A Verdadeira Grandeza
- 1 Crônicas 12 e 13
- Daniel 4
1 Crônicas 12
Ouça o áudio do capítulo:
1 Estes, porém, são os que vieram a Davi, a Ziclague, estando ele ainda escondido, por causa de Saul, filho de Quis; e eram dos valentes que o ajudaram na guerra.
2 Estavam armados de arco, e usavam tanto da mão direita como da esquerda em atirar pedras e em atirar flechas com o arco; eram dos irmãos de Saul, benjamitas.
3 Aiezer, o chefe, e Joás, filho de Semaa, o gibeatita, e Jeziel e Pelete, filhos de Azmavete; e Beraca, e Jeú, o anatotita,
4 E Ismaías, o gibeonita, valente entre os trinta, líder deles; e Jeremias, e Jaaziel, e Joanã, e Jozabade, o gederatita,
5 Eluzai, e Jerimote, e Bealias, e Samarias, e Sefatias, o harufita,
6 Elcana, Issias, Azarel, Joezer, e Jasobeão, os coraítas,
7 E Joela, e Zabadias, filhos de Jeroão de Gedor.
8 E dos gaditas se desertaram para Davi, ao lugar forte no deserto, valentes, homens de guerra para pelejar, armados com escudo e lança; e seus rostos eram como rostos de leões, e ligeiros como corças sobre os montes:
9 Ezer, o primeiro; Obadias, o segundo; Eliabe, o terceiro;
10 Mismana, o quarto; Jeremias, o quinto;
11 Atai, o sexto; Eliel, o sétimo;
12 Joanã, o oitavo; Elzabade, o nono;
13 Jeremias, o décimo; Macbanai, o undécimo;
14 Estes, dos filhos de Gade, foram os capitães do exército; o menor tinha o encargo de cem homens e o maior de mil.
15 Estes são os que passaram o Jordão no primeiro mês, quando ele transbordava por todas as suas ribanceiras, e fizeram fugir a todos os dos vales ao oriente e ao ocidente.
16 Também alguns dos filhos de Benjamim e de Judá vieram a Davi, ao lugar forte.
17 E Davi lhes saiu ao encontro, e lhes falou, dizendo: Se vós vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco; porém, se é para me entregar aos meus inimigos, sem que haja deslealdade nas minhas mãos, o Deus de nossos pais o veja e o repreenda.
18 Então veio o espírito sobre Amasai, chefe de trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi, e contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz contigo, e paz com quem te ajuda, pois que teu Deus te ajuda. E Davi os recebeu, e os fez capitães das tropas.
19 Também de Manassés alguns passaram para Davi, quando veio com os filisteus para a batalha contra Saul; todavia Davi não os ajudou, porque os príncipes dos filisteus, tendo feito conselho, o despediram, dizendo: À custa de nossas cabeças passará a Saul, seu senhor.
20 Voltando ele, pois, a Ziclague, passaram-se para ele, de Manassés, Adna, Jozabade, Jediael, Micael, Jozabade, Eliú, e Ziletai, capitães de milhares dos de Manassés.
21 E estes ajudaram a Davi contra aquela tropa, porque todos eles eram heróis poderosos, e foram capitães no exército.
22 Porque naquele tempo, dia após dia, vinham a Davi para o ajudar, até que se fez um grande exército, como o exército de Deus.
23 Ora este é o número dos chefes armados para a peleja, que vieram a Davi em Hebrom, para transferir a ele o reino de Saul, conforme a palavra do Senhor.
24 Dos filhos de Judá, que traziam escudo e lança, seis mil e oitocentos, armados para a peleja;
25 Dos filhos de Simeão, homens poderosos para pelejar, sete mil e cem;
26 Dos filhos de Levi, quatro mil e seiscentos.
27 Joiada, que era o líder dos de Arão, e com ele três mil e setecentos.
28 E Zadoque, sendo ainda jovem, homem poderoso, com vinte e dois capitães da família de seu pai;
29 E dos filhos de Benjamim, irmãos de Saul, três mil; porque até então havia ainda muitos deles que eram pela casa de Saul.
30 E dos filhos de Efraim, vinte mil e oitocentos homens poderosos, homens de nome nas casas de seus pais.
31 E da meia tribo de Manassés, dezoito mil, que foram apontados pelos seus nomes para virem fazer rei a Davi.
32 E dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, e todos os seus irmãos seguiam suas ordens.
33 De Zebulom, dos que podiam sair no exército, cinqüenta mil ordenados para a peleja com todas as armas de guerra; como também destros para ordenarem uma batalha, e não eram de coração dobre.
