O Pecado de Nadab e Abiú


Dia 34 - Saturday, 03 de February de 2024
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25 min

Levítico 8

Ouça o áudio do capítulo:

1 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:

2 Toma a Arão e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães ázimos,

3 E reúne toda a congregação à porta da tenda da congregação.

4 Fez, pois, Moisés como o Senhor lhe ordenara, e a congregação reuniu-se à porta da tenda da congregação.

5 Então disse Moisés à congregação: Isto é o que o Senhor ordenou que se fizesse.

6 E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água.

7 E vestiu-lhe a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto de obra esmerada do éfode e o apertou com ele.

8 Depois pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;

9 E pôs a mitra sobre a sua cabeça; e sobre esta, na parte dianteira, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o Senhor ordenara a Moisés.

10 Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o santificou;

11 E dele espargiu sete vezes sobre o altar, e ungiu o altar e todos os seus utensílios, como também a pia e a sua base, para santificá-las.

12 Depois derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão, e ungiu-o, para santificá-lo.

13 Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o Senhor ordenara a Moisés.

14 Então fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado;

15 E o degolou; e Moisés tomou o sangue, e pôs dele com o seu dedo sobre as pontas do altar em redor, e purificou o altar; depois derramou o restante do sangue à base do altar, e o santificou, para fazer expiação por ele.

16 Depois tomou toda a gordura que está na fressura, e o redenho do fígado, e os dois rins e a sua gordura; e Moisés queimou-os sobre o altar.

17 Mas o novilho com o seu couro, e a sua carne, e o seu esterco, queimou com fogo fora do arraial, como o Senhor ordenara a Moisés.

18 Depois fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do carneiro;

19 E degolou-o; e Moisés espargiu o sangue sobre o altar em redor.

20 Partiu também o carneiro nos seus pedaços; e Moisés queimou a cabeça, e os pedaços e a gordura.

21 Porém a fressura e as pernas lavou com água; e Moisés queimou todo o carneiro sobre o altar; holocausto de cheiro suave, uma oferta queimada ao Senhor, como o Senhor ordenou a Moisés.

22 Depois fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão com seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do carneiro.

23 E degolou-o; e Moisés tomou do seu sangue, e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito.

24 Moisés também fez chegar os filhos de Arão, e pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito; e Moisés espargiu o restante do sangue sobre o altar em redor.

25 E tomou a gordura, e a cauda, e toda a gordura que está na fressura, e o redenho do fígado, e ambos os rins, e a sua gordura e a espádua direita.

26 Também do cesto dos pães ázimos, que estava diante do Senhor, tomou um bolo ázimo, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão, e os pôs sobre a gordura e sobre a espádua direita.

27 E tudo isto pôs nas mãos de Arão e nas mãos de seus filhos; e os ofereceu por oferta movida perante o Senhor.

28 Depois Moisés tomou-os das suas mãos, e os queimou no altar sobre o holocausto; estes foram uma consagração, por cheiro suave, oferta queimada ao Senhor.

29 E tomou Moisés o peito, e ofereceu-o por oferta movida perante o Senhor. Aquela foi a porção de Moisés do carneiro da consagração, como o Senhor ordenara a Moisés.

30 Tomou Moisés também do azeite da unção, e do sangue que estava sobre o altar, e o espargiu sobre Arão e sobre as suas vestes, e sobre os seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; e santificou a Arão e as suas vestes, e seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele.

31 E Moisés disse a Arão, e a seus filhos: Cozei a carne diante da porta da tenda da congregação, e ali a comereis com o pão que está no cesto da consagração, como tenho ordenado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão.

32 Mas o que sobejar da carne e do pão, queimareis com fogo.

33 Também da porta da tenda da congregação não saireis por sete dias, até ao dia em que se cumprirem os dias da vossa consagração; porquanto por sete dias ele vos consagrará.

34 Como se fez neste dia, assim o Senhor ordenou se fizesse, para fazer expiação por vós.

35 Ficareis, pois, à porta da tenda da congregação dia e noite por sete dias, e guardareis as ordenanças do Senhor, para que não morrais; porque assim me foi ordenado.

