abias, Anatote, e Alemete; todos estes foram filhos de Bequer.

9 E foram contados pelas suas genealogias, segundo as suas gerações, e chefes das casas de seus pais, homens valentes, vinte mil e duzentos.

10 E foi o filho de Jediael, Bilã; e os filhos de Bilã foram Jeús, Benjamim, Eúde, Quenaaná, Zetã, Társis e Aisaar.

11 Todos estes filhos de Jediael foram chefes das famílias dos pais, homens valentes, dezessete mil e duzentos, que saíam no exército à peleja.

12 E Supim, e Hupim, filhos de Ir, e Husim, dos filhos de Aer.

13 Os filhos de Naftali: Jaziel, e Guni, e Jezer, e Salum, filhos de Bila.

14 Os filhos de Manassés: Asriel, que a mulher de Gileade concebeu (porém a sua concubina, a síria, concebeu a Maquir, pai de Gileade;

15 E Maquir tomou a irmã de Hupim e Supim por mulher, e era o seu nome Maaca), e foi o nome do segundo Zelofeade; e Zelofeade teve filhas.

16 E Maaca, mulher de Maquir, deu à luz um filho, e chamou-o Perez; e o nome de seu irmão foi Seres; e foram seus filhos Ulão e Raquém.

17 E o filho de Ulão, Bedã; estes foram os filhos de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés.

18 E quanto à sua irmã Hamolequete, teve a Is-Hode, a Abiezer, e a Maalá.

19 E foram os filhos de Semida: Aiã, Siquém, Liqui, e Anião.

20 E os filhos de Efraim: Sutela, e seu filho Berede, e seu filho Taate, e seu filho Elada e seu filho Taate.

21 E seu filho Zabade, e seu filho Sutela, e Ezer, e Elade; e os homens de Gate, naturais da terra, os mataram, porque desceram para tomar os seus gados.

22 Por isso Efraim, seu pai, por muitos dias os chorou; e vieram seus irmãos para o consolar.

23 Depois coabitou com sua mulher, e ela concebeu, e teve um filho; e chamou-o Berias; porque ia mal na sua casa.

24 E sua filha foi Seerá, que edificou a Bete-Horom, a baixa e a alta, como também a Uzém-Seerá.

25 E foi seu filho Refa, e Resefe, de quem foi filho Tela, de quem foi filho Taã,

26 De quem foi filho Ladã, de quem foi filho Amiúde, de quem foi filho Elisama,

27 De quem foi filho Num, de quem foi filho Josué.

28 E foi a sua possessão e habitação Betel e os lugares da sua jurisdição; e ao oriente Naarã, e ao ocidente Gezer e os lugares da sua jurisdição, e Siquém e os lugares da sua jurisdição, até Gaza e os lugares da sua jurisdição;

29 E do lado dos filhos de Manassés, Bete-Seã e os lugares da sua jurisdição, Taanaque e os lugares da sua jurisdição, Megido e os lugares da sua jurisdição, Dor e os lugares da sua jurisdição; nestas habitaram os filhos de José, filho de Israel.

30 Os filhos de Aser foram: Imná, Isvá, Isvi, Berias, e Sera, irmã deles.

31 E os filhos de Berias: Héber e Malquiel; este foi o pai de Birzavite.

32 E Héber gerou a Jaflete, e a Somer, e a Hotão, e a Suá, irmã deles.

33 E foram os filhos de Jaflete: Pasaque, e Bimal e Asvate; estes foram os filhos de Jaflete.

34 E os filhos de Semer: Ai, Roga, Jeubá, e Arã.

35 E os filhos de seu irmão Helém: Zofa, e Imna, e Seles, e Amal.

36 Os filhos de Zofa: Suá, e Harnefer, e Sual, e Beri, e Inra,

37 Bezer, Hode, Samá, Silsa, Itrã, e Beera.

38 E os filhos de Jeter: Jefoné, Pispa e Ara.

39 E os filhos de Ula: Ará e Haniel e Rizia.

40 Todos estes foram filhos de Aser, chefes das casas paternas, homens escolhidos e valentes, chefes dos príncipes, e contados nas suas genealogias, no exército para a guerra; foi seu número de vinte e seis mil homens.

