Como Instruir e Guardar os Filhos


Dia 238 - Sunday, 25 de August de 2024
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28 min

  • Jó 37-39
  • Sofonias 1-3
  • Mateus 13:44

Jó 37

Ouça o áudio do capítulo:

1 Sobre isto também treme o meu coração, e salta do seu lugar.

2 Atentamente ouvi a indignação da sua voz, e o sonido que sai da sua boca.

3 Ele o envia por debaixo de todos os céus, e a sua luz até aos confins da terra.

4 Depois disto ruge uma voz; ele troveja com a sua voz majestosa; e ele não os detém quando a sua voz é ouvida.

5 Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender.

6 Porque à neve diz: Cai sobre a terra; como também à garoa e à sua forte chuva.

7 Ele sela as mãos de todo o homem, para que conheçam todos os homens a sua obra.

8 E as feras entram nos seus esconderijos e ficam nas suas cavernas.

9 Da recâmara do sul sai o tufão, e do norte o frio.

10 Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas se congelam.

11 Também de umidade carrega as grossas nuvens, e esparge as nuvens com a sua luz.

12 Então elas, segundo o seu prudente conselho, se espalham em redor, para que façam tudo quanto lhes ordena sobre a superfície do mundo na terra.

13 Seja que por vara, ou para a sua terra, ou por misericórdia as faz vir.

14 A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; para, e considera as maravilhas de Deus.

15 Porventura sabes tu como Deus as opera, e faz resplandecer a luz da sua nuvem?

16 Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos?

17 Ou de como as tuas roupas aquecem, quando do sul há calma sobre a terra?

18 Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido?

19 Ensina-nos o que lhe diremos: porque nós nada poderemos pôr em boa ordem, por causa das trevas.

20 Contar-lhe-ia alguém o que tenho falado? Ou desejaria um homem que ele fosse devorado?

21 E agora não se pode olhar para o sol, que resplandece nas nuvens, quando o vento, tendo passado, o deixa limpo.

22 O esplendor de ouro vem do norte; pois, em Deus há uma tremenda majestade.

23 Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça.

24 Por isso o temem os homens; ele não respeita os que se julgam sábios de coração.

Jó 38

Ouça o áudio do capítulo:

1 Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:

2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?

3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.

4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?

6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,

7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?

8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;

9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?

10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,

11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?

12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;

13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;

14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;

15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;

16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?

17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?

18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.

19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;

20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?

21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!

22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,

23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?

24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?

25 Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,

26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;

27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?

28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?

29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?

30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.

31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?

32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?

33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?

34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?

35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?

36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?

37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,

38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?

39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,

40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?

41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

Jó 39

Ouça o áudio do capítulo:

1 Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias?

2 Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?

3 Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores.

4 Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas.

5 Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,

6 Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada?

7 Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor.

8 A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde.

9 Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral?

10 Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti?

11 Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?

12 Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?

13 A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas?

14 Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,

15 E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar.

16 Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,

17 Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento.

18 A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.

19 Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço com crinas?

20 Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.

21 Escarva a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.

22 Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.

23 Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo.

24 Agitando-se e indignando-se, serve a terra, e não faz caso do som da buzina.

25 Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitàes, e o alarido.

26 Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul?

27 Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?

28 Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros.

29 Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.

30 E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela.

Sofonias 1

Ouça o áudio do capítulo:

1 Palavra do SENHOR, que veio a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.

2 Hei de consumir por completo tudo de sobre a terra, diz o Senhor.

3 Consumirei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços juntamente com os ímpios; e exterminarei os homens de sobre a terra, diz o Senhor.

4 E estenderei a minha mão contra Judá, e contra todos os habitantes de Jerusalém, e exterminarei deste lugar o restante de Baal, e o nome dos sacerdotes dos ídolos, juntamente com os sacerdotes;

5 E os que sobre os telhados adoram o exército do céu; e os que se inclinam jurando ao Senhor, e juram por Milcom;

6 E os que deixam de andar em seguimento do Senhor, e os que não buscam ao Senhor, nem perguntam por ele.

7 Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do SENHOR está perto; porque o SENHOR preparou o sacrifício, e santificou os seus convidados.

