Luz em Meio às Trevas


Dia 122 - Wednesday, 01 de May de 2024
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36 min

Jeremias 29

Ouça o áudio do capítulo:

1 E Estas são as palavras da carta que Jeremias, o profeta, enviou de Jerusalém, aos que restaram dos anciãos do cativeiro, como também aos sacerdotes, e aos profetas, e a todo o povo que Nabucodonosor havia deportado de Jerusalém para babilônia

2 (Depois que saíram de Jerusalém o rei Jeconias, e a rainha, e os eunucos, e os príncipes de Judá e Jerusalém, e os carpinteiros e ferreiros),

3 Pela mão de Elasa, filho de Safã, e de Gemarias, filho de Hilquias (os quais Zedequias, rei de Judá, tinha enviado a babilônia, a Nabucodonosor, rei de babilônia), dizendo:

4 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, os quais fiz transportar de Jerusalém para babilônia:

5 Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto.

6 Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais.

7 E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz.

8 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais;

9 Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o Senhor.

10 Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.

11 Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

12 Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.

13 E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.

14 E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.

15 Porque dizeis: O SENHOR nos levantou profetas em babilônia.

16 Porque assim diz o Senhor acerca do rei que se assenta no trono de Davi, e de todo o povo que habita nesta cidade, vossos irmãos, que não saíram conosco para o cativeiro.

17 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que enviarei entre eles a espada, a fome e a peste, e fá-los-ei como a figos podres que não se podem comer, de ruins que são.

18 E persegui-los-ei com a espada, com a fome, e com a peste; e dá-los-ei para deslocarem-se por todos os reinos da terra, para serem uma maldição, e um espanto, e um assobio, e um opróbrio entre todas as nações para onde os tiver lançado.

19 Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o Senhor, mandando-lhes eu os meus servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o Senhor.

20 Vós, pois, ouvi a palavra do SENHOR, todos os do cativeiro que enviei de Jerusalém a babilônia.

21 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías, e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.

22 E todos os transportados de Judá, que estão em babilônia, tomarão deles uma maldição, dizendo: O SENHOR te faça como Zedequias, e como Acabe, os quais o rei de babilônia assou no fogo;

23 Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram adultério com as mulheres dos seus vizinhos, e anunciaram falsamente, em meu nome uma palavra, que não lhes mandei, e eu o sei e sou testemunha disso, diz o Senhor.

24 E a Semaías, o neelamita, falarás, dizendo:

25 Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Porquanto tu enviaste no teu nome cartas a todo o povo que está em Jerusalém, como também a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, e a todos os sacerdotes, dizendo:

26 O Senhor te pôs por sacerdote em lugar de Joiada, o sacerdote, para que sejas encarregado da casa do Senhor sobre todo o homem fanático, e que profetiza, para o lançares na prisão e no tronco.

27 Agora, pois, por que não repreendeste a Jeremias, o anatotita, que vos profetiza?

28 Porque até nos mandou dizer em babilônia: Ainda o cativeiro muito há de durar; edificai casas, e habitai nelas; e plantai pomares, e comei o seu fruto.

29 E leu Sofonias, o sacerdote, esta carta aos ouvidos de Jeremias, o profeta.

30 E veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:

31 Manda a todos os do cativeiro, dizendo: Assim diz o Senhor acerca de Semaías, o neelamita: Porquanto Semaías vos profetizou, e eu não o enviei, e vos fez confiar em mentiras,

32 Portanto assim diz o Senhor: Eis que castigarei a Semaías, o neelamita, e a sua descendência; ele não terá ninguém que habite entre este povo, e não verá o bem que hei de fazer ao meu povo, diz o Senhor, porque falou em rebeldia contra o Senhor.

Jeremias 30

Ouça o áudio do capítulo:

1 A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, dizendo:

2 Assim diz o Senhor Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que te tenho falado.

3 Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão.

4 E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e de Judá.

5 Porque assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz.

6 Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? e por que se tornaram pálidos todos os rostos?

7 Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela.

8 Porque será naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se servirão dele os estrangeiros.

9 Mas servirão ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei.

10 Não temas, pois, tu, ó meu servo Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei de terras de longe, e à tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize.

11 Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar; porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida, e de todo não te terei por inocente.

