O Último Rei de Judá


Dia 120 - Monday, 29 de April de 2024
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  • 2 Crônicas 33-36

2 Crônicas 33

Ouça o áudio do capítulo:

1 Tinha Manassés doze anos de idade, quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém.

2 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme às abominações dos gentios que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel.

3 Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha derrubado; e levantou altares aos Baalins, e fez bosques, e prostrou-se diante de todo o exército dos céus, e o serviu.

4 E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha falado: Em Jerusalém estará o meu nome eternamente.

5 Edificou altares a todo o exército dos céus, em ambos os átrios da casa do Senhor.

6 Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.

7 Também pôs uma imagem de escultura do ídolo que tinha feito, na casa de Deus, da qual Deus tinha falado a Davi e a Salomão seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre.

8 E nunca mais removerei o pé de Israel da terra que destinei a vossos pais; contanto que tenham cuidado de fazer tudo o que eu lhes ordenei, conforme a toda a lei, e estatutos, e juízos, dados pela mão de Moisés.

9 E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel.

10 E falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos.

11 Assim o Senhor trouxe sobre eles os capitàes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para Babilônia.

12 E ele, angustiado, orou deveras ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais;

13 E fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus.

14 E depois disto edificou o muro de fora da cidade de Davi, ao ocidente de Giom, no vale, e à entrada da porta do peixe, e ao redor de Ofel, e o levantou muito alto; também pôs capitàes de guerra em todas as cidades fortificadas de Judá.

15 E tirou da casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, como também todos os altares que tinha edificado no monte da casa do Senhor, e em Jerusalém, e os lançou fora da cidade.

16 E reparou o altar do Senhor e ofereceu sobre ele sacrifícios de ofertas pacíficas e de louvor; e ordenou a Judá que servisse ao Senhor Deus de Israel.

17 Contudo o povo ainda sacrificava nos altos, mas somente ao Senhor seu Deus.

18 O restante dos atos de Manassés, e a sua oração ao seu Deus, e as palavras dos videntes que lhe falaram no nome do Senhor Deus de Israel, eis que estão nas crônicas dos reis de Israel.

19 E a sua oração, e como Deus se aplacou para com ele, e todo o seu pecado, e a sua transgressão, e os lugares onde edificou altos, e pôs bosques e imagens de escultura, antes que se humilhasse, eis que estão escritos nos livros dos videntes.

20 E dormiu Manassés com seus pais, e o sepultaram em sua casa. Amom, seu filho, reinou em seu lugar.

21 Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a reinar, e dois anos reinou em Jerusalém.

22 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como havia feito Manassés, seu pai; porque Amom sacrificou a todas as imagens de escultura que Manassés, seu pai tinha feito, e as serviu.

23 Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara; antes multiplicou Amom os seus delitos.

24 E conspiraram contra ele os seus servos, e o mataram em sua casa.

25 Porém o povo da terra feriu a todos quantos conspiraram contra o rei Amom; e o povo da terra fez reinar em seu lugar a Josias, seu filho.

2 Crônicas 34

Ouça o áudio do capítulo:

1 Tinha Josias oito anos quando começou a reinar, e trinta e um anos reinou em Jerusalém.

2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda.

3 Porque no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e no duodécimo ano começou a purificar a Judá e a Jerusalém, dos altos, e dos bosques, e das imagens de escultura e de fundição.

4 E derrubaram perante ele os altares de Baalins; e despedaçou as imagens, que estavam acima deles; e os bosques, e as imagens de escultura e de fundição quebrou e reduziu a pó, e o espargiu sobre as sepulturas dos que lhes tinham sacrificado.

5 E os ossos dos sacerdotes queimou sobre os seus altares; e purificou a Judá e a Jerusalém.

6 O mesmo fez nas cidades de Manassés, e de Efraim, e de Simeão, e ainda até Naftali, em seus lugares assolados ao redor.