34 E de Naftali, mil capitães, e com eles trinta e sete mil com escudo e lança.
35 E dos danitas, ordenados para a peleja, vinte e oito mil e seiscentos.
36 E de Aser, dos que podiam sair no exército, para ordenarem a batalha, quarenta mil.
37 E do outro lado do Jordão, dos rubenitas e gaditas, e da meia tribo de Manassés, com toda a sorte de instrumentos de guerra para pelejar, cento e vinte mil.
38 Todos estes homens de guerra, postos em ordem de batalha, vieram a Hebrom, com corações decididos, para constituírem a Davi rei sobre todo o Israel; e também todo o restante de Israel tinha o mesmo coração para constituir a Davi rei.
39 E estiveram ali com Davi três dias, comendo e bebendo; porque seus irmãos lhes tinham preparado as provisões.
40 E também seus vizinhos de mais perto, até Issacar, e Zebulom, e Naftali, trouxeram, sobre jumentos, e sobre camelos, e sobre mulos, e sobre bois, pão, provisões de farinha, pastas de figos e cachos de passas, e vinho, e azeite, e bois, gado miúdo em abundância; porque havia alegria em Israel.
1 Crônicas 13
Ouça o áudio do capítulo:
1 E Davi tomou conselho com os capitães dos milhares, e das centenas, e com todos os líderes.
2 E disse Davi a toda a congregação de Israel: Se bem vos parece, e se isto vem do Senhor nosso Deus, enviemos depressa mensageiros a todos os nossos outros irmãos em todas as terras de Israel, e aos sacerdotes, e aos levitas nas suas cidades e nos seus arrabaldes, para que se reúnam conosco;
3 E tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque não a buscamos nos dias de Saul.
4 Então disse toda a congregação que se fizesse assim; porque este negócio pareceu reto aos olhos de todo o povo.
5 Convocou, pois, Davi a todo o Israel desde Sior do Egito até chegar a Hamate; para trazer a arca de Deus de Quiriate-Jearim.
6 E então Davi com todo o Israel subiu a Baalá de Quiriate-Jearim, que está em Judá, para fazer subir dali a arca de Deus, o Senhor que habita entre os querubins, sobre a qual é invocado o seu nome.
7 E levaram a arca de Deus, da casa de Abinadabe, sobre um carro novo; e Uzá e Aiô guiavam o carro.
8 E Davi e todo o Israel, alegraram-se perante Deus com todas as suas forças; com cânticos, e com harpas, e com saltérios, e com tamborins, e com címbalos, e com trombetas.
9 E, chegando à eira de Quidom, estendeu Uzá a sua mão, para segurar a arca, porque os bois tropeçavam.
10 Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus.
11 E Davi se encheu de tristeza porque o Senhor havia aberto brecha em Uzá; pelo que chamou aquele lugar Perez-Uzá, até ao dia de hoje.
12 E aquele dia temeu Davi a Deus, dizendo: Como trarei a mim a arca de Deus?
13 Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu.
14 Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tinha.
Daniel 4
Ouça o áudio do capítulo:
1 Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio.
5 Tive um sonho, que me espantou; e estando eu na minha cama, as imaginações e as visões da minha cabeça me turbaram.
6 Por isso expedi um decreto, para que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7 Então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores, e eu contei o sonho diante deles; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
8 Mas por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9 Beltessazar, mestre dos magos, pois eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
10 Eis, pois, as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: Eu estava assim olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11 Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra.
12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela.
13 Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,
14 Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15 Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra;
16 Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.
17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e esta ordem por mandado dos santos, a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens constitui sobre ele.
18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação, porque todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a sua interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por uma hora, e os seus pensamentos o turbavam; falou, pois, o rei, dizendo: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, dizendo: Senhor meu, seja o sonho contra os que te têm ódio, e a sua interpretação aos teus inimigos.
20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até ao céu, e que foi vista por toda a terra;
21 Cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual moravam os animais do campo, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;
22 És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra.
23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizia: Cortai a árvore, e destruí-a, mas o tronco com as suas raízes deixai na terra, e atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos;
24 Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor:
25 Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26 E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
28 Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
29 Ao fim de doze meses, quando passeava no palácio real de babilônia,
30 Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?
31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.
32 E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
33 Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pêlo, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.