8 Acontecerá que, no dia do sacrifício do Senhor, castigarei os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de trajes estrangeiros.

9 Castigarei naquele dia todo aquele que salta sobre o limiar, que enche de violência e engano a casa dos seus senhores.

10 E naquele dia, diz o Senhor, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a porta do peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande quebrantamento desde os outeiros.

11 Uivai vós, moradores de Mactes, porque todo o povo que mercadejava está arruinado, todos os que estavam carregados de dinheiro foram destruídos.

12 E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se espessam como a borra do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz o bem nem faz o mal.

13 Por isso serão saqueados os seus bens, e assoladas as suas casas; e edificarão casas, mas não habitarão nelas, e plantarão vinhas, mas não lhes beberão o seu vinho.

14 O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.

15 Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,

16 Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.

17 E angustiarei os homens, que andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne será como esterco.

18 Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do Senhor, mas pelo fogo do seu zelo toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.

Sofonias 2

Ouça o áudio do capítulo:

1 Congregai-vos, sim, congregai-vos, ó nação não desejável;

2 Antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia passe como a pragana; antes que venha sobre vós o furor da ira do Senhor, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor.

3 Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.

4 Porque Gaza será desamparada, e Ascalom assolada; Asdode ao meio-dia será expelida, e Ecrom será desarraigada.

5 Ai dos habitantes da costa do mar, a nação dos quereteus! A palavra do Senhor será contra vós, ó Canaã, terra dos filisteus; e eu vos destruirei, até que não haja morador.

6 E a costa do mar será de pastos e cabanas para os pastores, e currais para os rebanhos.

7 E será a costa para o restante da casa de Judá; ali apascentarão os seus rebanhos; de tarde se deitarão nas casas de Ascalom; porque o Senhor seu Deus os visitará, e os fará tornar do seu cativeiro.

8 Eu ouvi o escárnio de Moabe, e as injuriosas palavras dos filhos de Amom, com que escarneceram do meu povo, e se engrandeceram contra o seu termo.

9 Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, Moabe será como Sodoma, e os filhos de Amom como Gomorra, campo de urtigas e poços de sal, e desolação perpétua; o restante do meu povo os saqueará, e o restante do meu povo os possuirá.

10 Isso terão em recompensa da sua soberba, porque escarneceram, e se engrandeceram contra o povo do Senhor dos Exércitos.

11 O Senhor será terrível para eles, porque emagrecerá todos os deuses da terra; e todos virão adorá-lo, cada um desde o seu lugar, de todas as ilhas dos gentios.

12 Também vós, ó etíopes, sereis mortos com a minha espada.

13 Estenderá também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto.

14 E no meio dela repousarão os rebanhos, todos os animais das nações; e alojar-se-ão nos seus capitéis assim o pelicano como o ouriço; o canto das aves se ouvirá nas janelas; e haverá desolação nos limiares, quando tiver descoberto a sua obra de cedro.

15 Esta é a cidade alegre, que habita despreocupadamente, que diz no seu coração: Eu sou, e não há outra além de mim; como se tornou em desolação, em pousada de animais! Todo o que passar por ela assobiará, e meneará a sua mão.

Sofonias 3

Ouça o áudio do capítulo:

1 Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora!

2 Não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no Senhor; nem se aproximou do seu Deus.

3 Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para a manhã.

4 Os seus profetas são levianos, homens aleivosos; os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei.

5 O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniqüidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; mas o perverso não conhece a vergonha.

6 Exterminei as nações, as suas torres estão assoladas; fiz desertas as suas praças, a ponto de não ficar quem passe por elas; as suas cidades foram destruídas, até não ficar ninguém, até não haver quem as habite.

7 Eu dizia: Certamente me temerás, e aceitarás a correção, e assim a sua morada não seria destruída, conforme tudo aquilo porque a castiguei; mas eles se levantaram de madrugada, corromperam todas as suas obras.

8 Portanto esperai-me, diz o Senhor, no dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo.

9 Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo consenso.

10 Dalém dos rios da Etiópia, meus zelosos adoradores, que constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifício.