7 E, tendo derrubado os altares, e os bosques, e as imagens de escultura, até reduzi-los a pó, e tendo despedaçado todas as imagens do sol em toda a terra de Israel, então voltou para Jerusalém.

8 E no ano décimo oitavo do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, enviou a Safã, filho de Azalias, e a Maaséias, governador da cidade, e a Joá, filho de Joacaz, cronista, para repararem a casa do Senhor seu Deus.

9 E foram a Hilquias, sumo sacerdote, e deram o dinheiro que se tinha trazido à casa de Deus, e que os levitas, que guardavam a entrada tinham recebido da mão de Manassés, e de Efraim, e de todo o restante de Israel, como também de todo o Judá e Benjamim, e dos habitantes de Jerusalém.

10 E eles o entregaram aos que tinham o encargo da obra, e superintendiam a casa do Senhor; e estes o deram aos que faziam a obra, e trabalhavam na casa do Senhor, para consertarem e repararem a casa.

11 E deram-no aos carpinteiros e aos edificadores, para comprarem pedras lavradas, e madeiras para as junturas e para servirem de vigas para as casas que os reis de Judá tinham destruído.

12 E estes homens trabalhavam fielmente na obra; e os superintendentes sobre eles eram: Jaate e Obadias, levitas, dos filhos de Merari, como também Zacarias e Mesulão, dos filhos dos coatitas, para adiantarem a obra; e todos os levitas que eram entendidos em instrumentos de música.

13 Estavam também sobre os carregadores e dirigiam todos os que trabalhavam em alguma obra; e dentre os levitas havia escrivães, oficiais e porteiros.

14 E, tirando eles o dinheiro que se tinha trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o livro da lei do Senhor, dada pela mão de Moisés.

15 E Hilquias disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã.

16 E Safã levou o livro ao rei, e deu-lhe conta, dizendo: Teus servos fazem tudo quanto se lhes encomendou.

17 E ajuntaram o dinheiro que se achou na casa do Senhor, e o deram na mão dos superintendentes e na mão dos que faziam a obra.

18 Além disto, Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias entregou-me um livro. E Safã leu nele perante o rei.

19 Sucedeu que, ouvindo o rei as palavras da lei, rasgou as suas vestes.

20 E o rei ordenou a Hilquias, e a Aicão, filho de Safã, e a Abdom, filho de Mica, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei, dizendo:

21 Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme a tudo quanto está escrito neste livro.

22 Então Hilquias, e os enviados do rei, foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Tocate, filho de Harás, guarda das vestimentas (e habitava ela em Jerusalém na segunda parte); e falaram-lhe a esse respeito.

23 E ela lhes disse: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:

24 Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.

25 Porque me deixaram, e queimaram incenso perante outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos; portanto o meu furor se derramou sobre este lugar, e não se apagará.

26 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste:

27 Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar, e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor.

28 Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei.

29 Então o rei mandou reunir todos os anciãos de Judá e Jerusalém.

30 E o rei subiu à casa do Senhor, com todos os homens de Judá, e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor; e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro da aliança que fora achado na casa do Senhor.

31 E pôs-se o rei em pé em seu lugar, e fez aliança perante o Senhor, para seguirem ao Senhor, e para guardar os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o seu coração, e com toda a sua alma, cumprindo as palavras da aliança, que estão escritas naquele livro.

32 E fez com que todos quantos se achavam em Jerusalém e em Benjamim o firmassem; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme a aliança de Deus, o Deus de seus pais.

33 E Josias tirou todas as abominações de todas as terras que eram dos filhos de Israel; e a todos quantos se achavam em Israel obrigou a que servissem ao Senhor seu Deus. Enquanto ele viveu não se desviaram de seguir o Senhor, o Deus de seus pais.

2 Crônicas 35

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então Josias celebrou a páscoa ao SENHOR em Jerusalém; e mataram o cordeiro da páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês.