36 E Arão e seus filhos fizeram todas as coisas que o Senhor ordenara pela mão de Moisés.

Levítico 9

Ouça o áudio do capítulo:

1 E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão e seus filhos, e os anciãos de Israel,

2 E disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto, sem defeito; e traze-os perante o Senhor.

3 Depois falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode para expiação do pecado, e um bezerro, e um cordeiro de um ano, sem defeito, para holocausto;

4 Também um boi e um carneiro por sacrifício pacífico, para sacrificar perante o Senhor, e oferta de alimentos, amassada com azeite; porquanto hoje o Senhor vos aparecerá.

5 Então trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o Senhor.

6 E disse Moisés: Esta é a coisa que o Senhor ordenou que fizésseis; e a glória do Senhor vos aparecerá.

7 E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois faze a oferta do povo, e faze expiação por eles, como ordenou o Senhor.

8 Então Arão se chegou ao altar, e degolou o bezerro da expiação que era por si mesmo.

9 E os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue, e molhou o seu dedo no sangue, e o pôs sobre as pontas do altar; e o restante do sangue derramou à base do altar.

10 Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado de expiação do pecado, queimou sobre o altar, como o Senhor ordenara a Moisés.

11 Porém a carne e o couro queimou com fogo fora do arraial.

12 Depois degolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e espargiu-o sobre o altar em redor.

13 Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.

14 E lavou a fressura e as pernas, e as queimou sobre o holocausto no altar.

15 Depois fez chegar a oferta do povo, e tomou o bode da expiação do pecado, que era pelo povo, e o degolou, e o preparou por expiação do pecado, como o primeiro.

16 Fez também chegar o holocausto, e ofereceu-o segundo o rito.

17 E fez chegar a oferta de alimentos, e a sua mão encheu dela, e queimou-a sobre o altar, além do holocausto da manhã.

18 Depois degolou o boi e o carneiro em sacrifício pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão entregaram-lhe o sangue, que espargiu sobre o altar em redor.

19 Como também a gordura do boi e do carneiro, a cauda, e o que cobre a fressura, e os rins, e o redenho do fígado.

20 E puseram a gordura sobre os peitos, e queimou a gordura sobre o altar;

21 Mas os peitos e a espádua direita Arão ofereceu por oferta movida perante o Senhor, como Moisés tinha ordenado.

22 Depois Arão levantou as suas mãos ao povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica.

23 Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo.

24 Porque o fogo saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.

Levítico 10

Ouça o áudio do capítulo:

1 E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara.

2 Então saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor.

3 E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.

4 E Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, levai a vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial.

5 Então chegaram, e os levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés lhes dissera.

6 E Moisés disse a Arão, e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu.

7 Nem saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o azeite da unção do Senhor. E fizeram conforme à palavra de Moisés.

8 E falou o Senhor a Arão, dizendo:

9 Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações;

10 E para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo,

11 E para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por meio de Moisés.

12 E disse Moisés a Arão, e a Eleazar e a Itamar, seus filhos, que lhe ficaram: Tomai a oferta de alimentos, restante das ofertas queimadas do Senhor, e comei-a sem levedura junto ao altar, porquanto é coisa santíssima.

13 Portanto a comereis no lugar santo; porque isto é a tua porção, e a porção de teus filhos, das ofertas queimadas do Senhor; porque assim me foi ordenado.

14 Também o peito da oferta movida e a espádua da oferta alçada, comereis em lugar limpo, tu, e teus filhos e tuas filhas contigo; porque foram dados por tua porção, e por porção de teus filhos, dos sacrifícios pacíficos dos filhos de Israel.

15 A espádua da oferta alçada e o peito da oferta movida trarão com as ofertas queimadas de gordura, para oferecer por oferta movida perante o Senhor; o que será por estatuto perpétuo, para ti e para teus filhos contigo, como o Senhor tem ordenado.

16 E Moisés diligentemente buscou o bode da expiação, e eis que já fora queimado; portanto indignou-se grandemente contra Eleazar e contra Itamar, os filhos de Arão que ficaram, dizendo:

17 Por que não comestes a expiação do pecado no lugar santo, pois é coisa santíssima e Deus a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor?

18 Eis que não se trouxe o seu sangue para dentro do santuário; certamente devíeis ter comido no santuário, como tenho ordenado.