12 Porque assim diz o Senhor: A tua ferida é incurável; a tua chaga é dolorosa.

13 Não há quem defenda a tua causa para te aplicar curativo; não tens remédios que possam curar.

14 Todos os teus amantes se esqueceram de ti, e não perguntam por ti; porque te feri com ferida de inimigo, e com castigo de quem é cruel, pela grandeza da tua maldade e multidão de teus pecados.

15 Por que gritas por causa da tua ferida? Tua dor é incurável. Pela grandeza de tua maldade, e multidão de teus pecados, eu fiz estas coisas.

16 Por isso todos os que te devoram serão devorados; e todos os teus adversários irão, todos eles, para o cativeiro; e os que te roubam serão roubados, e a todos os que te despojam entregarei ao saque.

17 Porque te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas chagas, diz o Senhor; porquanto te chamaram a repudiada, dizendo: É Sião, já ninguém pergunta por ela.

18 Assim diz o Senhor: Eis que farei voltar do cativeiro as tendas de Jacó, e apiedar-me-ei das suas moradas; e a cidade será reedificada sobre o seu montão, e o palácio permanecerá como habitualmente.

19 E sairá deles o louvor e a voz de júbilo; e multiplicá-los-ei, e não serão diminuídos, e glorificá-los-ei, e não serão apoucados.

20 E seus filhos serão como na antiguidade, e a sua congregação será confirmada diante de mim; e castigarei todos os seus opressores.

21 E os seus nobres serão deles; e o seu governador sairá do meio deles, e o farei aproximar, e ele se chegará a mim; pois, quem de si mesmo se empenharia para chegar-se a mim? diz o Senhor.

22 E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus.

23 Eis que a tempestade do Senhor, a sua indignação, já saiu; uma tempestade varredora, cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.

24 Não voltará atrás o furor da ira do Senhor, até que tenha executado e até que tenha cumprido os desígnios do seu coração; no fim dos dias entendereis isto.

Jeremias 31

Ouça o áudio do capítulo:

1 Naquele tempo, diz o SENHOR, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo.

2 Assim diz o Senhor: O povo dos que escaparam da espada achou graça no deserto. Israel mesmo, quando eu o fizer descansar.

3 Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.

4 Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus tamboris, e sairás nas danças dos que se alegram.

5 Ainda plantarás vinhas nos montes de Samaria; os plantadores as plantarão e comerão como coisas comuns.

6 Porque haverá um dia em que gritarão os vigias sobre o monte de Efraim: Levantai-vos, e subamos a Sião, ao Senhor nosso Deus.

7 Porque assim diz o Senhor: Cantai sobre Jacó com alegria, e exultai por causa do chefe das nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, ao teu povo, o restante de Israel.

8 Eis que os trarei da terra do norte, e os congregarei das extremidades da terra; entre os quais haverá cegos e aleijados, grávidas e as de parto juntamente; em grande congregação voltarão para aqui.

9 Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, no qual não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.

10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho.

11 Porque o Senhor resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele.

12 Assim que virão, e exultarão no alto de Sião, e correrão aos bens do Senhor, ao trigo, e ao mosto, e ao azeite, e aos cordeiros e bezerros; e a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes.

13 Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza.

14 E saciarei a alma dos sacerdotes com gordura, e o meu povo se fartará dos meus bens, diz o Senhor.

15 Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos; não quer ser consolada quanto a seus filhos, porque já não existem.

16 Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo.

17 E há esperança quanto ao teu futuro, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos.

18 Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me e fui castigado, como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o Senhor meu Deus.

19 Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.

20 Não é Efraim para mim um filho precioso, criança das minhas delícias? Porque depois que falo contra ele, ainda me lembro dele solicitamente; por isso se comovem por ele as minhas entranhas; deveras me compadecerei dele, diz o Senhor.

21 Levanta para ti sinais, faze para ti altos marcos, aplica o teu coração à vereda, ao caminho por onde andaste; volta, pois, ó virgem de Israel, regressa a estas tuas cidades.

22 Até quando andarás errante, ó filha rebelde? Porque o Senhor criou uma coisa nova sobre a terra; uma mulher cercará a um homem.

23 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda dirão esta palavra na terra de Judá, e nas suas cidades, quando eu vos restaurar do seu cativeiro: O Senhor te abençoe, ó morada de justiça, ó monte de santidade!

24 E nela habitarão Judá, e todas as suas cidades juntamente; como também os lavradores e os que pastoreiam o rebanho.

25 Porque satisfiz a alma cansada, e toda a alma entristecida saciei.

26 Nisto despertei, e olhei, e o meu sono foi doce para mim.

27 Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que semearei a casa de Israel, e a casa de Judá, com a semente de homens, e com a semente de animais.