2 E estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos, e os animou ao ministério da casa do Senhor.

3 E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel.

4 E preparai-vos segundo as vossas casas paternas e segundo as vossas turmas, conforme à prescrição de Davi, rei de Israel, e a de Salomão, seu filho.

5 E estai no santuário segundo as divisões das casas paternas de vossos irmãos, os filhos do povo; e haja para cada divisão uma parte de uma família de levitas.

6 E imolai a páscoa, e santificai-vos, e preparai-a para vossos irmãos, fazendo conforme a palavra do Senhor, dada pela mão de Moisés.

7 E ofereceu Josias, aos filhos do povo, cordeiros e cabritos do rebanho, todos para os sacrifícios da páscoa, em número de trinta mil, por todos os que ali se achavam, e de bois três mil; isto era da fazenda do rei.

8 Também apresentaram os seus príncipes ofertas voluntárias ao povo, aos sacerdotes e aos levitas: Hilquias, e Zacarias, e Jeiel, líderes da casa de Deus, deram aos sacerdotes para os sacrifícios da páscoa duas mil e seiscentas reses de gado miúdo, e trezentos bois.

9 E Conanias, e Semaías, e Natanael, seus irmãos, como também Hasabias, e Jeiel, e Jozabade, chefe dos levitas, apresentaram aos levitas, para os sacrifícios da páscoa, cinco mil reses de gado miúdo, e quinhentos bois.

10 Assim se preparou o serviço, e puseram-se os sacerdotes nos seus postos, e os levitas nas suas turmas, conforme a ordem do rei,

11 Então imolaram a páscoa; e os sacerdotes espargiram o sangue recebido das mãos dos levitas que esfolavam as reses.

12 E puseram de parte os holocaustos para os darem aos filhos do povo, segundo as divisões das casas paternas, para o oferecerem ao Senhor, como está escrito no livro de Moisés; e assim fizeram com os bois.

13 E assaram a páscoa no fogo, segundo o rito; e as ofertas sagradas cozeram em panelas, e em caldeirões e em sertãs; e prontamente as repartiram entre todo o povo.

14 Depois prepararam para si e para os sacerdotes; porque os sacerdotes, filhos de Arão, se ocuparam até à noite com o sacrifício dos holocaustos e da gordura; por isso os levitas prepararam para si e para os sacerdotes, filhos de Arão.

15 E os cantores, filhos de Asafe, estavam no seu posto, segundo o mandado de Davi, e de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, vidente do rei, como também os porteiros a cada porta; não necessitaram de se desviarem do seu ministério; porquanto seus irmãos, os levitas, preparavam o necessário para eles.

16 Assim se estabeleceu todo o serviço do Senhor naquele dia, para celebrar a páscoa, e oferecer holocaustos sobre o altar do Senhor, segundo a ordem do rei Josias.

17 E os filhos de Israel que ali se acharam celebraram a páscoa naquele tempo, e a festa dos pães ázimos, durante sete dias.

18 Nunca, pois, se celebrou tal páscoa em Israel, desde os dias do profeta Samuel; nem nenhum rei de Israel celebrou tal páscoa como a que celebrou Josias com os sacerdotes, e levitas, e todo o Judá e Israel, que ali se acharam, e os habitantes de Jerusalém.

19 No décimo oitavo ano do reinado de Josias se celebrou esta páscoa.

20 Depois de tudo isto, havendo Josias já preparado o templo, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra Carquemis, junto ao Eufrates; e Josias lhe saiu ao encontro.

21 Então ele lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu contigo, rei de Judá? Não é contra ti que venho hoje, mas contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse; guarda-te de te opores a Deus, que é comigo, para que ele não te destrua.

22 Porém Josias não virou dele o seu rosto, antes se disfarçou, para pelejar contra ele; e não deu ouvidos às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus; antes veio pelejar no vale de Megido.

23 E os flecheiros atiraram contra o rei Josias. Então o rei disse a seus servos: Tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido.