11 Naquele dia não te envergonharás de nenhuma das tuas obras, com as quais te rebelaste contra mim; porque então tirarei do meio de ti os que exultam na tua soberba, e tu nunca mais te ensoberbecerás no meu monte santo.

12 Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no nome do Senhor.

13 O remanescente de Israel não cometerá iniqüidade, nem proferirá mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa; mas serão apascentados, e deitar-se-ão, e não haverá quem os espante.

14 Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija- te, e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém.

15 O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum.

16 Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.

17 O Senhor teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.

18 Os entristecidos por causa da reunião solene, congregarei; esses que são de ti e para os quais o opróbrio dela era um peso.

19 Eis que naquele tempo procederei contra todos os que te afligem, e salvarei a que coxeia, e recolherei a que foi expulsa; e deles farei um louvor e um nome em toda a terra em que foram envergonhados.

20 Naquele tempo vos farei voltar, naquele tempo vos recolherei; certamente farei de vós um nome e um louvor entre todos os povos da terra, quando fizer voltar os vossos cativos diante dos vossos olhos, diz o Senhor.

Mateus 13:44

Ouça o áudio do capítulo:

44 Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.

Parábolas de Jesus

Como Instruir e Guardar os Filhos

Ouça o áudio do capítulo:

Do lançamento da semente e do crescimento da planta oriunda da mesma, preciosas lições podem ser ensinadas na família e na escola. Ensine-se às crianças e aos jovens a reconhecerem a atuação de agentes divinos nas coisas naturais, e serão habilitados a alcançar, pela fé, benefícios invisíveis. Chegando a compreender a maravilhosa obra de Deus no provimento das necessidades de Sua grande família, e como poderão ser cooperadores Seus, terão mais fé em Deus, e experimentarão mais de Seu poder na vida diária. PJ 35.4

Por Sua Palavra, Deus criou a semente, como criou a Terra. Por Sua Palavra lhe deu força para crescer e multiplicar-se. Disse: “Produza a Terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a Terra. E assim foi. ... E viu Deus que era bom.” Gênesis 1:11, 12. Essa palavra é que ainda sempre causa a germinação da semente. Cada grão que envia suas verdes hastes para a luz do Sol declara o maravilhoso poder da Palavra pronunciada por Aquele que “falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.” Salmos 33:9. PJ 36.1

Cristo ensinou Seus discípulos a orar: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.” Mateus 6:11. E apontando às flores, dava-lhes esta segurança: “Se Deus assim veste a erva do campo, ... não vos vestirá muito mais a vós?” Mateus 6:30. Cristo está constantemente operando para atender a esta oração e cumprir esta promessa. Um poder invisível está trabalhando continuamente para servir ao homem, para alimentá-lo e vesti-lo. Nosso Senhor emprega muitos meios para fazer da semente, aparentemente desperdiçada, uma planta viva. E supre, em proporção conveniente, tudo quanto é requerido para produzir a colheita. Nas belas palavras do salmista: PJ 36.2

“Tu visitas a Terra e a refrescas; Tu a enriqueces grandemente PJ 36.3

Com o rio de Deus, que está cheio de água; Tu que lhe dás o trigo, quando assim a tens preparada; PJ 36.4

Tu enches de água os seus sulcos, Regulando a sua altura; PJ 36.5

Tu a amoleces com a muita chuva; Tu abençoas as suas novidades; PJ 36.6

Tu coroas o ano da Tua bondade, E as Tuas veredas destilam gordura.” Salmos 65:9-11. PJ 36.7

O mundo material está sob o governo de Deus. A natureza obedece às leis naturais. Tudo fala e atua em harmonia com a vontade de Deus. Nuvem e Sol, orvalho e chuva, vento e tempestade, tudo está sob a superintendência de Deus e presta obediência implícita a Seu mandado. Em obediência à lei ou à vontade do Altíssimo, é que o caulículo da semente rompe pelo solo, “primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga”. Marcos 4:28. A estes, Deus desenvolve em sua estação própria, pois não se opõem à Sua operação. Será que o homem, criado à semelhança de Deus, dotado de raciocínio e linguagem, seja o único indigno de Suas dádivas e desobediente à Sua vontade? Causarão unicamente os seres racionais confusão em nosso mundo? PJ 36.8