28 E será que, como velei sobre eles, para arrancar, e para derrubar, e para transtornar, e para destruir, e para afligir, assim velarei sobre eles, para edificar e para plantar, diz o Senhor.

29 Naqueles dias nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram.

30 Mas cada um morrerá pela sua iniqüidade; de todo o homem que comer as uvas verdes os dentes se embotarão.

31 Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.

32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.

33 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

34 E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.

35 Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.

36 Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.

37 Assim disse o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor.

38 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que esta cidade será reedificada para o Senhor, desde a torre de Hananeel até à porta da esquina.

39 E a linha de medir estender-se-á para diante dela, até ao outeiro de Garebe, e virar-se-á para Goa.

40 E todo o vale dos cadáveres e da cinza, e todos os campos até ao ribeiro de Cedrom, até à esquina da porta dos cavalos para o oriente, serão consagrados ao Senhor; não se arrancará nem se derrubará mais eternamente.

Jeremias 32

Ouça o áudio do capítulo:

1 A palavra que veio a Jeremias da parte do SENHOR, no ano décimo de Zedequias, rei de Judá, o qual foi o décimo oitavo de Nabucodonosor.

2 Ora, nesse tempo o exército do rei de babilônia cercava Jerusalém; e Jeremias, o profeta, estava encerrado no pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá;

3 Porque Zedequias, rei de Judá, o tinha encerrado, dizendo: Por que profetizas tu, dizendo: Assim diz o SENHOR: Eis que entrego esta cidade na mão do rei de babilônia, e ele a tomará;

4 E Zedequias, rei de Judá, não escapará das mãos dos caldeus; mas certamente será entregue na mão do rei de babilônia, e com ele falará boca a boca, e os seus olhos verão os dele;

5 E ele levará Zedequias para babilônia, e ali estará, até que eu o visite, diz o SENHOR e, ainda que pelejeis contra os caldeus, não ganhareis?

6 Disse, pois, Jeremias: Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

7 Eis que Hanameel, filho de Salum, teu tio, virá a ti dizendo: Compra para ti a minha herdade que está em Anatote, pois tens o direito de resgate para comprá-la.

8 Veio, pois, a mim Hanameel, filho de meu tio, segundo a palavra do Senhor, ao pátio da guarda, e me disse: Compra agora a minha herdade que está em Anatote, na terra de Benjamim; porque teu é o direito de herança, e tens o resgate; compra-a para ti. Então entendi que isto era a palavra do Senhor.

9 Comprei, pois, a herdade de Hanameel, filho de meu tio, a qual está em Anatote; e pesei-lhe o dinheiro, dezessete siclos de prata.

10 E assinei a escritura, e selei-a, e fiz confirmar por testemunhas; e pesei-lhe o dinheiro numa balança.

11 E tomei a escritura da compra, selada segundo a lei e os estatutos, e a cópia aberta.

12 E dei a escritura da compra a Baruque, filho de Nerias, filho de Maaséias, na presença de Hanameel, filho de meu tio e na presença das testemunhas, que subscreveram a escritura da compra, e na presença de todos os judeus que se assentavam no pátio da guarda.

13 E dei ordem a Baruque, na presença deles, dizendo:

14 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Toma estas escrituras, este auto de compra, tanto a selada, como a aberta, e coloca-as num vaso de barro, para que se possam conservar muitos dias.

15 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão casas, e campos, e vinhas nesta terra.

16 E depois que dei a escritura da compra a Baruque, filho de Nerias, orei ao Senhor, dizendo:

17 Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado difícil;

18 Tu que usas de benignidade com milhares, e retribuis a maldade dos pais ao seio dos filhos depois deles; o grande, o poderoso Deus cujo nome é o Senhor dos Exércitos;

19 Grande em conselho, e magnífico em obras; porque os teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras;

20 Tu puseste sinais e maravilhas na terra do Egito até ao dia de hoje, tanto em Israel, como entre os outros homens, e te fizeste um nome, o qual tu tens neste dia.

21 E tiraste o teu povo Israel da terra do Egito, com sinais e com maravilhas, e com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto,

22 E lhes deste esta terra, que juraste a seus pais que lhes havias de dar, terra que mana leite e mel.

23 E entraram nela, e a possuíram, mas não obedeceram à tua voz, nem andaram na tua lei; tudo o que lhes mandaste que fizessem, eles não o fizeram; por isso ordenaste lhes sucedesse todo este mal.

