As Bençãos e as Maldições


Dia 53 - Thursday, 22 de February de 2024
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27 min

Josué 8

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então disse o SENHOR a Josué: Não temas, e não te espantes; toma contigo toda a gente de guerra, e levanta-te, sobe a Ai; olha que te tenho dado na tua mão o rei de Ai e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.

2 Farás, pois, a Ai e a seu rei, como fizeste a Jericó, e a seu rei; salvo que, para vós, tomareis os seus despojos, e o seu gado; põe emboscadas à cidade, por detrás dela.

3 Então Josué levantou-se, e toda a gente de guerra, para subir contra Ai; e escolheu Josué trinta mil homens valorosos, e enviou-os de noite.

4 E deu-lhes ordem, dizendo: Olhai! Ponde-vos de emboscadas contra a cidade, por detrás dela; não vos alongueis muito da cidade; e estai todos vós atentos.

5 Porém eu e todo o povo que está comigo nos aproximaremos da cidade; e será que, quando nos saírem ao encontro, como antes, fugiremos diante deles.

6 Deixai-os, pois, sair atrás de nós, até que os tiremos da cidade; porque dirão: Fogem diante de nós como antes. Assim fugiremos diante deles.

7 Então saireis vós da emboscada, e tomareis a cidade; porque o Senhor vosso Deus vo-la dará nas vossas mãos.

8 E será que tomando vós a cidade, pôr-lhe-eis fogo; conforme a palavra do Senhor fareis; olhai que vo-lo tenho mandado.

9 Assim Josué os enviou, e eles se foram à emboscada; e ficaram entre Betel e Ai, ao ocidente de Ai; porém Josué passou aquela noite no meio do povo.

10 E levantou-se Josué de madrugada, e contou o povo; e subiram ele e os anciãos de Israel adiante do povo contra Ai.

11 E subiram também todos os homens de guerra, que estavam com ele; e aproximaram-se, e chegaram defronte da cidade; e alojaram-se do lado norte de Ai, e havia um vale entre eles e Ai.

12 Tomou também uns cinco mil homens, e pô-los de emboscada entre Betel e Ai, ao ocidente da cidade.

13 E puseram o povo, todo o arraial que estava ao norte da cidade, e a emboscada ao ocidente da cidade; e foi Josué aquela noite até ao meio do vale.

14 E sucedeu que, vendo-o o rei de Ai, ele e todo o seu povo se apressaram, e se levantaram de madrugada, e os homens da cidade saíram ao encontro de Israel ao combate, ao tempo determinado, defronte das campinas; porém ele não sabia que se achava uma emboscada contra ele atrás da cidade.

15 Josué, pois, e todo o Israel se houveram como feridos diante deles, e fugiram pelo caminho do deserto.

16 Por isso todo o povo, que estava na cidade, foi convocado para os seguir; e seguiram a Josué e foram afastados da cidade.

17 E nem um só homem ficou em Ai, nem em Betel, que não saísse após Israel; e deixaram a cidade aberta, e seguiram a Israel.

18 Então o Senhor disse a Josué: Estende a lança que tens na tua mão, para Ai, porque a darei na tua mão. E Josué estendeu a lança, que estava na sua mão, para a cidade.

19 Então a emboscada se levantou apressadamente do seu lugar, e, estendendo ele a sua mão, correram e entraram na cidade, e a tomaram; e apressando-se, puseram fogo na cidade.

20 E virando-se os homens de Ai para trás, olharam, e eis que a fumaça da cidade subia ao céu, e não puderam fugir nem para uma parte nem para outra, porque o povo, que fugia para o deserto, se tornou contra os que os seguiam.

21 E vendo Josué e todo o Israel que a emboscada tomara a cidade, e que a fumaça da cidade subia, voltaram, e feriram os homens de Ai.

22 Também aqueles da cidade lhes saíram ao encontro, e assim ficaram no meio dos israelitas, uns de uma, e outros de outra parte; e feriram-nos, até que nenhum deles sobreviveu nem escapou.