Em tudo quanto tende à manutenção do homem vemos a cooperação do esforço Divino e do humano. Não poderá haver colheita, se a mão humana não fizer sua parte no semear a semente. Mas sem as forças naturais, que Deus provê, dando sol e chuva, orvalho e nuvens, não haveria multiplicação. Assim é em todo ramo de trabalho, em todo setor de estudo e Ciência. Assim é no terreno espiritual, na formação do caráter e em toda esfera de serviço cristão. Temos que fazer nossa parte, porém o poder da divindade precisa unir-se ao nosso, pois de outro modo nossos esforços serão inúteis. PJ 37.1

Sempre que o homem realiza alguma coisa, seja espiritual, seja material, deverá reconhecer que somente o consegue pela cooperação do seu Criador. É-nos muitíssimo necessário reconhecer nossa dependência de Deus. Deposita-se demasiada fé nos homens, e confia-se muito nas invenções humanas. Há pouquíssima confiança no poder que Deus está pronto a proporcionar-nos. “Somos cooperadores de Deus.” 1 Coríntios 3:9. Enormemente inferior é a parte do instrumento humano, mas, se estiver ligada à divindade de Cristo, pode fazer todas as coisas pelo poder que Cristo lhe comunica. PJ 37.2

O desenvolvimento gradual da planta contida na semente, é uma lição objetiva na educação das crianças. Tem-se “primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga”. Marcos 4:28. PJ 37.3

Aquele que deu esta parábola, criou a tenra semente, deu-lhe as propriedades vitais e ordenou as leis que lhe governam o crescimento. E as verdades que ensina a parábola tornaram-se uma viva realidade em Sua própria vida. Tanto em Sua natureza física como na espiritual, obedecia à ordem divina do crescimento, ilustrada pela planta, como deseja que todo adolescente faça. Embora fosse a Majestade do Céu, o Rei da glória, tornou-Se uma criancinha em Belém e, durante algum tempo, representou o indefeso menino sob os cuidados da mãe. Na infância, procedia como criança obediente. Falava e agia com a sabedoria de criança e não de homem, honrando os pais, e cumprindo-lhes os desejos em coisas úteis, de acordo com sua aptidão infantil. Mas, em cada fase de Seu desenvolvimento, era perfeito, com a graça simples e natural de uma vida inocente. De Sua infância diz o relatório sagrado: “E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele.” Lucas 2:40. E de Sua juventude, é narrado: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” Lucas 2:52. PJ 37.4

Aqui nos é sugerido o dever dos pais e mestres. Seu empenho deve ser cultivar as tendências dos adolescentes para que em cada fase de sua vida representem a beleza natural apropriada a esse período, desenvolvendo-se naturalmente como as plantas no jardim. PJ 38.1

São mais atrativas as crianças naturais e inocentes. Não é prudente dar-lhes atenção especial, e repetir diante delas suas frases inteligentes. Não se deve animar a vaidade, louvando-lhes a aparência, palavras ou feitos; tampouco devem ser vestidas com roupas caras e vistosas. Isto lhes inspira orgulho e provoca inveja no coração de seus companheiros. PJ 38.2

Os pequenos devem ser educados com simplicidade infantil. Cumpre serem exercitados a contentar-se com os pequenos e úteis deveres, e com os prazeres e experiências próprios da sua idade. A infância corresponde à erva da parábola, e a erva tem em si uma beleza peculiar. Não se deve obrigá-los à maturidade precoce, mas conservar-lhes, tanto quanto possível, o frescor e graça dos seus primeiros anos. PJ 38.3

Podem as criancinhas ser cristãs, tendo uma experiência de acordo com sua idade. Isto é tudo quanto Deus delas espera. Necessitam de ser educadas nas coisas espirituais; e os pais devem dar-lhes toda oportunidade para que formem caráter semelhante ao de Cristo. PJ 38.4