24 E seus servos o tiraram do carro, e o levaram no segundo carro que tinha, e o trouxeram a Jerusalém; e morreu, e o sepultaram nos sepulcros de seus pais; e todo o Judá e Jerusalém prantearam a Josias.

25 E Jeremias fez uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras, nas suas lamentações, têm falado de Josias, até ao dia de hoje; porque as estabeleceram por estatuto em Israel; e eis que estão escritas nas lamentações.

26 Quanto ao mais dos atos de Josias, e as suas boas obras, conforme o que está escrito na lei do Senhor,

27 E os seus atos, tanto os primeiros como os últimos, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá.

2 Crônicas 36

Ouça o áudio do capítulo:

1 Então o povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, e o fez rei em lugar de seu pai, em Jerusalém.

2 Tinha Jeoacaz a idade de vinte e três anos, quando começou a reinar; e três meses reinou em Jerusalém,

3 Porque o rei do Egito o depôs em Jerusalém, e condenou a terra à contribuição de cem talentos de prata e um talento de ouro.

4 E o rei do Egito pôs a Eliaquim, irmão de Jeoacaz, rei sobre Judá e Jerusalém, e mudou-lhe o nome em Jeoiaquim; mas a seu irmão Jeoacaz tomou Neco, e levou-o para o Egito.

5 Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus.

6 Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei de babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a babilônia.

7 Também alguns dos vasos da casa do SENHOR levou Nabucodonosor a babilônia, e pô-los no seu templo em babilônia.

8 Quanto ao mais dos atos de Jeoiaquim, e as abominações que fez, e o mais que se achou nele, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.

9 Tinha Joaquim a idade de oito anos, quando começou a reinar; e reinou três meses e dez dias em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor.

10 E no decurso de um ano enviou o rei Nabucodonosor, e mandou trazê-lo a babilônia, com os mais preciosos vasos da casa do SENHOR; e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.

11 Tinha Zedequias a idade de vinte e um anos anos, quando começou a reinar; e onze anos reinou em Jerusalém.

12 E fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor.

13 Além disto, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que não se converteu ao Senhor Deus de Israel.

14 Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém.

15 E o Senhor Deus de seus pais, falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.

16 Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.

17 Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos entregou na sua mão.

18 E todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para babilônia.

19 E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos.

20 E os que escaparam da espada levou para babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia.

21 Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.

22 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:

23 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba.

Profetas e Reis

O Último Rei de Judá

Ouça o áudio do capítulo:

Zedequias, no início do seu reinado, desfrutou inteiramente a confiança do rei de Babilônia, e teve como experimentado conselheiro ao profeta Jeremias. Se tivesse prosseguido numa conduta honrosa para com o rei de Babilônia, e atendido às mensagens do Senhor por intermédio de Jeremias, ele teria conservado o respeito de muitos em posição de mando, e teria tido oportunidade de comunicar-lhes o conhecimento do verdadeiro Deus. Assim os cativos já exilados em Babilônia teriam sido postos em terreno vantajoso e granjeado muita liberdade; o nome de Deus teria sido honrado em toda parte, e os que haviam permanecido na terra de Judá teriam sido poupados a terríveis calamidades que finalmente vieram sobre eles. PR 224.1

Através de Jeremias, Zedequias e toda Judá, inclusive os que tinham sido levados para Babilônia, foram aconselhados a se submeterem pacificamente ao domínio temporário de seus conquistadores. Era especialmente importante que os que estavam no cativeiro buscassem a paz da terra para a qual tinham sido levados. Isto, entretanto, era contrário às inclinações do coração humano; e Satanás, tirando vantagem das circunstâncias, fez que se levantassem entre o povo falsos profetas, tanto em Jerusalém como em Babilônia, os quais declaravam que o jugo do cativeiro seria logo quebrado e o anterior prestígio da nação restaurado. PR 224.2