23 Porém ao rei de Ai tomaram vivo, e o trouxeram a Josué.

24 E sucedeu que, acabando os israelitas de matar todos os moradores de Ai no campo, no deserto, onde os tinham seguido, e havendo todos caído ao fio da espada, até serem consumidos, todo o Israel se tornou a Ai e a feriu ao fio de espada.

25 E todos os que caíram aquele dia, assim homens como mulheres, foram doze mil, todos moradores de Ai.

26 Porque Josué não retirou a sua mão, que estendera com a lança, até destruir totalmente a todos os moradores de Ai.

27 Tão-somente os israelitas tomaram para si o gado e os despojos da cidade, conforme à palavra do Senhor, que tinha ordenado a Josué.

28 Queimou, pois, Josué a Ai e a tornou num montão perpétuo, em ruínas, até ao dia de hoje.

29 E ao rei de Ai enforcou num madeiro, até à tarde; e ao pôr do sol ordenou Josué que o seu corpo fosse tirado do madeiro; e o lançaram à porta da cidade, e levantaram sobre ele um grande montão de pedras, até o dia de hoje.

30 Então Josué edificou um altar ao Senhor Deus de Israel, no monte Ebal.

31 Como Moisés, servo do Senhor, ordenara aos filhos de Israel, conforme ao que está escrito no livro da lei de Moisés, a saber: um altar de pedras inteiras, sobre o qual não se moverá instrumento de ferro; e ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, e sacrificaram ofertas pacíficas.

32 Também escreveu ali, em pedras, uma cópia da lei de Moisés, que este havia escrito diante dos filhos de Israel.

33 E todo o Israel, com os seus anciãos, e os seus príncipes, e os seus juízes, estavam de um e de outro lado da arca, perante os sacerdotes levitas, que levavam a arca da aliança do Senhor, assim estrangeiros como naturais; metade deles em frente do monte Gerizim, e a outra metade em frente do monte Ebal, como Moisés, servo do Senhor, ordenara, para abençoar primeiramente o povo de Israel.

34 E depois leu em alta voz todas as palavras da lei, a bênção e a maldição, conforme a tudo o que está escrito no livro da lei.

35 Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não lesse perante toda a congregação de Israel, e as mulheres, e os meninos, e os estrangeiros, que andavam no meio deles.

Josué 9

Ouça o áudio do capítulo:

1 E sucedeu que, ouvindo isto todos os reis, que estavam aquém do Jordão, nas montanhas, e nas campinas, em toda a costa do grande mar, em frente do Líbano, os heteus, e os amorreus, os cananeus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus,

2 Se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar contra Josué e contra Israel.

3 E os moradores de Gibeom, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai,

4 Usaram de astúcia, e foram e se fingiram embaixadores, e levando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho, velhos, e rotos, e remendados;

5 E nos seus pés sapatos velhos e remendados, e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.

6 E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal, e disseram a ele e aos homens de Israel: Viemos de uma terra distante; fazei, pois, agora, acordo conosco.

7 E os homens de Israel responderam aos heveus: Porventura habiteis no meio de nós; como pois faremos acordo convosco?

8 Então disseram a Josué: Nós somos teus servos. E disse-lhes Josué: Quem sois vós, e de onde vindes?

9 E lhe responderam: Teus servos vieram de uma terra mui distante, por causa do nome do Senhor teu Deus, porquanto ouvimos a sua fama, e tudo quanto fez no Egito;

10 E tudo quanto fez aos dois reis dos amorreus, que estavam além do Jordão, a Siom rei de Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote.

11 Por isso nossos anciãos e todos os moradores da nossa terra nos falaram, dizendo: Tomai em vossas mãos provisão para o caminho, e ide-lhes ao encontro e dizei-lhes: Nós somos vossos servos; fazei, pois, agora acordo conosco.

12 Este nosso pão tomamos quente das nossas casas para nossa provisão, no dia em que saímos para vir a vós; e ei-lo aqui agora já seco e bolorento;

13 E estes odres, que enchemos de vinho, eram novos, e ei-los aqui já rotos; e estas nossas roupas e nossos sapatos já se têm envelhecido, por causa do mui longo caminho.