24 Eis aqui os valados; já vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está entregue na mão dos caldeus, que pelejam contra ela, pela espada, pela fome e pela pestilência; e o que disseste se cumpriu, e eis aqui o estás presenciando.

25 Contudo tu me disseste, ó Senhor DEUS: Compra para ti o campo por dinheiro, e faze que o confirmem testemunhas, embora a cidade já esteja entregue na mão dos caldeus.

26 Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:

27 Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?

28 Portanto assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade na mão dos caldeus, e na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, e ele a tomará.

29 E os caldeus, que pelejam contra esta cidade, entrarão nela, e pôr-lhe-ão fogo, e queimarão, as casas sobre cujos terraços queimaram incenso a Baal e ofereceram libações a outros deuses, para me provocarem à ira.

30 Porque os filhos de Israel e os filhos de Judá não fizeram senão mal aos meus olhos, desde a sua mocidade; porque os filhos de Israel nada fizeram senão provocar-me à ira com as obras das suas mãos, diz o Senhor.

31 Porque para a minha ira e para o meu furor me tem sido esta cidade, desde o dia em que a edificaram, e até ao dia de hoje, para que a tirasse da minha presença;

32 Por causa de toda a maldade dos filhos de Israel, e dos filhos de Judá, que fizeram, para me provocarem à ira, eles e os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes, e os seus profetas, como também os homens de Judá e os moradores de Jerusalém.

33 E viraram-me as costas, e não o rosto; ainda que eu os ensinava, madrugando e ensinando-os, contudo eles não deram ouvidos, para receberem o ensino.

34 Antes puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a profanarem.

35 E edificaram os altos de Baal, que estão no Vale do Filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque; o que nunca lhes ordenei, nem veio ao meu coração, que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.

36 E por isso agora assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis: Já está dada na mão do rei de babilônia, pela espada, pela fome, e pela pestilência:

37 Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os tenho lançado na minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar, e farei que habitem nele seguramente.

38 E eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus;

39 E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos, depois deles.

40 E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.

41 E alegrar-me-ei deles, fazendo-lhes bem; e plantá-los-ei nesta terra firmemente, com todo o meu coração e com toda a minha alma.

42 Porque assim diz o Senhor: Como eu trouxe sobre este povo todo este grande mal, assim eu trarei sobre ele todo o bem que lhes tenho declarado.

43 E comprar-se-ão campos nesta terra, da qual vós dizeis: Está desolada, sem homens, sem animais; está entregue na mão dos caldeus.

44 Comprarão campos por dinheiro, e assinarão as escrituras, e as selarão, e farão que confirmem testemunhas, na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, e nas cidades das montanhas, e nas cidades das planícies, e nas cidades do sul; porque os farei voltar do seu cativeiro, diz o Senhor.

Profetas e Reis

Luz em Meio às Trevas

Ouça o áudio do capítulo:

Os negros anos de destruição e morte que assinalaram o fim do reino de Judá, teriam levado desespero ao mais resoluto coração, não fosse o encorajamento das predições proféticas dos mensageiros de Deus. Por intermédio de Jeremias em Jerusalém, de Daniel na corte de Babilônia, de Ezequiel junto às barrancas do Quebar, o Senhor em misericórdia tornou claro Seu eterno propósito, e deu certeza de Sua disposição de cumprir para com Seu povo escolhido as promessas registradas nos escritos de Moisés. Aquilo que tinha prometido fazer pelos que se Lhe mostrassem fiéis, certamente haveria de realizar-se. A “palavra de Deus [...] permanece para sempre”. 1 Pedro 1:23. PR 237.1

Nos dias da vagueação pelo deserto, o Senhor tomou suficientes providências para que Seus filhos tivessem em lembrança as palavras da Sua lei. Após o estabelecimento em Canaã, os divinos preceitos deviam ser repetidos diariamente em todos os lares; deviam ser claramente escritos nos umbrais e soleiras das portas, e espalhados sobre tabletes memoriais. Deviam ser musicados e cantados por jovens e velhos. Os sacerdotes deviam ensinar esses santos preceitos em assembléias públicas, e os governantes da terra deviam deles fazer estudo diário. “Medita nele dia e noite”, o Senhor ordenou a Josué com respeito ao livro da lei, “para que tenhas o cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e então prudentemente te conduzirás”. Josué 1:8. PR 237.2