A aceitação de tais profecias assim lisonjeiras teria levado a fatais iniciativas da parte do rei e dos exilados, frustrando assim os misericordiosos desígnios de Deus em favor deles. A fim de evitar que fosse incitada uma insurreição seguida de grande sofrimento, o Senhor ordenou a Jeremias enfrentasse a crise sem delongas, advertindo o rei de Judá da infalível conseqüência da rebelião. Os cativos também foram admoestados, mediante comunicações escritas, a não se deixarem iludir quanto a estar próximo seu libertamento. “Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós”, ele insistiu. Jeremias 29:8. Em relação com isto foi mencionado o propósito do Senhor de restaurar Israel após os setenta anos de cativeiro preditos por Seus mensageiros. PR 224.3

Com que terna compaixão Deus informa Seu povo cativo de Seus planos para Israel Ele sabia que se eles fossem persuadidos por falsos profetas a que esperassem por breve libertação, sua posição em Babilônia se tornaria muito difícil. Qualquer manifestação ou insurreição de sua parte despertaria a vigilância e severidade das autoridades caldeias, o que poderia conduzir a posterior restrição de suas liberdades. O resultado seria sofrimento e angústias. Ele desejava que se submetessem pacificamente a sua sorte, tornando sua servidão tão agradável quanto possível; e Seu conselho a eles foi: “Edificai casas e habitai-as e plantai jardins, e comei o seu fruto. [...] E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz”. Jeremias 29:5-7. PR 224.4

Entre os falsos ensinadores que estavam em Babilônia, dois homens havia que alegavam ser santos, mas cuja vida era corrupta. Jeremias havia condenado a má conduta desses homens, e tinha-os advertido do perigo que corriam. Irados pela reprovação, procuraram eles opor-se à obra do fiel profeta, levando o povo a descrer de suas palavras e a agir contrariamente ao conselho de Deus quanto a se sujeitarem ao rei de Babilônia. O Senhor testificou através de Jeremias que os falsos profetas seriam entregues às mãos de Nabucodonosor e mortos perante seus olhos. Não muito tempo depois esta predição foi literalmente cumprida. PR 225.1

Até ao fim do tempo levantar-se-ão homens para criar confusão e rebelião entre os que se declaram representantes do verdadeiro Deus. Os que profetizam mentiras, encorajarão os homens a que olhem o pecado como coisa sem importância. Quando os terríveis resultados de suas más ações forem manifestos, eles procurarão, se possível, tornar responsáveis por suas dificuldades quem fielmente os tem advertido, exatamente como os judeus acusaram a Jeremias de ser o responsável por suas desventuras. Mas tão certamente como foram as palavras de Jeová vindicadas no passado por meio do Seu profeta, assim serão Suas mensagens estabelecidas hoje. PR 225.2

Desde o início, Jeremias seguira um caminho consistente em aconselhar submissão aos babilônios. Este conselho foi dado não somente a Judá, mas a muitas das nações ao redor. Na primeira parte do reinado de Zedequias, embaixadores dos reis de Edom, Moabe, Tiro e outras nações, visitaram o rei de Judá, para saberem se em sua opinião a ocasião era oportuna para uma revolta unida, e se ele se uniria a eles para lutar contra o rei de Babilônia. Enquanto esses embaixadores estavam esperando uma resposta, a palavra do Senhor veio a Jeremias, dizendo: “Faze umas prisões e jugos, e pô-los-ás sobre o teu pescoço. E envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pelas mãos dos mensageiros que vêm a Jerusalém ter com Zedequias, rei de Judá”. Jeremias 27:2, 3. PR 225.3

Jeremias foi mandado a instruir os embaixadores para que informassem a seus reis que Deus os havia dado na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e que eles o deviam servir “a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra”. Jeremias 27:7. PR 225.4