1 Crônicas 8

Ouça o áudio do capítulo:

1 E Benjamim gerou a Belá, seu primogênito, a Asbel o segundo, e a Aará o terceiro,

2 A Noá o quarto, e a Rafa o quinto.

3 E Belá teve estes filhos: Adar, Gera, Abiúde,

4 Abisua, Naamã, Aoá,

5 Gera, Sefufá e Hurão.

6 E estes foram os filhos de Eúde; que foram chefes dos pais dos moradores de Geba, e os levaram cativos a Manaate;

7 E Naamã, e Aías e Gera; este os transportou, e gerou a Uzá e a Aiúde.

8 E Saaraim (depois de os enviar), na terra de Moabe, gerou filhos de Husim e Baara, suas mulheres.

9 E de Hodes, sua mulher, gerou a Jobabe, a Zíbia, a Mesa, a Malcã,

10 A Jeuz, a Saquias e a Mirma; estes foram seus filhos, chefes dos pais.

11 E de Husim gerou a Abitube e a Elpaal.

12 E foram os filhos de Elpaal: Éber, Misã e Semede; este edificou a Ono e a Lode e os lugares da sua jurisdição.

13 E Berias e Sema foram cabeças dos pais dos moradores de Aijalom; estes afugentaram os moradores de Gate.

14 E Aiô, Sasaque, Jerimote,

15 Zebadias, Arade, Eder,

16 Micael, Ispa e Joa foram filhos de Berias.

17 Zebadias, Mesulão, Hizque, Héber,

18 Ismerai, Izlias e Jobabe, filhos de Elpaal.

19 Jaquim, Zicri, Zabdi,

20 Elienai, Ziletai, Eliel,

21 Adaías, Beraías e Sinrate, filhos de Simei.

22 E Ispã, Éber, Eliel,

23 Abdom, Zicri, Hanã,

24 Hananias, Elão, Antotias,

25 E Ifdéias, e Penuel, filhos de Sasaque;

26 E Sanserai, e Searias, e Atalias,

27 E Jaaresias, e Elias e Zicri, filhos de Jeroão.

28 Estes foram cabeças dos pais, segundo as suas gerações, chefes, e habitaram em Jerusalém.

29 E em Gibeão habitou o pai de Gibeão; e era o nome de sua mulher Maaca;

30 E seu filho primogênito, Abdom; depois Zur, e Quis, Baal, e Nadabe,

31 E Gedor, Aiô, e Zequer,

32 E Miclote gerou a Siméia; e também estes, defronte de seus irmãos, habitaram em Jerusalém com eles.

33 E Ner gerou a Quis, e Quis gerou a Saul; e Saul gerou a Jônatas, a Malquisua, a Abinadabe, e a Esbaal.

34 E o filho de Jônatas foi Meribe-Baal; e Meribe-Baal gerou a Mica.

35 E os filhos de Mica foram: Pitom, Meleque, Tareá, e Acaz.

36 E Acaz gerou a Jeoada; e Jeoada gerou a Alemete, e a Azmavete, e a Zinri; e Zinri gerou a Moza,

37 E Moza gerou a Bineá, cujo filho foi Rafa, de quem foi filho Eleasá, cujo filho foi Azel.

38 E teve Azel seis filhos, e estes foram os seus nomes: Azricão, Bocru, Ismael, Searias, Obadias, e Hanã; todos estes foram filhos de Azel.

39 E os filhos de Ezeque, seu irmão: Ulão, seu primogênito, Jeús o segundo e Elifelete o terceiro.

40 E foram os filhos de Ulão homens heróis, valentes, e flecheiros destros; e tiveram muitos filhos, e filhos de filhos, cento e cinqüenta; todos estes foram dos filhos de Benjamim.

Daniel 1

Ouça o áudio do capítulo:

1 No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.

2 E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,

4 Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.

5 E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.

6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias;

7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.

8 E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.

9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.

11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.

13 Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.

14 E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.

15 E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.

16 Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.

17 Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.

18 E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.

19 E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei.

20 E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.

21 E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.

Profetas e Reis

Daniel na Côrte Babilônica

Ouça o áudio do capítulo:

Este capítulo é baseado em Daniel 1.