19 Então disse Arão a Moisés: Eis que hoje ofereceram a sua expiação pelo pecado e o seu holocausto perante o Senhor, e tais coisas me sucederam; se hoje tivesse comido da oferta da expiação pelo pecado, seria isso porventura aceito aos olhos do Senhor?

20 E Moisés, ouvindo isto, deu-se por satisfeito.

Levítico 11

Ouça o áudio do capítulo:

1 E falou o SENHOR a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:

2 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais, que comereis dentre todos os animais que há sobre a terra;

3 Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis.

4 Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo;

5 E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo;

6 E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda.

7 Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo.

8 Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos.

9 De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis.

10 Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.

11 Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver.

12 Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação.

13 Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,

14 E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie.

15 Todo o corvo segundo a sua espécie,

16 E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie.

17 E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja,

18 E a gralha, e o cisne, e o pelicano,

19 E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.

20 Todo o inseto que voa, que anda sobre quatro pés, será para vós uma abominação.

21 Mas isto comereis de todo o inseto que voa, que anda sobre quatro pés: o que tiver pernas sobre os seus pés, para saltar com elas sobre a terra.

22 Deles comereis estes: a locusta segundo a sua espécie, o gafanhoto devorador segundo a sua espécie, o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie.

23 E todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés, serão para vós uma abominação.

24 E por estes sereis imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, imundo será até à tarde.

25 Qualquer que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde.

26 Todo o animal que tem unha fendida, mas a fenda não se divide em duas, e todo o que não rumina, vos será por imundo; qualquer que tocar neles será imundo.

27 E todo o animal que anda sobre as suas patas, todo o animal que anda a quatro pés, vos será por imundo; qualquer que tocar nos seus cadáveres será imundo até à tarde.

28 E o que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde; eles vos serão por imundos.

29 Estes também vos serão por imundos entre os répteis que se arrastam sobre a terra; a doninha, e o rato, e a tartaruga segundo a sua espécie,

30 E o ouriço cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa, e a lesma e a toupeira.

31 Estes vos serão por imundos dentre todos os répteis; qualquer que os tocar, estando eles mortos, será imundo até à tarde.

32 E tudo aquilo sobre o que cair alguma coisa deles estando eles mortos será imundo; seja vaso de madeira, ou veste, ou pele, ou saco, qualquer instrumento, com que se faz alguma obra, será posto na água, e será imundo até à tarde; depois será limpo.

33 E todo o vaso de barro, em que cair alguma coisa deles, tudo o que houver nele será imundo, e o vaso quebrareis.

34 Todo o alimento que se come, sobre o qual cair água de tais vasos, será imundo; e toda a bebida que se bebe, depositada nesses vasos, será imunda.

35 E aquilo sobre o que cair alguma parte de seu corpo morto, será imundo; o forno e o vaso de barro serão quebrados; imundos são: portanto vos serão por imundos.

36 Porém a fonte ou cisterna, em que se recolhem águas, será limpa, mas quem tocar no seu cadáver será imundo.

37 E, se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre alguma semente que se vai semear, será limpa;

38 Mas se for deitada água sobre a semente, e se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre ela, vos será por imunda.

39 E se morrer algum dos animais, que vos servem de mantimento, quem tocar no seu cadáver será imundo até à tarde;

40 E quem comer do seu cadáver lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde; e quem levar o seu corpo morto lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde.

41 Também todo o réptil, que se arrasta sobre a terra, será abominação; não se comerá.

42 Tudo o que anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro pés, ou que tem muitos pés, entre todo o réptil que se arrasta sobre a terra, não comereis, porquanto são uma abominação.

43 Não vos façais abomináveis, por nenhum réptil que se arrasta, nem neles vos contamineis, para não serdes imundos por eles;

44 Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra;

45 Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.

46 Esta é a lei dos animais, e das aves, e de toda criatura vivente que se move nas águas, e de toda criatura que se arrasta sobre a terra;

47 Para fazer diferença entre o imundo e o limpo; e entre animais que se podem comer e os animais que não se podem comer.

Patriarcas e Profetas

O Pecado de Nadab e Abiú

Ouça o áudio do capítulo:

Este capítulo é baseado em Levítico 10:1-11.