Os embaixadores foram além disso instruídos a declarar a seus senhores que se eles se recusassem a servir ao rei de Babilônia, seriam punidos “com espada, e com fome, e com peste”, até serem consumidos. Especialmente deviam eles fugir dos ensinos dos falsos profetas que porventura os aconselhassem de outra forma. “Não deis ouvidos aos vossos profetas”, o Senhor declarou, “e aos vossos adivinhos, e aos vossos sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei de Babilônia. Porque mentira vos profetizam, para vos mandarem para longe de vossa terra, e para que Eu vos lance dela, e vós pereçais. Mas a nação que meter o seu pescoço sob o jugo do rei de Babilônia, e o servir, Eu a deixarei na sua terra, diz o Senhor, e lavrá-la-á e habitará nela”. Jeremias 27:8-11. O castigo mínimo que um Deus misericordioso podia infligir a tão rebelde povo, era a submissão ao rei de Babilônia; mas se eles se rebelassem contra o Seu decreto de servidão, haviam de experimentar o pleno rigor dos Seus castigos. PR 225.5

O assombro do concílio de nações reunido não teve limites quando Jeremias, levando o jugo da sujeição em torno de seu pescoço, fez-lhes conhecida a vontade de Deus. PR 226.1

Contra a resoluta oposição Jeremias permaneceu firmemente a favor da política de submissão. Preeminente entre os que presumiam contraditar o conselho do Senhor, estava Hananias, um dos falsos profetas contra quem o povo havia sido advertido. Pensando ganhar o favor do rei e da corte real, ele levantou a sua voz em protesto, declarando que Deus lhe havia dado palavras de encorajamento para os judeus. Disse ele: “Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Eu quebrei o jugo do rei de Babilônia. Depois de passados dois anos completos, Eu tornarei a trazer a este lugar todos os vasos da casa do Senhor, que deste lugar tomou Nabucodonosor, rei de Babilônia, levando-os para Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os do cativeiro de Judá, que entraram em Babilônia, Eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrarei o jugo do rei de Babilônia”. Jeremias 28:2-4. PR 226.2

Jeremias, na presença dos sacerdotes e povo, ferventemente lhes suplicou que se submetessem ao rei de Babilônia pelo tempo que o Senhor havia especificado. Ele mencionou aos homens de Judá as profecias de Oséias, Habacuque, Sofonias e outros, cujas mensagens de reprovação e advertência haviam sido semelhantes a suas mesmas. Referiu-lhes os eventos ocorridos em cumprimento das profecias de retribuição pelos pecados não arrependidos. No passado os juízos de Deus tinham sido derramados sobre os impenitentes em exato cumprimento de Seu propósito como revelado por meio de Seus mensageiros. PR 226.3

“O profeta que profetizar paz”, propôs Jeremias em conclusão, “quando se cumpra a palavra desse profeta, será conhecido por aquele a quem o Senhor na verdade enviou”. Jeremias 28:9. Se Israel escolhesse correr o risco, futuros desenvolvimentos com efeito decidiriam qual era o verdadeiro profeta. PR 226.4

As palavras de Jeremias aconselhando submissão levaram Hananias a um ousado desafio quanto à fidedignidade da mensagem apresentada. Tomando o jugo simbólico do pescoço de Jeremias, Hananias quebrou-o, dizendo: “Assim diz o Senhor: Assim quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, depois de passados dois anos completos”. PR 227.1

“E Jeremias, o profeta, se foi no seu caminho”. Jeremias 28:11. Aparentemente nada mais podia ele fazer senão retirar-se do cenário do conflito. Mas a Jeremias foi dada outra mensagem. “Vai”, o Senhor lhe ordenou, “e fala a Hananias, dizendo: Assim diz o Senhor: Jugo de madeira quebraste, mas em vez deles farás jugo de ferro. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Jugo de ferro pus sobre o pescoço de todas estas nações, para servirem a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e servi-lo-ão. [...] PR 227.2

“E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve agora, Hananias: Não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da Terra; este ano morrerás, porque falaste em rebeldia contra o Senhor. E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês”. Jeremias 28:13-17. PR 227.3