34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
35 E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?
36 No mesmo tempo tornou a mim o meu entendimento, e para a dignidade do meu reino tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; e buscaram-me os meus conselheiros e os meus senhores; e fui restabelecido no meu reino, e a minha glória foi aumentada.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Profetas e Reis
A Verdadeira Grandeza
Ouça o áudio do capítulo:
Este capítulo é baseado em Daniel 4.
Daniel 4
1 Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio.
5 Tive um sonho, que me espantou; e estando eu na minha cama, as imaginações e as visões da minha cabeça me turbaram.
6 Por isso expedi um decreto, para que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7 Então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores, e eu contei o sonho diante deles; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
8 Mas por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9 Beltessazar, mestre dos magos, pois eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
10 Eis, pois, as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: Eu estava assim olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11 Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra.
12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela.
13 Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,
14 Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15 Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra;
16 Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.
17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e esta ordem por mandado dos santos, a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens constitui sobre ele.
18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação, porque todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a sua interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por uma hora, e os seus pensamentos o turbavam; falou, pois, o rei, dizendo: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, dizendo: Senhor meu, seja o sonho contra os que te têm ódio, e a sua interpretação aos teus inimigos.
20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até ao céu, e que foi vista por toda a terra;
21 Cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual moravam os animais do campo, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;
22 És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra.
23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizia: Cortai a árvore, e destruí-a, mas o tronco com as suas raízes deixai na terra, e atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos;
24 Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor:
25 Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26 E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
28 Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
29 Ao fim de doze meses, quando passeava no palácio real de babilônia,
30 Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?
31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.
32 E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
33 Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pêlo, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.
34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
35 E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?
36 No mesmo tempo tornou a mim o meu entendimento, e para a dignidade do meu reino tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; e buscaram-me os meus conselheiros e os meus senhores; e fui restabelecido no meu reino, e a minha glória foi aumentada.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Exaltado ao pináculo da honra mundana, e reconhecido mesmo pela Inspiração como “rei dos reis” (Ezequiel 26:7), Nabucodonosor não obstante algumas vezes tinha atribuído ao favor de Jeová a glória do seu reino e o esplendor do seu reinado. Este foi o caso quando do seu sonho da grande imagem. Seu espírito havia sido profundamente influenciado por esta visão, e pelo pensamento de que o império babilônico, embora universal, devia finalmente cair, e outros reinos haveriam de dominar, até que afinal todos os poderes da Terra fossem substituídos pelo reino a ser estabelecido pelo Deus do Céu, sendo que esse reino não seria jamais destruído. PR 262.1
Ezequiel 26:7
7 Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, desde o norte, trarei contra Tiro a Nabucodonosor, rei de babilônia, o rei dos reis, com cavalos, e com carros, e com cavaleiros, e companhias, e muito povo.
A nobre concepção que Nabucodonosor tinha dos propósitos de Deus no tocante às nações fora perdido de vista posteriormente em sua experiência; e quando o seu orgulhoso espírito foi humilhado aos olhos da multidão no campo de Dura, ele uma vez mais reconheceu que o reino de Deus é “um reino eterno, e o Seu domínio de geração em geração”. Idólatra por nascimento e educação, e cabeça de um povo idólatra, tinha ele contudo um inato senso da justiça e do direito, e Deus podia usá-lo como instrumento na punição dos rebeldes e para o cumprimento do propósito divino. Como um dos “mais formidáveis dentre as nações” (Ezequiel 28:7), foi dado a Nabucodonosor, após anos de paciência e infatigável labor, conquistar Tiro; o Egito também caiu presa de seus exércitos vitoriosos; e ao acrescentar ele nação após nação ao domínio babilônico, mais e mais cresceu a sua fama como o maior governante do século. PR 262.2
Ezequiel 28:7
7 Por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.
Não surpreende que o bem-sucedido monarca, tão ambicioso e de espírito tão exaltado, fosse tentado a desviar-se do caminho da humildade, o único que leva à verdadeira grandeza. Nos intervalos de suas guerras de conquista, dedicou-se muito a embelezar e fortificar sua capital, até que afinal a cidade de Babilônia se tornou a principal glória do seu reino, “a cidade dourada” (Isaías 14:4), o louvor de toda a Terra. Sua paixão como construtor, e seu assinalado sucesso em tornar Babilônia uma das maravilhas do mundo, trabalharam o seu orgulho, até que ele esteve no grave perigo de despojar o seu registro do fato de ser um sábio rei a quem Deus poderia usar como instrumento para executar o propósito divino. PR 262.3
Isaías 14:4
4 Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!