Os escritos de Moisés foram ensinados por Josué a todo o Israel. “Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não lesse perante toda a congregação de Israel, e das mulheres, e dos meninos, e dos estrangeiros que andavam no meio deles”. Josué 8:35. Isto estava em harmonia com a ordem expressa de Jeová que determinava uma repetição pública das palavras do livro da lei cada sete anos, durante a Festa dos Tabernáculos. “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão dentro de tuas portas”, os líderes espirituais de Israel tinham sido instruídos, “para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei. E que seus filhos, que a não souberem, ouçam, e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra à qual ides, passando o Jordão, a possuir”. Deuteronômio 31:12, 13. PR 237.3

Tivesse este conselho sido ouvido através dos séculos seguintes, quão diferentes teria sido a história de Israel Somente pela reverência à Palavra santa de Deus no coração do povo, poderiam eles esperar cumprir o divino propósito. Foi o respeito pela lei de Deus que deu a Israel força durante o reinado de Davi e nos primeiros anos do reinado de Salomão; foi pela fé na viva Palavra que se operou a reforma nos dias de Elias e Josias. E foi para essas mesmas Escrituras de verdade — a mais rica herança de Israel — que Jeremias apelou em seus esforços no sentido da reforma. Onde quer que ministrasse, ele ia ao encontro do povo com o fervente apelo: “Ouvi as palavras deste concerto” (Jeremias 11:2), palavras que lhes daria a eles plena compreensão do propósito de Deus de estender a todas as nações o conhecimento da verdade salvadora. PR 238.1

Nos anos finais da apostasia de Judá, as exortações dos profetas foram aparentemente de pouco valor; e ao virem os exércitos dos caldeus pela terceira e última vez para sitiarem Jerusalém, a esperança fugiu dos corações. Jeremias predisse total ruína; e foi em virtude de sua insistência para que se rendessem que finalmente ele foi levado à prisão. Mas Deus não deixou em desespero sem remédio o fiel remanescente que ainda estava na cidade. Mesmo quando Jeremias estava mantido sob severa vigilância pelos que lhe repeliam as mensagens, vieram-lhe novas revelações concernentes à disposição do Céu para perdoar e salvar — revelações que têm sido uma infalível fonte de conforto para a igreja de Deus nos dias que correm. PR 238.2

Descansando confiante nas promessas de Deus, Jeremias, mediante uma parábola representativa, ilustrou perante os habitantes da cidade condenada sua forte fé no cumprimento final do propósito de Deus por Seu povo. Na presença de testemunhas, e com cuidadosa observância de toda formalidade legal, ele comprou por dezessete siclos de prata um campo de família situado na vizinha vila de Anatote. PR 238.3

Do ponto de vista humano, a aquisição deste terreno já sob o controle dos babilônios, pareceria um ato de loucura. O profeta mesmo predissera a destruição de Jerusalém, a desolação da Judéia e a completa ruína do reino Ele profetizara de um longo período de cativeiro na distante Babilônia. Já avançado em anos, jamais poderia ele esperar receber os benefícios pessoais da compra que fizera. Entretanto, os estudos que havia feito das profecias registradas nas Escrituras, tinham criado em seu coração a firme convicção de que o Senhor Se propunha restaurar para os filhos do cativeiro sua antiga possessão na terra da promessa. Com os olhos da fé, Jeremias viu os exilados retornando ao fim dos anos de aflição, e reocupando a terra de seus pais. Comprando o campo de Anatote, inspiraria a outros a esperança que tanto conforto havia levado ao próprio coração. PR 238.4

Havendo assinado os papéis de transferência, com as respectivas assinaturas das testemunhas, Jeremias ordenou a Baruque, seu secretário: “Toma estes autos, este auto de compra, tanto o selado, como o aberto, e mete-o num vaso de barro, para que se possam conservar muitos dias. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão casas, e campos, e vinhas nesta terra”. Jeremias 32:14, 15. PR 238.5

Tão desencorajadoras eram as perspectivas para Judá ao tempo desta extraordinária transação, que imediatamente após formalizar os pormenores da compra e os arranjos para a preservação do registro escrito, a fé de Jeremias, inabalável como tivesse sido, era agora duramente provada. PR 239.1