O falso profeta tinha fortalecido a incredulidade do povo em Jeremias e sua mensagem. Impiamente havia-se declarado mensageiro do Senhor, e sofrera a morte como conseqüência. No quinto mês Jeremias profetizou a morte de Hananias, e no sétimo mês suas palavras se provaram verdadeiras pelo seu cumprimento. PR 227.4

O desassossego causado pelas declarações dos falsos profetas pôs Zedequias sob suspeita de traição, e não foi senão por ação imediata e decisiva de sua parte que lhe foi permitido continuar a reinar como vassalo. A oportunidade para tal ação se tornou propícia pouco tempo após o retorno dos embaixadores, de Jerusalém às nações circunvizinhas, quando o rei de Judá acompanhou Seraías, “um príncipe pacífico” (Jeremias 51:59), numa importante missão a Babilônia. Durante esta visita à corte caldaica, Zedequias renovou seu voto de submissão a Nabucodonosor. PR 227.5

Por intermédio de Daniel e outros dentre os hebreus cativos, o monarca babilônio tinha sido informado do poder e suprema autoridade do verdadeiro Deus; e quando Zedequias uma vez mais solenemente prometeu permanecer leal, Nabucodonosor requereu dele que fizesse esta promessa com juramento em nome do Senhor Deus de Israel. Tivesse Zedequias respeitado esta renovação do seu concerto com juramento, sua lealdade teria tido uma profunda influência sobre a mente de muitos que estavam observando a conduta daqueles que diziam reverenciar o nome e estimar a honra do Deus dos hebreus. PR 227.6

Mas o rei de Judá perdeu de vista seu alto privilégio de honrar o nome do Deus vivo. De Zedequias está escrito: “Fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor. Demais disto, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha juramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que se não converteu ao Senhor, Deus de Israel”. 2 Crônicas 36:12, 13. PR 227.7

Enquanto Jeremias continuava a dar o seu testemunho na terra de Judá, o profeta Ezequiel foi suscitado entre os cativos em Babilônia, para advertir e confortar os exilados, e também para confirmar a palavra do Senhor que fora exposta pelo profeta Jeremias. Durante os anos que restaram do reinado de Zedequias, Ezequiel tornou muito clara a loucura de confiar nas falsas predições dos que estavam levando os cativos a esperar para breve o retorno a Jerusalém. Ele foi também instruído a predizer, por meio de uma variedade de símbolos e solenes mensagens, o cerco e posterior destruição de Jerusalém. PR 228.1

No sexto ano do reinado de Zedequias, o Senhor revelou a Ezequiel em visão algumas das abominações que estavam sendo praticadas em Jerusalém, dentro das portas da casa do Senhor e até mesmo no átrio interior. As câmaras das imagens, os ídolos pintados, “toda a forma de répteis, e animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel” (Ezequiel 8:10), tudo passou em rápida sucessão ante o olhar atônito do profeta. PR 228.2

Os que deviam ter sido líderes espirituais entre o povo, “os anciãos da casa de Israel”, setenta homens, foram vistos oferecendo incenso perante as representações idólatras que tinham sido introduzidas nas câmaras secretas dentro dos recintos sagrados do átrio do templo. “O Senhor não nos vê”, lisonjeavam-se os homens de Judá ao se entregarem a práticas pagãs: “o Senhor abandonou a terra” (Ezequiel 8:11, 12), declaravam em blasfêmia. PR 228.3

Havia ainda “maiores abominações” para que o profeta contemplasse. À entrada da porta que levava do pátio exterior para o interior foram-lhe mostradas “mulheres assentadas chorando por Tamuz”; e dentro, no “átrio interior da casa do Senhor [...] à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o Oriente [...] adoravam o Sol, virados para o Oriente”. Ezequiel 8:13-16. PR 228.4

E agora o Ser glorioso que acompanhava Ezequiel nessa espantosa visão de impiedade nos lugares altos da terra de Judá, inquiriu do profeta: “Viste, filho do homem? há coisa mais leviana para a casa de Judá do que essas abominações que fazem aqui? havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-Me; e, ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Pelo que também Eu procederei com furor; o Meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que Me gritem aos ouvidos com grande voz, Eu não os ouvirei”. Ezequiel 8:17, 18. PR 228.5