Depois da dedicação do tabernáculo, os sacerdotes foram consagrados ao seu ofício sagrado. Estas cerimônias ocuparam sete dias, cada um assinalado por cerimônias especiais. No oitavo dia, deram início ao seu ministério. Auxiliado por seus filhos, Arão ofereceu os sacrifícios que Deus ordenara, e levantou as mãos e abençoou o povo. Tudo havia sido feito conforme Deus indicara, e Ele aceitou o sacrifício, e revelou Sua glória de maneira notável; fogo veio do Senhor e consumiu a oferta sobre o altar. O povo olhou para esta maravilhosa manifestação de poder divino. Com espanto e intenso interesse, nela viram o sinal da glória e favor de Deus, e alçaram uma aclamação geral de louvor e adoração, caindo sobre seu rosto como se estivessem na presença imediata de Jeová. PP 256.1

Mas logo depois uma calamidade repentina e terrível caiu sobre a família do sumo sacerdote. À hora do culto, enquanto ascendiam a Deus as orações e louvor do povo, dois dos filhos de Arão tomaram cada um o seu incensário e queimaram incenso fragrante no mesmo, para elevar perante o Senhor um cheiro suave. Mas transgrediram a Sua ordem pelo uso de “fogo estranho”. Números 3:4. Para queimar o incenso apanharam fogo comum em vez do fogo sagrado que o próprio Deus acendera e ordenou fosse usado para tal fim. Por causa deste pecado, saiu fogo do Senhor e os devorou à vista do povo. PP 256.2

Abaixo de Moisés e Arão, Nadabe e Abiú eram os mais preeminentes em Israel. Tinham sido honrados de modo especial pelo Senhor, tendo-se-lhes permitido juntamente com os setenta anciãos verem Sua glória no monte. Sua transgressão não deveria, entretanto, desculpar-se ou ser considerada levianamente. Tudo isto tornava mais ofensivo o seu pecado. Porque os homens receberam grande luz, porque tenham como príncipes de Israel subido ao monte, e hajam alcançado o privilégio de ter comunhão com Deus e demorar-se na luz da Sua glória, não se lisonjeiem eles de que podem depois pecar impunemente; de que, visto terem sido de tal maneira honrados, Deus não será rigoroso no castigo de sua iniqüidade. Isto é erro fatal. A grande luz e privilégios concedidos exigem uma retribuição de virtude e santidade correspondente à luz outorgada. Nada menos que isto poderá Deus aceitar. Grandes bênçãos e privilégios nunca devem embalar-nos em segurança ou despreocupação. Nunca devem dar liberdade ao pecado, nem fazer com que os que os recebem entendam que Deus não será exigente com eles. Todas as vantagens que Deus tem dado, são os Seus meios para lançar fervor no espírito, zelo no esforço e vigor no executar Sua santa vontade. PP 256.3

Nadabe e Abiú não haviam sido em sua juventude ensinados nos hábitos de domínio próprio. A disposição transigente do pai, sua falta de firmeza pelo que é reto, haviam-no levado a negligenciar a disciplina dos filhos. Havia-lhes permitido seguirem suas próprias inclinações. Hábitos de condescendência própria, durante muito tempo acalentados, alcançaram sobre eles um domínio que mesmo a responsabilidade do mais sagrado ofício não teve poder para quebrar. Não haviam sido ensinados a respeitar a autoridade do pai, nem se compenetravam da necessidade de estrita obediência aos mandos de Deus. A mal-entendida indulgência de Arão com os filhos preparou-os para se tornarem objetos dos juízos divinos. PP 257.1

O propósito de Deus era ensinar ao povo que devem dEle aproximar-se com reverência e temor, e da maneira indicada por Ele mesmo. Não pode Ele aceitar uma obediência parcial. Não era bastante que nesta hora solene de culto quase tudo tivesse sido feito conforme Ele determinara. Deus pronunciou uma maldição sobre aqueles que se afastam de Seus mandamentos e não fazem diferença entre as coisas comuns e as coisas santas. Declara pelo profeta: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade. [...] Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos! [...] Dos que justificam o ímpio por presentes, e ao justo negam justiça! [...] Rejeitaram a lei do Senhor dos exércitos, e desprezaram a Palavra do Santo de Israel”. Isaías 5:20-24. Ninguém se engane com a crença de que uma parte dos mandamentos de Deus não é essencial, ou que Ele aceitará uma substituição daquilo que exigiu. Disse o profeta Jeremias: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?” Lamentações 3:37. Deus não pôs em Sua Palavra ordem alguma a que os homens possam obedecer ou desobedecer à vontade e não sofrer as conseqüências. Se os homens escolhem qualquer outro caminho que não o da estrita obediência, acharão que “o fim dele são os caminhos da morte”. Provérbios 14:12. PP 257.2

“Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossos vestidos, para que não morrais; porque está sobre vós o azeite da unção do Senhor”. Levítico 10:6, 7. O grande líder lembrou a seu irmão as palavras de Deus: “Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo”. Levítico 10:3. Arão ficou em silêncio. A morte de seus filhos, extirpados sem aviso em tão terrível pecado — pecado que ele via agora ser o resultado de sua própria negligência ao dever — contorcia de angústia o coração do pai; ele, porém, não deu expansão a seus sentimentos. Por manifestação alguma de pesar devia ele parecer simpatizar com o pecado. A congregação não devia ser levada a murmurar contra Deus. PP 257.3

O Senhor queria ensinar Seu povo a reconhecer a justiça de Seus corretivos, a fim de que outros viessem a temer. Havia em Israel aqueles a quem o aviso deste terrível juízo preservaria de contarem tanto com a paciência divina que por sua vez selassem enfim o próprio destino. A reprovação divina vem contra aquela falsa simpatia pelo pecador, a qual se esforça por lhe desculpar o pecado. O efeito do pecado é o amortecimento das percepções morais, de modo que o malfeitor não se compenetra da enormidade da transgressão; e sem o poder convincente do Espírito Santo fica em cegueira parcial em relação ao seu pecado. Têm os servos de Cristo o dever de mostrar aos que assim erram, o seu perigo. Aqueles que destroem o efeito da advertência, cegando os olhos aos pecadores ante o caráter e resultados verdadeiros do pecado, muitas vezes se gabam de que assim dão provas de caridade; estão, porém, agindo diretamente no sentido de opor-se ao Espírito Santo de Deus e estorvar-Lhe a obra; estão acalentando o pecador para que descanse à beira da destruição; estão-se fazendo participantes de sua culpa, e incorrendo em terrível responsabilidade pela sua impenitência. Muitos, muitos, têm descido à ruína como resultado desta falsa e enganosa simpatia. PP 258.1

Nadabe e Abiú nunca teriam cometido aquele pecado fatal, se não se houvessem primeiramente em parte intoxicado pelo livre uso do vinho. Compreendiam que o mais cuidadoso e solene preparo era necessário antes de se apresentarem no santuário, onde era manifestada a presença divina; pela intemperança, porém, perderam a idoneidade para o seu santo ofício. A mente se lhes tornou confusa e embotadas as percepções morais, de modo que não podiam discernir a diferença entre o sagrado e o comum. A Arão e a seus filhos sobreviventes foi feito este aviso: “Vinho nem bebida forte, tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será este entre as vossas gerações; e para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado”. Levítico 10:9-11. O uso de bebidas alcoólicas tem o efeito de enfraquecer o corpo, confundir a mente e rebaixar a moral. Impede aos homens de se compenetrarem do caráter sagrado das coisas santas ou da vigência das ordens de Deus. Todos os que ocupavam posições de responsabilidade sagrada, deviam ser homens de estrita temperança, para terem mente clara, a fim de discernirem entre o reto e o que o não é, para terem firmeza de princípios, e sabedoria para administrar justiça e mostrar misericórdia. PP 258.2

A mesma obrigação repousa sobre todo seguidor de Cristo. O apóstolo Pedro declara: “Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”. 1 Pedro 2:9. É-nos exigido por Deus que preservemos toda faculdade na melhor condição possível, a fim de que prestemos serviço aceitável a nosso Criador. Quando se usam bebidas embriagantes, seguir-se-ão os mesmos resultados do caso daqueles sacerdotes de Israel. A consciência perderá sua sensibilidade ao pecado e uma operação de endurecimento para a iniqüidade certissimamente ocorrerá, até que o comum e o sagrado percam toda a diferença de significação. Como podemos então atingir a norma dos requisitos divinos? “Acaso não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes recebido de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais são de Deus”. 1 Coríntios 6:19, 20. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. 1 Coríntios 10:31. À igreja de Cristo em todos os tempos é dirigido este aviso solene e terrível: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo”. 1 Coríntios 3:17. PP 258.3

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