14 Então os homens de Israel tomaram da provisão deles e não pediram conselho ao Senhor.

15 E Josué fez paz com eles, e fez um acordo com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.

16 E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de fazerem acordo com eles, ouviram que eram seus vizinhos, e que moravam no meio deles.

17 Porque, partindo os filhos de Israel, chegaram às cidades deles ao terceiro dia; e suas cidades eram Gibeom e Cefira, e Beerote, e Quiriate-Jearim.

18 E os filhos de Israel não os feriram; porquanto os príncipes da congregação lhes juraram pelo Senhor Deus de Israel; por isso toda a congregação murmurava contra os príncipes.

19 Então todos os príncipes disseram a toda a congregação: Nós juramos-lhes pelo Senhor Deus de Israel, pelo que não lhes podemos tocar.

20 Isto, porém, lhes faremos: conservar-lhes-emos a vida, para que não haja grande ira sobre nós, por causa do juramento que já lhes fizemos.

21 Disseram-lhes, pois, os príncipes: Vivam, e sejam rachadores de lenha e tiradores de água para toda a congregação, como os príncipes lhes disseram.

22 E Josué os chamou, e falou-lhes dizendo: Por que nos enganastes dizendo: Mui longe de vós habitamos, morando vós no meio de nós?

23 Agora, pois, sereis malditos; e dentre vós não deixará de haver servos, nem rachadores de lenha, nem tiradores de água, para a casa do meu Deus.

24 Então responderam a Josué, e disseram: Porquanto com certeza foi anunciado aos teus servos que o Senhor teu Deus ordenou a Moisés, seu servo, que a vós daria toda esta terra, e destruiria todos os moradores da terra diante de vós, tememos muito por nossas vidas por causa de vós; por isso fizemos assim.

25 E eis que agora estamos na tua mão; faze-nos aquilo que te pareça bom e reto.

26 Assim pois lhes fez, e livrou-os das mãos dos filhos de Israel, e não os mataram.

27 E naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor, até ao dia de hoje, no lugar que ele escolhesse.

Josué 10

Ouça o áudio do capítulo:

1 E sucedeu que, ouvindo Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, que Josué tomara a Ai, e a tinha destruído totalmente, e fizera a Ai, e ao seu rei, como tinha feito a Jericó e ao seu rei, e que os moradores de Gibeom fizeram paz com os israelitas, e estavam no meio deles,

2 Temeram muito, porque Gibeom era uma cidade grande, como uma das cidades reais, e ainda maior do que Ai, e todos os seus homens valentes.

3 Pelo que Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, enviou a Hoão, rei de Hebrom, e a Pirão, rei de Jarmute, e a Jafia, rei de Laquis e a Debir, rei de Eglom, dizendo:

4 Subi a mim, e ajudai-me, e firamos a Gibeom, porquanto fez paz com Josué e com os filhos de Israel.

5 Então se ajuntaram, e subiram cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis, o rei de Eglom, eles e todos os seus exércitos; e sitiaram a Gibeom e pelejaram contra ela.

6 Enviaram, pois, os homens de Gibeom a Josué, ao arraial de Gilgal, dizendo: Não retires as tuas mãos de teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos e ajuda-nos, porquanto todos os reis dos amorreus, que habitam na montanha, se ajuntaram contra nós.

7 Então subiu Josué, de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele, e todos os homens valorosos.

8 E o Senhor disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir.

9 E Josué lhes sobreveio de repente, porque toda a noite veio subindo desde Gilgal.

10 E o Senhor os conturbou diante de Israel, e os feriu com grande matança em Gibeom; e perseguiu-os pelo caminho que sobe a Bete-Horom, e feriu-os até Azeca e a Maquedá.

11 E sucedeu que fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras, até Azeca, e morreram; e foram muitos mais os que morreram das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada.

12 Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom.

13 E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.

14 E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor assim a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.