Teria ele, em seus esforços por encorajar Judá, agido presunçosamente? Em seu desejo de estabelecer a confiança nas promessas da Palavra de Deus, teria ele dado lugar a uma falsa esperança? Os que haviam entrado em relação de concerto com Deus desde muito tinham menosprezado as provisões feitas em seu favor. Encontrariam as promessas feitas à nação escolhida completo cumprimento? PR 239.2

Perplexo em espírito, subjugado pela tristeza em virtude dos sofrimentos dos que se haviam recusado a arrepender-se de seus pecados, o profeta apelou a Deus por mais luz sobre o propósito divino para a humanidade. PR 239.3

“Ah Senhor Jeová” ele orou. “eis que Tu fizeste os céus e a Terra com o Teu grande poder, e com o Teu braço estendido; não Te é maravilhosa coisa alguma; Tu usas de benignidade com milhares e tornas a maldade dos pais ao seio dos filhos depois deles; o grande e poderoso Deus cujo nome é o Senhor dos Exércitos, grande em conselho, e magnífico em obras; porque os Teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras. Tu puseste sinais e maravilhas na terra do Egito até ao dia de hoje, tanto em Israel, como entre os outros homens, e Te criaste um nome, qual é o que tens neste dia. E tiraste o Teu povo Israel da terra do Egito, com sinais e com maravilhas, e com mão forte e com braço estendido, e com grande espanto; e lhes deste esta terra, que juraste a seus pais que lhes havia de dar; terra que mana leite e mel. E entraram nela, e a possuíram, mas não obedeceram a Tua voz, nem andaram na Tua lei; tudo o que lhes mandaste que fizessem, eles não o fizeram; pelo que ordenaste lhes sucedesse todo este mal”. Jeremias 32:17-23. PR 239.4

Os exércitos de Nabucodonosor estavam prestes a tomar de assalto os muros de Sião. Milhares estavam perecendo numa tentativa final e desesperada de defender a cidade. Muitos milhares mais estavam morrendo de fome e enfermidades. A sorte de Jerusalém estava já selada. As torres sitiantes das forças inimigas estavam já superando os muros. “Eis aqui os valados” o profeta continuou em sua oração a Deus, “já vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está dada nas mãos dos caldeus, que pelejam contra ela, pela espada, e pela fome, e pela pestilência; e o que disseste se cumpriu, e eis aqui o estás presenciando. Contudo me disseste, ó Deus: Compra para ti o campo por dinheiro, e faze que o atestem testemunhas, embora a cidade esteja já dada na mão dos caldeus”. Jeremias 32:24, 25. PR 239.5

A oração do profeta foi graciosamente respondida. “A palavra do Senhor a Jeremias”, nessa hora de prova, quando a fé do mensageiro da verdade estava sendo provada pelo fogo, foi: “Eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne; seria qualquer coisa maravilhosa para Mim?” Jeremias 32:26, 27. A cidade deveria logo cair nas mãos dos caldeus; suas portas e palácios deviam ser queimados a fogo; mas não obstante o fato de que a destruição estava iminente, e os habitantes de Jerusalém devessem ser levados cativos, contudo o eterno propósito de Jeová para Israel devia ser cumprido. Em resposta posterior à oração de Seu servo, o Senhor declarou com respeito àqueles sobre quem Seus castigos estavam caindo: PR 240.1

“Eis que Eu os congregarei de todas as terras, para onde os houver lançado na Minha ira, e no Meu furor, e na Minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar, e farei que habitem nele seguramente. E eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus. E lhes darei um mesmo coração, e um mesmo caminho, para que Me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos, depois deles. E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o Meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de Mim. E alegrar-Me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta terra certamente, com todo o Meu coração e com toda a Minha alma. PR 240.2

“Porque assim diz o Senhor: Como Eu trouxe sobre este povo todo este grande mal, assim Eu trarei sobre ele todo o bem que lhes tenho prometido. E comprar-se-ão campos nesta terra, da qual vós dizeis: Está deserta, sem homens nem animais; está dada na mão dos caldeus. Comprarão campos por dinheiro, e subscreverão os autos, e os selarão, e farão que os atestem testemunhas na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, e nas cidades das montanhas, e nas cidades das planícies, e nas cidades do sul; porque os farei voltar do seu cativeiro, diz o Senhor”. Jeremias 32:37-44. PR 240.3

Em confirmação dessas afirmações de livramento e restauração, “veio a palavra do Senhor a Jeremias, segunda vez, estando ele ainda encerrado no pátio da guarda, dizendo: PR 240.4