Em misericórdia Deus deu ao rei outro sonho, para adverti-lo do perigo em que estava, e do engano a que tinha sido levado para sua ruína. Numa visão da noite, foi mostrado a Nabucodonosor uma grande árvore que crescia no meio da Terra, cujo topo alcançava o céu, e seus ramos se estendiam até as extremidades da Terra. Animais dos campos e montanhas se abrigavam sob sua sombra, e as aves do céu construíam ninhos em seus ramos. “A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos; [...] e toda carne se mantinha dela”. Daniel 4:12. PR 262.4
Daniel 4:12
12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela.
Estando o rei a contemplar a árvore altaneira, viu ele que “um vigia, um santo” (Daniel 4:13), se aproximou da árvore, e em alta voz clamou: PR 263.1
Daniel 4:13
13 Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,
“Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves dos seus ramos. Mas o tronco, com as suas raízes, deixai na terra e, com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais na grama da terra. Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e seja-lhe dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos. Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles”. Daniel 4:14-17. PR 263.2
Daniel 4:14-17
14 Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15 Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra;
16 Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.
17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e esta ordem por mandado dos santos, a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens constitui sobre ele.
Grandemente perturbado pelo sonho, que era evidentemente uma predição de adversidade, o rei repetiu-o para “os magos, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores” (Daniel 4:7), mas embora o sonho fosse muito explícito, nenhum dos sábios pôde interpretá-lo. PR 263.3
Daniel 4:7
7 Então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores, e eu contei o sonho diante deles; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
Uma vez mais nessa nação idólatra devia ser dado testemunho do fato de que unicamente aqueles que amam e temem a Deus podem compreender os mistérios do reino do Céu. O rei em sua perplexidade mandou em busca de seu servo Daniel, homem estimado por sua integridade e constância e por sua inigualada sabedoria. PR 263.4
Quando Daniel, em resposta à convocação real, apresentou-se ante o rei, Nabucodonosor disse: “Beltessazar, príncipe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum segredo te é difícil; dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação”. Daniel 4:9. Após relatar o sonho, Nabucodonosor disse: “Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação; todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos”. Daniel 4:18. PR 263.5
Daniel 4:9
9 Beltessazar, mestre dos magos, pois eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
Daniel 4:18
18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação, porque todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a sua interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
Para Daniel o significado do sonho foi claro, e este significado o alarmou. Ele “esteve atônito quase uma hora, e os seus pensamentos o turbavam”. Percebendo a hesitação e angústia de Daniel, o rei manifestou simpatia por seu servo. “Beltessazar”, disse ele, “não te espante o sonho, nem a sua interpretação.” PR 263.6
“Senhor meu”, respondeu Daniel, “o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos”. Daniel 4:19. O profeta compreendeu que sobre ele tinha Deus colocado o solene dever de revelar a Nabucodonosor o juízo que estava para lhe sobrevir em virtude de seu orgulho e arrogância. Daniel precisava interpretar o sonho em linguagem que o rei pudesse compreender; e embora o seu terrível conteúdo o tivesse feito hesitar em muda estupefação, ele tinha que dizer a verdade, fossem quais fossem as conseqüências para si. PR 263.7
Daniel 4:19
19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por uma hora, e os seus pensamentos o turbavam; falou, pois, o rei, dizendo: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, dizendo: Senhor meu, seja o sonho contra os que te têm ódio, e a sua interpretação aos teus inimigos.
Então Daniel deu a conhecer o mandado do Todo-poderoso. “A árvore que viste”, disse ele, “que cresceu e se fez forte, cuja altura chegava até ao céu, e que foi vista por toda a Terra; cujas folhas eram formosas, e o seu fruto, abundante, e em que para todos havia mantimento; debaixo da qual moravam os animais do campo, e em cujos ramos habitavam as aves do céu, és tu, ó rei, que cresceste e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu e chegou até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da Terra. PR 264.1
“E, quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas o tronco, com as suas raízes, deixai na terra e, com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos, esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor: serás tirado de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. E, quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o Céu reina”. Daniel 4:20-26. PR 264.2
Daniel 4:20-26
20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até ao céu, e que foi vista por toda a terra;
21 Cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual moravam os animais do campo, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;
22 És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra.