Entre os filhos de Israel que foram levados cativos para Babilônia no início dos setenta anos do cativeiro havia cristãos patriotas, homens que eram tão fiéis ao princípio como o aço, e que se não deixariam corromper pelo egoísmo, mas honrariam a Deus com prejuízo de tudo para si. Na terra de seu cativeiro esses homens deviam levar avante o propósito de Deus de dar às nações pagãs as bênçãos que vêm pelo conhecimento de Jeová. Deviam eles ser Seus representantes. Jamais deviam comprometer-se com idólatras; sua fé e seu nome como adoradores do Deus vivo deveriam ser levados como alta honra. E isto eles fizeram. Na prosperidade e na adversidade honraram a Deus; e Deus os honrou a eles. PR 243.1

O fato de esses homens, adoradores de Jeová, estarem cativos em Babilônia, e de os vasos da casa de Deus terem sido postos no templo dos deuses de Babilônia, era orgulhosamente citado pelos vencedores como evidência que sua religião e costumes eram superiores à religião e costumes dos hebreus. Embora por intermédio da própria humilhação que Israel chamara sobre si por haver-se afastado de Deus, Ele dera aos babilônios a prova de Sua supremacia, da santidade dos Seus reclamos e dos resultados certos da obediência. E este testemunho Ele deu, como unicamente poderia ser dado, por meio daqueles que Lhe foram leais. PR 243.2

Entre os que se mantiveram obedientes a Deus estavam Daniel e seus três companheiros — nobres exemplos do que os homens podem tornar-se quando unidos com o Deus de sabedoria e poder. Da comparativa simplicidade de seu lar judaico, esses jovens de linhagem real foram levados à mais magnificente das cidades, e introduzidos na corte do maior monarca do mundo. Nabucodonosor “disse a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos nobres, mancebos em quem não houvesse defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viverem no palácio. [...] PR 243.3

“E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias”. Daniel 1:3-6. Vendo nesses jovens a promessa de habilidade digna de nota, Nabucodonosor determinou que fossem educados para ocupar importantes posições em seu reino. Para que pudessem ser plenamente capacitados para sua carreira, ele fez arranjos para que aprendessem a língua dos caldeus, e que por três anos lhes fossem asseguradas as vantagens incomuns da educação fornecida aos príncipes do reino. PR 243.4

Os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes que representavam divindades caldéias. Grande significação era atribuída aos nomes dados pelos pais hebreus a seus filhos. Freqüentemente representavam traços de caráter que os pais desejavam ver desenvolvidos no filho. O príncipe a cujo cargo foram os jovens cativos colocados “lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e Azarias o de Abede-Nego”. Daniel 1:7. PR 244.1

O rei não compeliu os jovens hebreus a renunciarem sua fé em favor da idolatria, mas esperava alcançar isto gradualmente. Dando-lhes nomes significativos de idolatria, levando-os diariamente a íntima associação com costumes idólatras e sob a influência de sedutores ritos do culto pagão, ele esperava induzi-los a renunciar à religião de sua nação e unir-se ao culto dos babilônios. PR 244.2

Logo no princípio de sua carreira veio-lhes uma decisiva prova de caráter. Fora determinado que eles comessem o alimento e bebessem o vinho que se servia na mesa do rei. Nisto o rei pensava dar-lhes uma expressão do seu favor e sua solicitude pelo bem-estar deles. Mas como uma porção do alimento era oferecida aos ídolos, o alimento da mesa do rei era consagrado à idolatria; e quem deles participasse seria considerado como estando a oferecer homenagens aos deuses de Babilônia. A tal homenagem a lealdade de Daniel e seus companheiros a Jeová lhes proibiu de participar. A simples simulação de haver comido o alimento ou bebido o vinho seria uma negação de sua fé. Proceder assim era enfileirar-se ao lado do paganismo e desonrar os princípios da lei de Deus. PR 244.3

Não ousaram eles a se arriscarem ao enervante efeito do luxo e dissipação sobre o desenvolvimento físico, mental e espiritual. Eles estavam familiarizados com a história de Nadabe e Abiú, de cuja intemperança e seus resultados foi conservado o registro nos pergaminhos do Pentateuco; e sabiam que suas próprias faculdades físicas e mentais seriam danosamente afetadas pelo uso do vinho. PR 244.4

Daniel e seus companheiros tinham sido educados por seus pais nos hábitos da estrita temperança. Tinham sido ensinados que Deus lhes pediria contas de suas faculdades, e que jamais deveriam diminuí-las ou enfraquecê-las. Esta educação fora para Daniel e seus companheiros o meio de sua preservação entre as desmoralizantes influências da corte de Babilônia. Fortes eram as tentações que os rodeavam nessa corte corrupta e luxuosa, mas eles permaneceram incontaminados. Nenhuma força, nenhuma influência poderia afastá-los dos princípios que tinham aprendido no limiar da vida mediante estudo da Palavra e obras de Deus. PR 244.5