“Assim diz o Senhor que faz isto, o Senhor que forma isto, para o estabelecer; o Senhor é o Seu nome. Clama a Mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes. Porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel, das casas desta cidade, e das casas dos reis de Judá, que foram derribadas com o trabuco e à espada. ... Eis que Eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade. E removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel, e os edificarei como ao princípio. E os purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra Mim; e perdoarei todas as suas iniqüidades. [...] E esta cidade Me servirá de nome de alegria, de louvor, e de glória, entre todas as nações da Terra, que ouvirem todo o bem que Eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem, e por causa de toda a paz que Eu lhe dou. PR 240.5

“Assim diz o Senhor: Neste lugar (de que vós dizeis que está deserto, sem homens nem animais), nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém [...] ainda se ouvirá a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é o Senhor, porque a Sua benignidade é para sempre; e dos que trazem louvor à casa do Senhor; pois farei que torne o cativo da terra como ao princípio, diz o Senhor. PR 241.1

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homens, e sem animais, e em todas as suas idades, haverá uma morada de pastores, que façam repousar o gado. Nas cidades das montanhas, nas cidades das planícies e nas cidades do sul, e na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, ainda passará o gado pelas mãos dos contadores, diz o Senhor. PR 241.2

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que cumprirei a palavra boa que falei à casa de Israel e à casa de Judá”. Jeremias 33:1-14. PR 241.3

Assim foi a igreja de Deus confortada numa das horas mais escuras do seu longo conflito com as forças do mal. Satanás havia aparentemente triunfado em seus esforços para destruir a Israel; mas o Senhor estava no comando dos acontecimentos do presente, e durante os anos que se seguiriam, Seu povo deveria ter a oportunidade de redimir o passado. Sua mensagem para a igreja foi: PR 241.4

“Não temas pois tu, servo Meu Jacó; [...] nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe, e à tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó tornará e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize. Porque Eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar.” “Porque te restaurarei a saúde, e te sararei as tuas chagas”. Jeremias 30:10, 11, 17. PR 241.5

No alegre dia da restauração, as tribos do Israel dividido deviam ser reunidas num só povo. O Senhor devia ser reconhecido como rei sobre “todas as famílias de Israel”. “Eles serão o Meu povo”, Ele declarou. “Cantai sobre Jacó com alegria, e exultai por causa do Chefe das gentes; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o Teu povo, o resto de Israel. Eis que o trarei da terra do norte, e os congregarei das extremidades da Terra; e com eles os cegos e os aleijados. [...] Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito em que não tropeçarão; porque sou um Pai para Israel, e Efraim é o Meu primogênito”. Jeremias 31:1, 7-9. PR 241.6

Humilhados à vista das nações, os que uma vez tinham sido reconhecidos como favorecidos do Céu sobre todos os outros povos da Terra aprenderiam no exílio a lição da obediência tão necessária para sua futura felicidade. Até que tivessem aprendido esta lição, Deus não poderia fazer por eles tudo o que desejava. “Castigar-te-ei com medida, e de todo não te terei por inocente” (Jeremias 30:11), Ele declarou em esclarecimento do Seu propósito de castigá-los para o seu bem espiritual. Entretanto os que haviam sido objeto do Seu terno amor não foram postos de lado para sempre; perante todas as nações da Terra Ele demonstraria Seu plano de tirar vitória da aparente derrota, de salvar e não de destruir. Ao profeta fora dada a mensagem: PR 241.7

“Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho. Porque o Senhor resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele. Assim que virão, e exultarão na altura de Sião, e correrão aos bens do Senhor, ao trigo, e ao mosto, e ao azeite, aos cordeiros e as bezerros; e a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes. [...] E tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza. E saciarei a alma dos sacerdotes de gordura, e o Meu povo se fartará dos Meus bens, diz o Senhor.” PR 242.1

“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda dirão esta palavra na terra de Judá, e nas suas cidades, quando Eu acabar o seu cativeiro: O Senhor te abençoe, ó morada de justiça, ó monte de santidade. E nela habitarão Judá, e todas as suas cidades juntamente; como também os lavradores e os que andam com o rebanho. Porque satisfiz a alma cansada, e toda a alma entristecida saciei.” PR 242.2

“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles invalidaram o Meu concerto, apesar de Eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o mais pequeno deles até ao maior, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados”. Jeremias 31:10-14, 23-25, 31-34. PR 242.3

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