23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizia: Cortai a árvore, e destruí-a, mas o tronco com as suas raízes deixai na terra, e atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos;
24 Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor:
25 Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26 E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
Havendo interpretado fielmente o sonho, Daniel apelou ao orgulhoso monarca para que se arrependesse e voltasse para Deus, para que pelo reto proceder ele pudesse desviar a calamitosa ameaça. “Ó rei”, suplicou o profeta, “aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniqüidades, usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranqüilidade”. Daniel 4:27. PR 264.3
Daniel 4:27
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
Por algum tempo a impressão da advertência e o conselho do profeta exerceu forte influência sobre Nabucodonosor; mas o coração não transformado pela graça de Deus logo perde as impressões do Espírito Santo. A condescendência própria e ambição não haviam ainda sido erradicadas do coração do rei, e esses traços mais tarde reapareceram. Não obstante a instrução tão graciosamente dada, e as advertências da passada experiência, Nabucodonosor permitiu-se ser controlado pelo espírito de ciúmes em relação aos reinos que se deviam seguir. Seu governo, que até então havia sido em grande medida justo e misericordioso, tornou-se opressor. Endurecendo o seu coração, ele usou os talentos que Deus lhe dera para a glorificação de si mesmo, exaltando-se acima do Deus que lhe dera vida e poder. PR 264.4
Por meses, o juízo de Deus foi retardado. Mas em vez de ser levado ao arrependimento por esta tolerância, o rei acariciou o seu orgulho até que perdeu a confiança na interpretação do sonho, e riu de seus antigos temores. PR 264.5
Um ano depois que havia recebido a advertência, andando Nabucodonosor a passear em seu palácio, e pensando com orgulho sobre o seu poder como governante e sobre o seu sucesso como edificador, exclamou: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?” Daniel 4:30. PR 265.1
Daniel 4:30
30 Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?
Enquanto a jactanciosa declaração estava ainda nos lábios do rei, uma voz do céu anunciou que o tempo indicado por Deus para o juízo havia chegado. Em seus ouvidos caiu o mandado de Jeová: “A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer”. Daniel 4:31, 32. PR 265.2
Daniel 4:31, 32
31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.
32 E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
Num momento a razão que Deus lhe havia dado foi tirada; o discernimento que o rei julgada perfeito, a sabedoria de que ele se orgulhava, foram removidos, e o até então poderoso governante tornou-se de momento um maníaco. Sua mão não pôde mais suster o cetro. As mensagens de advertência haviam sido desatendidas; agora, destituído do poder que o seu Criador lhe havia dado, e expulso dentre os homens, Nabucodonosor “passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves”. Daniel 4:33. PR 265.3
Daniel 4:33
33 Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pêlo, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.
Durante sete anos Nabucodonosor foi um espanto para todos os seus súditos; por sete anos foi humilhado perante todo o mundo. Então sua razão foi restaurada, e levantando os olhos em humildade ao Deus do Céu, ele reconheceu a mão divina no seu castigo. Numa proclamação pública ele admitiu a sua culpa, e a grande misericórdia de Deus em sua restauração. “Ao fim daqueles dias”, ele disse, “eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da Terra são por Ele reputados em nada; e segundo a Sua vontade, Ele opera com o exército do Céu e os moradores da Terra; não há quem Lhe possa deter a mão, nem Lhe dizer: Que fazes? PR 265.4
“Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza”. Daniel 4:34-36. PR 265.5
Daniel 4:34-36
34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
35 E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?
36 No mesmo tempo tornou a mim o meu entendimento, e para a dignidade do meu reino tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; e buscaram-me os meus conselheiros e os meus senhores; e fui restabelecido no meu reino, e a minha glória foi aumentada.
O outrora orgulhoso rei tinha-se tornado um humilde filho de Deus; o governante tirânico e opressor tornara-se um rei sábio e compassivo. Aquele que tinha desafiado o Deus do Céu e dEle blasfemado, reconhecia agora o poder do Altíssimo, e fervorosamente procurou promover o temor de Jeová e a felicidade dos seus súditos. Sob a repreensão dAquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, Nabucodonosor tinha afinal aprendido a lição que todos os reis precisam aprender — de que a verdadeira grandeza consiste na verdadeira bondade. Ele reconheceu a Jeová como o Deus vivo, dizendo: “Eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do Céu, porque todas as Suas obras são verdadeiras, e os Seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba”. Daniel 4:37. PR 265.6
Daniel 4:37
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
O propósito de Deus de que o maior reino do mundo mostrasse o Seu louvor, estava agora cumprido. Esta proclamação pública, em que Nabucodonosor reconhecia a misericórdia, bondade e autoridade de Deus, foi o último ato de sua vida registrado na história sacra. PR 266.1