Tivesse Daniel desejado e teria encontrado em torno de si escusas plausíveis para afastar-se dos estritos hábitos de temperança. Ele poderia ter argumentado que, dependendo como estava do favor do rei e sujeito ao seu poder, não havia outro caminho a seguir senão comer do alimento do rei e beber do seu vinho; pois se se apegasse ao ensinamento divino, ofenderia o rei, e provavelmente perderia sua posição e a vida. Se transgredisse o mandamento do Senhor, ele reteria o favor do rei, e asseguraria para si vantagens intelectuais e lisonjeiras perspectivas mundanas. PR 244.6

Mas Daniel não hesitou. A aprovação de Deus era-lhe mais cara que o favor do mais poderoso potentado da Terra — mais cara mesmo que a própria vida. Ele se determinou permanecer firme em sua integridade, fossem quais fossem os resultados. Ele “assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia”. Daniel 1:8. E nesta resolução foi apoiado por seus três companheiros. PR 245.1

Tomando esta decisão, os jovens hebreus não agiram presunçosamente, mas em firme confiança em Deus. Não escolheram ser singulares, mas sê-lo-iam de preferência a desonrar a Deus. Tivessem eles se comprometido com o erro neste caso rendendo-se à pressão das circunstâncias, e este abandono do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso do direito e sua capacidade de aborrecer o erro. O primeiro passo errado tê-los-ia levado a outros, de maneira que, cortada sua ligação com o Céu, eles seriam varridos pela tentação. PR 245.2

“Deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos”, e o pedido para que se não contaminassem foi recebido com respeito. Não obstante o princípio hesitou em concedê-lo. “Tenho medo do meu senhor o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida”, explicou ele a Daniel; “por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que dos mancebos que são vossos iguais? assim arriscareis a minha cabeça para com o rei”. Daniel 1:10. PR 245.3

Daniel apelou então a Aspenaz, o oficial a cujo cargo especial estavam os jovens hebreus, suplicando-lhe fossem eles dispensados de comer o alimento do rei e de beber o seu vinho. Pediu-lhe que fosse feita uma prova de dez dias, durante os quais os jovens hebreus seriam supridos com alimentos simples, enquanto seus companheiros comeriam as delícias do rei. PR 245.4

Aspenaz, embora temeroso de que condescendendo com este pedido pudesse incorrer no desagrado do rei, consentiu não obstante; e Daniel sabia que sua causa estava ganha. Ao fim dos dez dias de prova, o resultado se mostrou o oposto do que o príncipe temia. “Apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do manjar do rei.” Na aparência pessoal os jovens hebreus mostraram marcada superioridade sobre seus companheiros. Como resultado, Daniel e seus companheiros tiveram permissão de continuar com a sua dieta simples em todo o período de sua educação. PR 245.5

Durante três anos, os moços hebreus estudaram para adquirir conhecimento “nas letras e na língua dos caldeus”. Daniel 1:15, 17. Durante este tempo, eles conservaram firme sua submissão a Deus, e constantemente se mostraram dependentes do Seu poder. Aos seus hábitos de abnegação eles uniram o fervor de propósito, a diligência e firmeza. Não foi o orgulho ou ambição que os levou à corte do rei — à companhia dos que não conheciam nem temiam a Deus; eram cativos em terra estranha, aí levados pela Infinita Sabedoria. Separados das influências do lar e de sagradas associações, eles procuraram desempenhar-se de maneira recomendável, para honra de seu povo oprimido, e para glória dAquele de quem eram servos. PR 245.6

O Senhor considerou com aprovação a firmeza e abnegação dos jovens hebreus, e sua pureza de motivos; e Sua bênção os assistiu. Ele lhes “deu o conhecimento e inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”. Daniel 1:17. Cumpriu-se a promessa: “Aos que Me honram honrarei”. 1 Samuel 2:30. Apegando-se Daniel a Deus com inamovível fé, o espírito de poder profético veio sobre ele. Enquanto recebia instruções do homem nos deveres diários da corte, estava sendo ensinado por Deus a ler os mistérios do futuro, e a registrar para as gerações vindouras, mediante figuras e símbolos, eventos que cobrem a história deste mundo até o fim do tempo. PR 246.1