Nas leis de Deus na natureza, o efeito segue à causa com certeza infalível. A colheita testificará do que foi a sementeira. O obreiro negligente é condenado por sua obra. A sega dá testemunho contra ele. Assim é nas coisas espirituais: a fidelidade de cada obreiro é medida pelos resultados do trabalho. O caráter de sua obra, quer diligente quer lerdo, é revelado pela colheita. Assim é decidido o seu destino para a eternidade. PJ 38.5

Toda semente lançada produz uma colheita segundo sua espécie. O mesmo se dá na vida humana. Necessitamos todos, lançar as sementes da compaixão, simpatia e amor; porque o que semearmos isso colheremos. Toda característica de egoísmo, amor-próprio, presunção, todo ato de condescendência consigo mesmo produzirá fruto semelhante. Aquele que vive para si, está semeando na carne, e da carne brotará corrupção. PJ 38.6

Deus não destrói a ninguém. Todo aquele que for destruído ter-se-á destruído a si mesmo. Todo aquele que sufoca as admoestações da consciência está lançando as sementes da incredulidade, e estas produzirão uma colheita certa. Rejeitando a primeira advertência de Deus, Faraó, na antiguidade, semeou as sementes da obstinação, e colheu obstinação. Deus não o compeliu a descrer. A semente de incredulidade que lançou, produziu uma colheita de sua espécie. Assim, sua resistência continuou até contemplar o seu país devastado, o gélido cadáver de seu primogênito, e o primogênito de toda a sua casa, e de todas as famílias de seu reino, até que as águas do mar lhe submergiram os cavalos, carros e guerreiros. Sua história é uma ilustração tenebrosa da verdade das palavras, “tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6:7. Se tão-somente reconhecessem os homens isso, seriam cautelosos com a semente que lançam. PJ 39.1

À medida que a semente espalhada produz uma colheita, e esta por sua vez é semeada, a seara se multiplica. Essa lei é também verdadeira em relação com as pessoas. Cada ato, cada palavra é uma semente que produzirá fruto. Cada ato de meditada bondade, de obediência ou de renúncia, se reproduzirá em outros, e por eles ainda em terceiros. Do mesmo modo cada ato de inveja, malícia ou dissensão, é uma semente que brotará em “raiz de amargura” (Hebreus 12:15), pela qual muitos serão contaminados. E quanto maior número envenenarão os “muitos”! Assim a sementeira do bem e do mal prossegue para o tempo e a eternidade. PJ 39.2

Liberalidade tanto em assuntos espirituais quanto temporais, é ensinada na lição da semeadura. O Senhor diz: “Bem-aventurados vós, que semeais sobre todas as águas.” Isaías 32:20. “Digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” 2 Coríntios 9:6. Semear sobre todas as águas significa uma contínua distribuição das dádivas de Deus. Significa dar onde quer que a causa de Deus ou as necessidades da humanidade exigirem nosso auxílio. Isso não levará à pobreza. “O que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” O semeador multiplica a semente lançando-a fora. Assim é com aqueles que são fiéis no distribuir as dádivas de Deus. Repartindo, aumentam suas bênçãos. Deus lhes prometeu suficiência para que possam continuar a dar. “Dai, e ser-vos — á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.” Lucas 6:38. PJ 39.3

E mais do que isso está envolvido no semear e ceifar. Distribuindo as bênçãos temporais de Deus, a evidência de nosso amor e simpatia desperta, no que recebe, gratidão e ações de graças a Ele. O solo do coração é preparado para receber a semente da verdade espiritual. E Aquele que provê a semente ao semeador, fará com que a semente germine e produza fruto para a vida eterna. PJ 40.1

Pelo lançar da semente no solo, Cristo representa Seu sacrifício por nossa redenção. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer”, disse, “fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.” João 12:24. Assim a morte de Cristo resultará em fruto para o reino de Deus. De acordo com a lei do reino vegetal, vida será o resultado de Sua morte. PJ 40.2