15 E voltou Josué, e todo o Israel com ele, ao arraial, em Gilgal.

16 Aqueles cinco reis, porém, fugiram, e se esconderam numa cova em Maquedá.

17 E foi anunciado a Josué, dizendo: Acharam-se os cinco reis escondidos numa cova em Maquedá.

18 Disse, pois, Josué: Arrastai grandes pedras à boca da cova, e ponde sobre ela homens que os guardem;

19 Porém vós não vos detenhais; persegui os vossos inimigos, e atacai os que vão ficando atrás; não os deixeis entrar nas suas cidades, porque o Senhor vosso Deus já vo-los deu na vossa mão.

20 E sucedeu que, acabando Josué e os filhos de Israel de os ferir com grande matança, até consumi-los, e os que ficaram deles se retiraram às cidades fortificadas,

21 Todo o povo voltou em paz a Josué, ao arraial em Maquedá; não havendo ninguém que movesse a sua língua contra os filhos de Israel.

22 Depois disse Josué: Abri a boca da cova, e trazei-me para fora aqueles cinco reis.

23 Fizeram, pois, assim, e trouxeram-lhe aqueles cinco reis para fora da cova: o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom.

24 E sucedeu que, trazendo aqueles reis a Josué, este chamou todos os homens de Israel, e disse aos capitães dos homens de guerra, que foram com ele: Chegai, ponde os vossos pés sobre os pescoços destes reis. E chegaram, e puseram os seus pés sobre os pescoços deles.

25 Então Josué lhes disse: Não temais, nem vos espanteis; esforçai-vos e animai-vos; porque assim o fará o Senhor a todos os vossos inimigos, contra os quais pelejardes.

26 E, depois disto, Josué os feriu, e os matou, e os enforcou em cinco madeiros; e ficaram enforcados nos madeiros até à tarde.

27 E sucedeu que, ao pôr do sol, deu Josué ordem que os tirassem dos madeiros; e lançaram-nos na cova onde se esconderam; e puseram grandes pedras à boca da cova, que ainda ali estão até o dia de hoje.

28 E naquele mesmo dia tomou Josué a Maquedá, e feriu-a a fio de espada, bem como ao seu rei; totalmente a destruiu com todos que nela havia, sem nada deixar; e fez ao rei de Maquedá como fizera ao rei de Jericó.

29 Então Josué, e todo o Israel com ele, passou de Maquedá a Libna e pelejou contra ela.

30 E também o Senhor a deu na mão de Israel, a ela e a seu rei, e a feriu a fio de espada, a ela e a todos que nela estavam; sem nada deixar; e fez ao seu rei como fizera ao rei de Jericó.

31 Então Josué, e todo o Israel com ele, passou de Libna a Laquis; e a sitiou, e pelejou contra ela;

32 E o Senhor deu a Laquis nas mãos de Israel, e tomou-a no dia seguinte e a feriu a fio de espada, a ela e a todos os que nela estavam, conforme a tudo o que fizera a Libna.

33 Então Horão, rei de Gezer, subiu a ajudar a Laquis, porém Josué o feriu, a ele e ao seu povo, até não lhe deixar nem sequer um.

34 E Josué, e todo o Israel com ele, passou de Laquis a Eglom, e a sitiaram, e pelejaram contra ela.

35 E no mesmo dia a tomaram, e a feriram a fio de espada; e a todos os que nela estavam, destruiu totalmente no mesmo dia, conforme a tudo o que fizera a Laquis.

36 Depois Josué, e todo o Israel com ele, subiu de Eglom a Hebrom, e pelejaram contra ela.

37 E a tomaram, e a feriram ao fio de espada, assim ao seu rei como a todas as suas cidades; e a todos os que nelas estavam, a ninguém deixou com vida, conforme a tudo o que fizera a Eglom; e a destruiu totalmente, a ela e a todos os que nela estavam.

38 Então Josué, e todo o Israel com ele, tornou a Debir, e pelejou contra ela.

39 E tomou-a com o seu rei, e a todas as suas cidades, e as feriu a fio de espada, e a todos os que nelas estavam destruiu totalmente; nada deixou; como fizera a Hebrom, assim fez a Debir e ao seu rei, e como fizera a Libna e ao seu rei.

40 Assim feriu Josué toda aquela terra, as montanhas, o sul, e as campinas, e as descidas das águas, e a todos os seus reis; nada deixou; mas tudo o que tinha fôlego destruiu, como ordenara o Senhor Deus de Israel.