Quando chegou o tempo em que os jovens educandos deviam ser examinados, os hebreus o foram juntamente com outros candidatos, para o serviço do reino. Mas “entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias”. Sua aguda compreensão, seu conhecimento amplo, sua linguagem escolhida e adequada, davam testemunho da inalterada força e vigor de suas faculdades mentais. “Em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino; por isso permaneceram diante do rei”. Daniel 1:19. PR 246.2

Na corte de Babilônia estavam reunidos representantes de todas as terras, homens do mais alto talento e mais ricamente dotados com dons naturais, e possuidores da cultura mais vasta que o mundo poderia oferecer; não obstante entre todos eles os jovens hebreus não tiveram competidor. Em força e beleza física, em vigor mental e dotes literários, não tinham rival. A forma ereta, o passo firme e elástico, a fisionomia agradável, os sentidos lúcidos, o hálito puro — eram todos certificados mais que suficientes de bons hábitos, insígnia da nobreza com que a natureza honra aos que são obedientes a suas leis. PR 246.3

Na aquisição da sabedoria dos babilônios, Daniel e seus companheiros foram muito melhor sucedidos que seus colegas; mas sua cultura não veio por acaso. Eles obtiveram o conhecimento mediante o fiel uso de suas faculdades, sob a guia do Espírito Santo. Colocaram-se em conexão com a Fonte de toda sabedoria, tornando o conhecimento de Deus o fundamento de sua educação. Oraram com fé por sabedoria, e viveram as suas orações. Puseram-se onde Deus poderia abençoá-los. Evitaram o que lhes poderia enfraquecer as faculdades, e aproveitaram toda oportunidade de se tornarem versados em todo ramo do saber. Seguiram as regras da vida que não poderiam falhar em dar-lhes força de intelecto. Procuraram adquirir conhecimento para um determinado propósito — para que pudessem honrar a Deus. Compreenderam que para poderem permanecer como representantes da verdadeira religião em meio das religiões falsas do paganismo, deviam possuir clareza de intelecto e aperfeiçoar o caráter cristão. E o próprio Deus era o seu professor. Orando constantemente, estudando conscienciosamente e mantendo-se em contato com o Invisível, andavam com Deus como andou Enoque. PR 246.4

O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é o resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de Deus, a recompensa da fé e a prudência, da virtude e perseverança. Superiores qualidades mentais e elevado caráter moral não se adquirem por casualidade. Deus dá oportunidades; o êxito depende do uso que delas se fizer. PR 247.1

Enquanto Deus estava operando em Daniel e seus companheiros “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:13), eles estavam operando a sua própria salvação. Nisto está revelado a operação do divino princípio de cooperação, sem o que nenhum verdadeiro sucesso pode ser alcançado. O esforço humano nada realiza sem o divino poder; e sem o empenho humano o esforço divino é em relação a muitos de nenhum proveito. Para tornar a graça de Deus nossa própria, precisamos desempenhar a nossa parte. Sua graça é dada para operar em nós o querer e o efetuar, mas nunca como substituto de nosso esforço. PR 247.2

Assim como o Senhor cooperou com Daniel e seus companheiros, Ele cooperará com todos os que se atêm a Sua vontade. E pela concessão do Seu Espírito Ele fortalecerá cada propósito veraz, cada nobre resolução. Os que andam nos caminhos da obediência encontrarão muitos embaraços. Influências fortes e sutis podem ligá-los ao mundo; mas o Senhor é capaz de tornar sem efeito cada esforço que opere para derrotar os Seus escolhidos; em Sua força eles podem vencer cada tentação, triunfar sobre cada dificuldade. PR 247.3

Deus pôs Daniel e seus companheiros em relação com os grandes homens de Babilônia, para que em meio de uma nação de idólatras pudessem representar o Seu caráter. Como se tornaram eles capacitados para uma posição de tão grande confiança e honra? Foi a fidelidade nas pequenas coisas que lhes deu capacidade para a vida toda. Eles honraram a Deus nos mínimos deveres, bem como nas maiores responsabilidades. PR 247.4

Assim como Deus chamou Daniel para testemunhar por Ele em Babilônia, Ele nos chama para sermos testemunhas Suas no mundo hoje. Tanto nos menores como nos maiores negócios da vida, Ele deseja que revelemos aos homens os princípios do Seu reino. Muitos estão esperando que uma grande obra lhes seja levada, ao mesmo tempo que perdem diariamente oportunidades para revelar fidelidade a Deus. Diariamente deixam de se desincumbir com inteireza de coração dos pequenos deveres da vida. Enquanto esperam por alguma grande obra em que possam exercitar talentos supostamente grandes, satisfazendo assim a ambiciosos anseios, seus dias passam. PR 247.5