E todos os que quiserem produzir fruto como coobreiros de Cristo, precisam cair na terra e morrer. A vida precisa ser lançada no sulco da necessidade do mundo. O amor-próprio e o próprio interesse têm que perecer. Mas a lei do sacrifício próprio é a lei da própria preservação. A semente sepultada no solo produz fruto, e este, por sua vez, é plantado. Assim se multiplica a seara. O lavrador preserva a sua semente, lançando-a fora. Deste modo, na vida humana dar é viver. A vida que será preservada é a que é entregue liberalmente ao serviço de Deus e do homem. Os que pela causa de Cristo sacrificam a vida neste mundo, conservá-la-ão para a eternidade. PJ 40.3

A semente morre para ressurgir em nova vida, e nisto nos é dada a lição da ressurreição. Todos os que amam a Deus reviverão no Éden celestial. Do corpo humano posto na cova para ser reduzido a pó, disse Deus: “Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.” 1 Coríntios 15:42, 43. PJ 40.4

Tais são algumas das muitas lições ensinadas pela viva parábola do semeador e da semente na natureza. Procurem os pais e mestres ensinar estas lições, de modo prático. Preparem as crianças mesmas o solo e semeiem a semente. Enquanto trabalham, o pai ou mestre pode falar sobre o jardim do coração semeado com a boa ou má semente, e que assim como o jardim precisa ser preparado para a semente natural, o coração precisa ser preparado para a semente da verdade. Enquanto lançam ao solo a semente, podem ensinar a lição da morte de Cristo; e, brotando o renovo, a verdade da ressurreição. Crescendo a planta, pode ser continuada a relação entre o semear natural e o espiritual. PJ 40.5

A juventude deve ser instruída de maneira idêntica. Deve ser ensinada a lavrar o solo. Será bom que, ligadas com cada escola, haja terras para cultivo. Esses terrenos devem ser considerados a sala de aulas do próprio Deus. As coisas da natureza devem ser contempladas como sendo o manual que Seus filhos devem estudar, do qual podem obter conhecimento quanto ao cultivo da mente. PJ 41.1

Preparando o solo, lavrando a terra, podem aprender-se constantemente lições. Ninguém pensaria em estabelecer-se em terreno agreste esperando que produzisse imediatamente uma colheita. Esforço, diligência e trabalho perseverante devem ser empregados no tratamento do solo preparatório para a semeadura. Assim é com a obra espiritual no coração humano. Os que quiserem ser beneficiados pelo cultivo do solo, precisam sair com a Palavra de Deus no coração. Acharão o solo árido do coração sulcado pela influência branda e enternecedora do Espírito Santo. A não ser que se empregue trabalho árduo no solo, ele não produzirá frutos. O mesmo se dá com o solo do coração: o Espírito de Deus precisa nele operar para refiná-lo e discipliná-lo antes de poder produzir fruto para a glória de Deus. PJ 41.2

A terra não produzirá suas riquezas quando lavrada esporadicamente. Necessita de cuidado meditado e diário. Precisa ser arada freqüente e profundamente com o objetivo de evitar as ervas daninhas que roubam a nutrição da boa semente plantada. Assim os que lavram e semeiam, preparam para a ceifa. Ninguém necessita permanecer no campo entre as ruínas de suas esperanças. PJ 41.3

A bênção do Senhor repousará sobre os que assim preparam a terra, aprendendo da natureza lições espirituais. Cultivando o solo, o obreiro mal sabe que tesouros serão descobertos diante dele. Conquanto não deva desprezar a instrução que lhe é possível colher das mentes experimentadas e da informação que homens inteligentes têm para fornecer, deve colher lições por si mesmo. Isso é parte de sua instrução. O cultivo do solo provar-se-á uma educação para o caráter. Aquele que faz a semente crescer, que a mantém dia e noite, que lhe confere a capacidade de desenvolver-se, é o Autor de nosso ser, o Soberano do Céu que exerce ainda maior cuidado e interesse em favor de Seus filhos. Ao passo que o semeador humano lança a semente para sustentar-nos a vida terrena, o Semeador divino implantará no coração a semente que produzirá fruto para a vida eterna. PJ 41.4

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