41 E Josué os feriu desde Cades-Barnéia, até Gaza, como também toda a terra de Gósen, e até Gibeom.

42 E de uma vez tomou Josué todos estes reis, e as suas terras; porquanto o Senhor Deus de Israel pelejava por Israel.

43 Então Josué, e todo o Israel com ele, voltou ao arraial em Gilgal.

Josué 11

Ouça o áudio do capítulo:

1 Sucedeu depois disto que, ouvindo-o Jabim, rei de Hazor, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao rei de Sinrom, e ao rei de Acsafe;

2 E aos reis, que estavam ao norte, nas montanhas, e na campina para o sul de Quinerete, e nas planícies, e nas elevações de Dor, do lado do mar;

3 Ao cananeu do oriente e do ocidente; e ao amorreu, e ao heteu, e ao perizeu, e ao jebuseu nas montanhas; e ao heveu ao pé de Hermom, na terra de Mizpá.

4 Saíram pois estes, e todos os seus exércitos com eles, muito povo, em multidão como a areia que está na praia do mar; e muitíssimos cavalos e carros.

5 Todos estes reis se ajuntaram, e vieram e se acamparam junto às águas de Merom, para pelejarem contra Israel.

6 E disse o Senhor a Josué: Não temas diante deles; porque amanhã, a esta mesma hora, eu os darei todos feridos diante dos filhos de Israel; os seus cavalos jarretarás, e os seus carros queimarás a fogo.

7 E Josué, e todos os homens de guerra com ele, veio apressadamente sobre eles às águas de Merom, e atacou-os de repente.

8 E o Senhor os deu nas mãos de Israel; e eles os feriram, e os perseguiram até à grande Sidom, e até Misrefote-Maim, e até ao vale de Mizpá ao oriente; feriram até não lhes deixarem nenhum.

9 E fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera; os seus cavalos jarretou, e os seus carros queimou a fogo.

10 E naquele mesmo tempo voltou Josué, e tomou a Hazor, e feriu à espada ao seu rei; porquanto Hazor antes era a cabeça de todos estes reinos.

11 E a todos os que nela estavam, feriram ao fio da espada, e totalmente os destruíram; nada restou do que tinha fôlego, e a Hazor queimou a fogo.

12 E Josué tomou todas as cidades destes reis, e todos os seus reis, e os feriu ao fio da espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés servo do Senhor.

13 Tão-somente não queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os seus outeiros; a não ser Hazor, a qual Josué queimou.

14 E todos os despojos destas cidades, e o gado, os filhos de Israel tomaram para si; tão-somente a todos os homens feriram ao fio da espada, até que os destruíram; nada do que tinha fôlego deixaram com vida.

15 Como ordenara o Senhor a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim Josué o fez; nem uma só palavra tirou de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés.

16 Assim Josué tomou toda aquela terra, as montanhas, e todo o sul, e toda a terra de Gósen, e as planícies, e as campinas, e as montanhas de Israel, e as suas planícies.

17 Desde o monte Halaque, que sobe a Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do monte de Hermom; também tomou todos os seus reis, e os feriu e os matou.

18 Por muito tempo Josué fez guerra contra todos estes reis.

19 Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeom; por guerra as tomaram todas.

20 Porquanto do Senhor vinha o endurecimento de seus corações, para saírem à guerra contra Israel, para que fossem totalmente destruídos e não achassem piedade alguma; mas para os destruir a todos como o Senhor tinha ordenado a Moisés.

21 Naquele tempo veio Josué, e extirpou os anaquins das montanhas de Hebrom, de Debir, de Anabe e de todas as montanhas de Judá e de todas as montanhas de Israel; Josué os destruiu totalmente com as suas cidades.

22 Nenhum dos anaquins foi deixado na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode.

23 Assim Josué tomou toda esta terra, conforme a tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou da guerra.

Patriarcas e Profetas

As Bençãos e as Maldições

Ouça o áudio do capítulo:

Este capítulo é baseado em Josué 8.