Por intermédio de Jeremias o Senhor havia declarado a respeito dos homens ímpios que presunçosamente ousavam apresentar-se diante do povo em Seu nome: “Porque tanto o profeta, como o sacerdote, estão contaminados; até na Minha casa achei a sua maldade”. Jeremias 23:11. Nas terríveis condenações de Judá como registradas no encerramento da narrativa do cronista do reinado de Zedequias, esta acusação de violarem a santidade do templo foi repetida. “Também”, declara o escritor sagrado, “todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que Ele tinha santificado em Jerusalém”. 2 Crônicas 36:14. PR 228.6

O dia da condenação para o reino de Judá estava-se aproximando rapidamente. O Senhor não poderia mais pôr perante eles a esperança de evitar Seus mais severos juízos. “Ficareis vós totalmente impunes?” ele inquiriu. “Não, não ficareis impunes”. Jeremias 25:29. PR 229.1

Mas até essas palavras foram recebidas com zombaria e irrisão. “Prolongar-se-ão os dias, e perecerá toda a visão”, declarava o impenitente. Mas por intermédio de Ezequiel esta negação da segura palavra da profecia foi severamente condenada. “Dize-lhes”, o Senhor declarou: “Farei cessar este ditado, e não se servirão mais dele como provérbio em Israel; mas dize-lhes: Chegarão dos dias e a palavra de toda a visão. Porque não haverá mais nenhuma visão vã, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel. Porque Eu, o Senhor, falarei, e a palavra que Eu falar se cumprirá; não será mais diferida; porque em vossos dias, ó casa rebelde, falarei uma palavra e a cumprirei, diz o Senhor Jeová. PR 229.2

“Veio mais a mim”, testifica Ezequiel, “a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem: A visão que este vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe. Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Não será mais diferida nenhuma de Minhas palavras, e a palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor Jeová”. Ezequiel 12:21-28. PR 229.3

Na dianteira entre os que estavam rapidamente levando a nação à ruína, estava Zedequias, seu rei. Desprezando inteiramente os conselhos do Senhor dados por intermédio dos profetas, esquecendo a dívida de gratidão jurada a Nabucodonosor, violando seu solene juramento de submissão feito em nome do Senhor Deus de Israel, o rei de Judá se rebelou contra os profetas, contra seu benfeitor e contra seu Deus. Na vaidade de sua própria sabedoria ele foi em busca do auxílio do antigo inimigo da prosperidade de Israel, “enviando os seus mensageiros ao Egito, para que se lhe mandassem cavalos e muita gente”. PR 229.4

“Prosperará?” o Senhor inquiriu com respeito a quem tinha assim vilmente traído todo sagrado encargo; “escapará aquele que fez tais coisas? ou quebrantará o concerto, e escapará? Como Eu vivo, diz o Senhor Jeová, no lugar em que habita o rei que o fez reinar, cujo juramento desprezou, e cujo concerto quebrou, sim, com ele no meio de Babilônia certamente morrerá. E Faraó, nem com grande exército, nem com uma companhia numerosa, fará coisa alguma com ele em guerra, [...] pois que desprezou o juramento, quebrantando o concerto, e deu a sua mão; havendo feito todas estas coisas, não escapará”. Ezequiel 17:15-18. PR 229.5

O dia de ajuste final tinha chegado para o “profano e ímpio príncipe”. “Tira o diadema”, o Senhor decretou, “e levanta a coroa.” A Judá não seria mais permitido ter um rei até que Cristo mesmo estabelecesse o Seu reino. “Ao revés, ao revés, ao revés a porei”, foi o edito divino com respeito ao trono da casa de Davi; “ela não será mais, até que venha Aquele a quem pertence de direito, e a Ele a darei”. Ezequiel 21:25-27. PR 230.1

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