Na vida do verdadeiro cristão nada há que não seja essencial; à vista da Onipotência todo dever é importante. O Senhor mede com exatidão cada possibilidade para serviço. As faculdades não usadas são postas na conta da mesma forma que as utilizadas. Seremos julgados por aquilo que devíamos ter feito e não fizemos porque não usamos nossas faculdades para glória de Deus. PR 248.1

Um caráter nobre não é resultado de acidente; não é devido a favores especiais ou dotações da Providência. É o resultado da autodisciplina, da sujeição da natureza mais baixa à mais alta, da entrega do eu ao serviço de Deus e do homem. PR 248.2

Através da fidelidade aos princípios de temperança mostrados pelos jovens hebreus, Deus está falando à juventude de hoje. Há necessidade de homens que, como Daniel, procedam com ousadia pela causa do direito. Corações puros, mãos fortes, coragem destemida, são necessários; pois a luta entre os vício e a virtude reclama incessante vigilância. A cada alma Satanás vem com tentação de formas variadas e sedutoras no ponto da condescendência para com o apetite. PR 248.3

É o corpo um meio muito importante pelo qual a mente e a alma se desenvolvem para a edificação do caráter. Essa é a razão por que o adversário das almas dirige suas tentações no sentido do enfraquecimento e degradação das faculdades físicas. Seu sucesso neste ponto significa muitas vezes a entrega de todo ser ao mal. As tendências da natureza física, a menos que postas sob o domínio de um poder mais alto, seguramente obrarão ruína e morte. O corpo deve ser posto em sujeição às faculdades mais altas do ser. As paixões devem ser controladas pela vontade que, por sua vez, deve ela mesma estar sob o controle de Deus. O régio poder da razão, santificada pela graça divina, deve controlar a vida. Poder intelectual, vigor físico e longevidade dependem de leis imutáveis. Mediante a obediência a essas leis, pode o homem ser um conquistador de si mesmo, conquistador de suas próprias inclinações, conquistador de principados e potestades, dos “príncipes das trevas deste século”, e das “hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efésios 6:12. PR 248.4

No antigo ritual que é o evangelho em símbolo, nenhuma oferta maculada podia ser levada ao altar de Deus. O sacrifício que iria representar a Cristo devia ser sem mancha. A Palavra de Deus aponta para este fato como uma ilustração do que Seus filhos devem ser — um “sacrifício vivo” (Romanos 12:1), “sem mácula, nem ruga”. Efésios 5:27. PR 248.5

Os valorosos hebreus eram homens sujeitos às mesmas paixões que nós; mas não obstante as sedutoras influências da corte de Babilônia, eles permaneceram firmes, porque confiaram num poder infinito. Neles contemplou uma nação pagã a ilustração da bondade e beneficência de Deus e do amor de Cristo. E na sua experiência temos um exemplo do triunfo do princípio sobre a tentação, da pureza sobre a depravação, da devoção e lealdade sobre o ateísmo e a idolatria. PR 249.1

Os jovens de hoje podem ter o espírito de que estava possuído Daniel; eles podem beber na mesma fonte de força, possuir o mesmo poder de domínio próprio, e revelar a mesma graça em sua vida, mesmo sob circunstâncias igualmente desfavoráveis. Embora assediados por tentações a serem condescendentes consigo mesmo, especialmente em nossas grandes cidades, onde toda forma de satisfação sensual se mostra fácil e convidativa, os seus propósitos de honrar a Deus permanecem não obstante firmes pela graça divina. Mediante forte resolução e atenta vigilância podem resistir a cada tentação que assalta a alma. Mas a vitória será ganha unicamente por aquele que se determina fazer o que é direito só porque é direito. PR 249.2

Que carreira foi a desses nobres hebreus Ao dizerem adeus ao lar de sua meninice pouco sonhavam eles com o alto destino que lhes estava reservado. Fiéis e firmes, renderam-se à divina guia, de maneira que por meio deles Deus pôde cumprir Seu propósito. PR 249.3

As mesmas poderosas verdades que foram reveladas através desses homens, Deus deseja revelar por meio de Seus jovens e de Seus filhos hoje. A vida de Daniel e seus companheiros é uma demonstração do que o Senhor fará pelos que a Ele se rendem, e buscam de todo o coração realizar o Seu propósito. PR 249.4

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