Depois da execução da sentença de Acã, Josué teve ordem de arregimentar todos os homens de guerra, e de novo avançar contra Ai. O poder de Deus estava com Seu povo, e logo ficaram de posse da cidade. PP 365.1

As operações militares agora foram suspensas, para que todo o Israel pudesse empenhar-se em um solene serviço religioso. O povo estava ansioso por estabelecer-se em Canaã; ainda não tinham casas nem terras para as suas famílias, e a fim de adquiri-las deveriam expulsar os cananeus; mas este importante trabalho devia ser adiado, pois que um dever maior reclamava sua primeira atenção. PP 365.2

Antes de tomarem posse de sua herança, deviam renovar seu concerto de fidelidade a Deus. Nas últimas instruções de Moisés, por duas vezes haviam sido dadas ordens para uma convocação das tribos nos montes Ebal e Gerizim, em Siquém, para o reconhecimento solene da lei de Deus. Em obediência a essas ordens expressas, todo o povo, não somente homens, mas mulheres, crianças e estrangeiros que andavam no meio deles (Josué 8:30-35), deixaram seu acampamento em Gilgal, e marcharam através do território de seus inimigos, ao vale de Siquém, próximo do centro daquela terra. Posto que cercados de adversários não vencidos, estavam seguros sob a proteção de Deus, enquanto Lhe fossem fiéis. Agora, como nos dias de Jacó, “o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles” (Gênesis 35:5), e os hebreus não foram incomodados. PP 365.3

O lugar indicado para este serviço solene já era sagrado pela sua ligação com a história de seus pais. Ali foi que Abraão levantou seu primeiro altar a Jeová na terra de Canaã. Foi ali que Abraão e Jacó armaram suas tendas. O último comprara ali o campo em que as tribos deveriam sepultar o corpo de José. Ali, também, estava o poço que Jacó cavara, e o carvalho sob o qual sepultara os ídolos de sua casa. PP 365.4

O local escolhido era um dos mais belos de toda a Palestina, e digno de ser o teatro em que aquela grandiosa e impressionante cena deveria ser levada a efeito. O lindo vale, com seus campos verdejantes pontilhados de bosques de oliveiras, regados de riachos oriundos de fontes vivas, e adornado de flores silvestres, estendia-se de um modo convidativo entre as colinas áridas. Ebal e Gerizim, nos lados opostos do vale, quase se aproximam uma da outra, parecendo seus contrafortes inferiores formar um púlpito natural, sendo audíveis em uma delas distintamente todas as palavras proferidas na outra, ao mesmo tempo em que os lados da montanha, recuando, proporcionam um espaço para a vasta congregação. PP 365.5

Segundo as instruções dadas por Moisés, um monumento de grandes pedras foi construído no Monte Ebal. Sobre essas pedras, previamente preparadas por uma cobertura de argamassa, foi inscrita a lei — não somente os dez preceitos proferidos no Sinai e gravados em tábuas de pedras, mas as leis comunicadas a Moisés, e por ele escritas em um livro. Ao lado deste monumento foi construído um altar de pedras não lavradas, sobre o qual foram oferecidos sacrifícios ao Senhor. O fato de ter construído o altar no Monte Ebal, monte este sobre o qual fora posta a maldição, era significativo, denotando que, por causa de sua transgressão à lei de Deus, Israel incorrera com justiça em Sua ira, e que esta cairia de pronto sobre eles, não fosse a obra expiatória de Cristo, representada pelo altar de sacrifício. PP 366.1

Seis das tribos, todas descendentes de Léia e Raquel, ficaram estacionadas no monte Gerizim, enquanto as que descenderam das servas, juntamente com Rúben e Zebulom, tomaram posição em Ebal, ocupando o vale entre elas os sacerdotes com a arca. Foi proclamado silêncio mediante o som da trombeta que dava os sinais; e, então, em profundo silêncio, e na presença desta vasta assembléia, Josué, em pé ao lado da arca sagrada, leu as bênçãos que deveriam seguir-se à obediência à lei de Deus. Todas as tribos em Gerizim responderam por um Amém. Então ele leu as maldições, e as tribos em Ebal, de modo semelhante, deram seu assentimento, unindo-se como a voz de um homem em resposta solene milhares de milhares de vozes. Em seguida teve lugar a leitura da lei de Deus, juntamente com os estatutos e juízos que lhes haviam sido entregues por Moisés. PP 366.2

Israel havia recebido a lei diretamente da boca de Deus, no Sinai; e os sagrados preceitos da mesma, escritos pela Sua própria mão, ainda se encontravam preservados na arca. Agora foi escrita novamente onde todos a poderiam ler. Todos tinham o privilégio de ver por si mesmos as condições do concerto mediante o qual deveriam manter a posse de Canaã. Todos deveriam exprimir sua aceitação aos termos do concerto, e dar seu assentimento às bênçãos ou maldições pela sua observância ou negligência. A lei não somente foi escrita sobre as pedras que serviam de memória, mas foi lida pelo próprio Josué ao ouvido de todo o Israel. Não fazia muitas semanas que Moisés dera todo o livro de Deuteronômio, em discursos, ao povo, contudo, de novo lê Josué agora a lei. PP 366.3

Não somente os homens de Israel, mas todas as mulheres e crianças, ouviram a leitura da lei; pois era de importância que também estas conhecessem e cumprissem seu dever. Deus ordenara a Israel com relação aos Seus estatutos: “Ponde pois estas Minhas palavras no vosso coração, e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos; ensinai-as a vossos filhos, [...] para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a Terra”. Deuteronômio 11:18-21. PP 366.4

Cada sétimo ano, a lei inteira devia ser lida na assembléia de todo o Israel, conforme Moisés ordenou: “Ao fim de cada sete anos, no tempo determinado do ano da remissão, na festa dos tabernáculos, quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor teu Deus, no lugar que Ele escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel aos seus ouvidos. Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei; e que seus filhos, que a não souberem, ouçam e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, a possuir”. Deuteronômio 31:10-13. PP 367.1

Satanás está sempre em atividade, esforçando-se por perverter o que Deus falou, por cegar a mente e obscurecer a compreensão, e levar desta maneira os homens ao pecado. É por isso que o Senhor é tão explícito, tornando Suas reivindicações tão claras que ninguém está no caso de errar. Deus está constantemente procurando trazer os homens sob Sua íntima proteção, a fim de que Satanás não possa exercer sobre eles o seu poder cruel e enganador. Deus condescendeu em falar com eles de viva voz, escrever com Sua própria mão os oráculos vivos. E estas benditas palavras, todas animadas de vida e luminosas de verdade, são confiadas aos homens como um guia perfeito. Visto que Satanás está tão pronto para se apoderar da mente e desviar das promessas e requisitos do Senhor as afeições, necessita-se da maior diligência para fixá-las no espírito e gravá-las no coração. PP 367.2

Maior atenção deve ser dada pelos ensinadores religiosos à instrução do povo nos fatos e lições da história bíblica e nas advertências e ordens do Senhor. Estas coisas devem ser apresentadas em linguagem simples, adaptada à compreensão das crianças. Deve ser uma parte da obra tanto dos pastores como dos pais providenciar para que os jovens sejam instruídos nas Escrituras. PP 367.3

Os pais podem e devem interessar os filhos no conhecimento variado que se encontra nas páginas sagradas. Mas, se quiserem interessar seus filhos e filhas na Palavra de Deus, deverão eles próprios estar interessados na mesma. Devem estar familiarizados com seus ensinos, e, conforme Deus ordenou a Israel, falar a tal respeito “assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”. Deuteronômio 11:19. Aqueles que desejam que seus filhos amem e reverenciem a Deus, devem falar de Sua bondade, Sua majestade e Seu poder, conforme se acham revelados em Sua Palavra e nas obras da criação. PP 367.4

Cada capítulo e cada versículo da Bíblia é uma comunicação da parte de Deus aos homens. Devemos ligar seus preceitos como sinais sobre nossas mãos, e como testeiras entre nossos olhos. Sendo estudada e obedecida, haveria de guiar o povo de Deus, como guiados foram os israelitas, pela coluna de nuvem durante o dia, e pela coluna de fogo à noite. PP 367.5

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